Capítulo 61

34 8 16
                                    

1659, Maio

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

1659, Maio.
Mar dos Condenados.
Baú de Davy Jones.

Ela poderia estar com oito meses, mas protegeria seu irmão a qualquer custo, principalmente ao perceber o olhar mortal que Balthazar fazia enquanto se aproximava. Com cautela, ela entrou na frente de Benjamin. Edward também se aproximou possesso, contudo, o único que estava mais próximo foi William.

O jovem homem ergueu um dos dedos, apontando firmemente para Carlo. Quando ele achou que livraria seu irmão de problemas, mais essa acontecia. Ele chegou a abrir a boca duas ou três vezes, queria gritar e socar o espanhol aproveitador. O canalha que queria deflorar seu querido e inocente irmãozinho Benjamin.

Contudo, seu corpo caiu para trás enquanto desmaiava. A festa, nesse momento, acabou.

Era gritaria. Amélia se desesperando e os piratas gritando pedindo por Farnel. Que apareceu em segundos pedindo ajuda e chamando os piratas para levarem William. Carlo e Rudá eram fortes. Carregavam William enquanto os curiosos iam atrás.

Amélia olhou umas duas vezes, se certificando se era bom deixar seu irmão sozinho com aquele capitão, mas o olhar de Benjamin passava confiança.

O príncipe Edward foi arrastado por Boris e alguns piratas. Enquanto ficaram apenas Thomas e Marlon. Thomas estava alheio, se deliciando com o pão de carne. Marlon cutucava ele e puxava para saírem do refeitório, no entanto, o inglês não estava entendendo nada.

— Obrigado pela festa. E... parabéns. — Marlon dizia, sentindo que sua presença poderia ser fulminada pelos olhos do capitão. Thomas foi puxado à força pelo francês e quando saíram, o silêncio reinou com vivacidade.

Os barulhinhos de Sean às vezes chamavam a atenção de Balthazar, e iam acalmando misteriosamente o capitão. Os passos pesados de Balthazar ecoavam sobre o salão de maneira torturante.

— Vocês estão em compromisso agora? — Balthazar se sentou e entregou a criança para Benjamin, que pegou o filho no colo com cuidado e mais segurança.

Não tinha o que responder. Na sua cabeça, Benjamin queria que Balthazar fosse seu único compromisso, no entanto, estava com tanta raiva e nojo do capitão que aceitaria qualquer coisa só para se afastar e esquecer o homem à sua frente.

— Seus pais não ensinaram a não deixar uma pessoa falando sozinha? — O olhar firme era sempre o que deixava Benjamin trêmulo de medo.

– Creio... Que talvez eu e ele estejamos... — A resposta fez Balthazar fechar os olhos. O capitão sentiu algo dentro dele queimar, como se fosse uma pontada dura e contínua. Coçando a nuca, ele tentou ignorar esse sentimento estranho.

— Eu proíbo.

— Hm?

— Tínhamos um acordo, não é? Eu tinha pedido cinco coisas simples e então daria ao luxo de entregar a certidão de seu filho a você... — Balthazar ficou intermediário diante da situação. Apesar de querer rir da situação deprimente em que se encontrava, ele conseguia demonstrar suas ideias de formas únicas que provassem para Benjamin que não importava a forma, motivo ou circunstâncias, ele tinha o loiro em suas mãos.

Era Dourada |Romance Gay|Onde histórias criam vida. Descubra agora