Capítulo 70.

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1659, Novembro

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1659, Novembro.
A Muralha.
Baú de Davy Jones.

Quando o barco do Tributo chegou ao pier da muralha, Davy Jones conseguiu sentir a terra tremer à distância e ouviu o grito ensurdecedor de Hongan. Seus olhos se voltaram para o tanque das sereias e, com um aceno, ordenou que se recolhessem e ficassem longe da entrada.

O grande surto do poderoso Hongan foi devido à perda de seu melhor homem. Wohar se sacrificou trapaceando nos jogos de Davy Back Fight. Para piorar, todo o sacrifício foi em vão, já que quem canalizou o anel, canalizou apenas a essência de Davy Jones, deixando apenas a essa presença de Morgoth.

Mortoth, o demônio do sangue, estava temeroso por receber sua outra parte. Ele não queria que seu pai sentisse sua fraqueza diante da influência causada por Balthazar ou Davy Jones.

Quando o anel traçou seu dedo, Mortoth pôde sentir sua energia sendo recuperada. As chamas em seu ser se tornaram mais intensas e ele podia ouvir e sentir seu coração batendo. Esse era um problema que precisava resistir.

Com sacrifício, ele enfiou a mão em seu próprio peito e arrancou seu coração. Seu corpo tinha uma regeneração rápida e sempre que seu coração voltasse, ele o arrancaria novamente, repetindo o processo até não sentir mais nada.

Ele caía em devaneios sempre que se concentrava, e sua mente brincava em lhe enviar visões de olhos azuis e cabelos dourados, lembrando-o de um certo nobre. Mortoth sentia o desejo de Balthazar por aquele jovem em sua mente o tempo todo, além do desejo de amar alguém, causado por Davy Jones. Esse era o grande problema de duas essências compartilharem um único corpo.

No final, eles se tornaram um só.

Indiferente a tudo, Mortoth só queria uma coisa: destruir e aniquilar Benjamin, para que esse sentimento não se tornasse uma obsessão e não os levasse por caminhos indesejados.

O demônio podia sentir todos esses conflitos dentro de si.

Compaixão nunca foi algo que Mortoth sentia quando estava vivo, e ele, bem, foi um dos primeiros a serem criados. Entre os primeiros criados, ele era o que mais sabia como ser um bom guerreiro, um bom demônio para que seu pai sempre sentisse orgulho.

Mortoth era formidável quando o assunto era batalhar e vencer. Ele sabia que sua mente trabalhava mil vezes melhor do que a dos imbecis e fracotes irmãos.

O demônio de sangue só queria uma coisa: ter o passe livre para sair da Muralha. Hongan sentia que a tripulação do Holandês Voador estava próxima, então ele queria muito conseguir ir até lá e pegar... Benjamin.

Ele conseguiria trazer para a muralha e poderia... fazer alguma coisa com seu coração doloroso.

- Hirototh. Você... vingará Wohar e trará para mim a reencarnação de Daen. - Ele se referia a Benjamin. A voz de Hongan era firme no que ele queria, e ninguém podia desafiar isso. Principalmente Mortoth, que estava incrédulo de seu pai ter enviado um lixo em vez dele.

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