1658. Agosto.
Ilhas Cayman.
Carlo, torceu os lábios sua cabeça doía tamanha a ressaca e suas roupas pareciam ter sido lavadas na lama de tão sujas, mas ele não se importava, olhou Amélia com cautela, a aparência da garota estava bem melhor! Depois do decente banho e ter colocado um vestido de pano que ganho de uma senhora do albergue, parecia uma dama bem-comportada.
- Não entendo, ele tem o dia para aproveitar, mas não prefere arrumar mais confusão. - Disse o espanhol em uma das barracas ficando rente à Amélia.
- Ele sempre foi curioso, gosta de conhecimento, o problema dele talvez seja esse. - Dando um passinho para o lado se afastou um pouco de Carlo, o rapaz fedia a cerveja, suor e peixe. Sentia falta de seu leque, ele era ótimo para abanar mal odores.
- Acordamos cedo pela manhã, pois ele disse que o colar deu alguns sinais... Céus, ele ainda continua com isso. - O rosto do criado parecia preocupado, Flen não pensou que Benjamin pudesse ir tão longe só por causa de uns tremores.
- Eu ainda não entendi, o que estamos fazendo aqui? - Amélia perguntou se afastando mais de Carlo.
- O senhor Benjamin, sonhou com uma roda de ciganos e uma coroa. Juntando os pontos ele descobriu que esse cigano que estamos visitando e um colega de Bóris e a coroa... Bem, ele quer saber mais sobre o rei do mar. - O ex-Chofer voltou a indagar.
- Não se deve confiar em piratas. Sem ofensas... - Amélia torceu os lábios se desculpando com Carlo.
- Talvez não. Mas... Benjamin quer alguém que tenha um poder maior que o de Balthazar, ele quer fazer um acordo... e para isso ele deve conhecer melhor o capitão que vai se envolver. - Carlo ficou sério na hora, tentou se aproximar, mas Flen interviu.
- Ele disse que não quer ninguém atrapalhando perdão... E é melhor disfarçamos um pouco aquele rapaz. - Apontou disfarçadamente para Antony. - Já está observando demais. Vá parar ele, antes que ele atrapalhe Benjamin.
Benjamin estava alheio a conversa do trio, com algumas moedas de cobres comprou um simples cordão, não queria ser evasivo. Ficou um bom tempo avaliando as miçangas do cigano e perguntou baixo.
- Bóris me enviou podemos conversar? - O loiro esperava alguma reação suspeita, mas o cigano apenas sorriu.
- Claro, se é amigo de Bóris, você também é meu amigo. - Tocando no brinco ele se sentou na cadeira de maneira confortável e esperou Benjamin indagar.
- Ele disse que você mora aqui a anos, sabe de tudo e de todos. E que a barraca é apenas uma fachada para ficar sempre de olho em tudo. Aliás, você é até pago para isso.
- Veio aqui para me elogiar? - O sorriso do cigano foi ficando maior, não tão verdadeiro algo mais como debochado. Carregando um olhar jocoso que deixou o britânico um pouco na defensiva.
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Era Dourada |Romance Gay|
FantasyBenjamin, um jovem nobre, jamais imaginou que pequenos acontecimentos seriam capazes de virar sua vida de cabeça para baixo. Ao receber um presente especial de seu irmão, ele se vê envolvido em uma jornada completamente nova, repleta de desafios e d...