Capítulo 66

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1659, Agosto

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1659, Agosto.
Mar dos Condenados.
Baú de Davy Jones.

Silêncio não era algo que eles curtiam, mas compartilhavam aquele momento com calma. Apesar de Benjamin não se lembrar de quase nada, ele sabia que havia desmaiado, principalmente porque sua cabeça doía e suas lembranças vagas. Mesmo assim, algo dentro dele ansiava por aquele momento.

O poder de Hogar deve ter se dissipado, já que antes eles não ouviam nada do lado de fora, contudo agora era possível ouvir tudo, ouviam as risadas e comemorações do lado de fora, a voz de Daen e os sons da reconstrução do barco, eles sabiam que não havia ocorrido nenhuma perda entre os marinheiros ou animais na ala baixa. Então, não tinham com o que se preocupar do lado de fora... Nada...

Com uma mão no peito do capitão, Benjamin o acariciou com carinho, sentindo seu próprio coração se aquecer e seu rosto corar de vergonha.

— Vai continuar fingindo que está dormindo por quanto tempo? — A voz grave chamou sua atenção, fazendo seu corpo sobressaltar. Benjamin se sentou na cama e fingiu bocejar, esticando os braços como se tivesse acabado de acordar, o que fez o capitão rir.

Os olhos de Benjamin brilharam ao ver o sorriso de Balthazar. Ele sempre desejou aquele momento desde o começo...

Um momento simples. Por que isso era tão difícil?

Sua mente gravou com carinho aquela cena.

— Você gostou? — perguntou Balthazar.

— Estou dolorido... — respondeu Benjamin.

— Tem algo aqui que possa ajudar? — Balthazar se levantou sem se importar em estar nu e com o membro ereto devido à ereção matinal. Ele procurou por algo enquanto Benjamin ria. — O que foi? — O capitão sorriu.

— Deixe-me procurar. — Benjamin se enrolou no lençol e foi até Balthazar, abaixando-se para pegar uma caixinha que estava embaixo.

— Por que está se cobrindo? — Questionou Balthazar.

Benjamin franziu o cenho, olhando fixamente para o capitão antes de responder.

— Por que você não me cobriria? Eu...

— Está com vergonha? Ou tem medo de que eu faça algo? — Balthazar prensou o menor, enquanto seus braços tocavam cada canto da bancada, deixando Benjamin sem saída.

O loiro baixou a cabeça, e isso só piorou quando ele viu claramente o membro de Balthazar ficar mais duro. Por mais que estivesse dolorido, Balthazar o tinha tomado pela manhã, à tarde, e só saíram da cabine à noite, quando Benjamin mal conseguia se mexer.

O capitão estava radiante, como se sua vida finalmente estivesse no lugar certo. Como se o que estava faltando tivesse retornado para ele, e Benjamin compartilhava do mesmo sentimento.

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