Capítulo 39

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1658, Dezembro

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1658, Dezembro.
Royal road para Ireland

Monarquia ou não, geralmente, as pessoas tinham sentimentos.

Mas quem se importa com o que um príncipe ansioso e alcoólico sente?

Ser um filho perfeito, demonstrar devoção a Deus e evitar constantemente uma atração estranha e mística que ele sente dia após dia com seu maior companheiro. Ninguém se importava com isso.

O Príncipe Edward nunca, em hipótese alguma, se viu tão envolvido com alguém quanto com Benjamin. Essa amizade é antiga, muito antiga.

Desde pequenos, quando mal tinham a altura de um orvalho redundante, eles corriam pelo castelo, sendo perseguidos por amas de leite que sabiam que se essas crianças se machucassem, seria o fim para elas.

Alheios a essa informação, eles apenas corriam e se divertiam por todas as alas, sentindo-se os melhores heróis que fugiram das bandidas, que nesse caso seriam as amas de leite.

— Você acha que conseguimos? — A voz de Benjamin era tímida e muito baixa, com medo de ser notado. O olhar violáceo era o que todas as outras crianças estranhavam em Benjamin.

Mas...

Não para o príncipe.

Edward, por alguma razão, se sentia bem vendo eles; era como se em sua vida passada tivesse visto eles várias e várias vezes. Não sabia explicar.

O que sabia era que se sentia pronto para proteger seu amigo de qualquer conversa chula e sabia que faria isso sempre, pois dentro dele tinha algo pequeno e fraco.

Chamado... estar apaixonado.

A fase infantil ficou para trás rapidamente, dando início ao grande penhorio da maturidade. Com seu décimo segundo aniversário, ele foi caçar com seu pai, o rei, e percebeu que a vida comum era mais do que um quarto decorado e vários servos.

Ele conheceu as ruas de Londres, a fome e o estranhamento, percebendo que, por mais que fosse bem limpo e cuidado, havia pessoas na rua que pareciam que não tomavam banho há anos.

— Gostaria de permissão para falar. Meu rei. — O príncipe disse baixo, afastando-se da postilha e notando o quão estranho estava se sentindo. Era raro estar sozinho com seu pai; normalmente, sua mãe controlava tudo, até as aproximações.

O rei encarou seu filho com olhos concentrados, tendo um sorriso zombeiro em seus lábios. Coçando a barba, ele se ajeitou no assento da carroça e apenas acenou com a cabeça, indicando que a criança falasse o quanto antes sobre o que a atormentava.

— Por que estão assim, meu soberano pai? Achei que água era o que todos tinham. Por que nosso povo está segurando baldes e pedindo água enquanto andamos por essas ruas?

— O poço não está disponível no momento, sua mãe, a rainha, deseja que o poço seja algo comercial e que quem pagar pela água poderá viver nas melhores condições.

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