Capítulo 14

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1658, Setembro

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1658, Setembro.

Em algum lugar do oceano.

Benjamin acordou sentindo muita dor, ele gemeu se sentando enquanto levava a mão esquerda até a cabeça. Com calma abriu os olhos e ficou encarando o garoto que estava o observando, tinha algemas pesadas sobre os pulsos e um olhar distante. Na cama onde estava dormindo tinha algumas mudas de roupa e não precisou nem de muito para saber que eram roupas nobres.

— Banho, se vista e me acompanhe até a cabine do capitão. — O escravo disse se encaminhando para porta.

— Onde estou? — Seu olhar passou da cama com tecidos de seda até uma mesinha que continha papiros e pergaminhos. Livros grossos estavam enfileirados em ordens de lançamento na estante ao lado.

— Banho se vista e me acompanhe até a cabine do capitão. — O escravo repetiu.

— Mas? Espera... — Benjamin resmungou, voltando a encarar o escravo de maneira confusa, enquanto sua mão ia até o galo que tinha na cabeça.

— Banho, se-

— Eu já entendi. Não precisa repetir. — O loiro rangeu os dentes se levantando, nesse momento ele sentia tudo girar e então se apoiou no baú que tinha ao lado, andou até a ponta da cama e acabou pegando as mudas de roupa, olhou ao redor e encontrou a bacia de madeira, não era tão grande, mas daria para se lavar ali. — Pode sair. — Benjamin indagou esperando o escravo sair para poder tirar a roupa. 

Com calma ficou observando o lugar era um navio grande, já que esse quarto ao qual estava era bem espaçoso. As roupas que foi entregue eram grandes então como imaginou não era especificamente para ele, mas depois de tanto tempo sem ter linho, algodão e seda tocando seu corpo a roupa parecia até mais leve e confortável. Assim que ficou pronto, seguiu com o escravo pelo corredor decorado, encontrando alguns piratas pelo caminho. A julgar pela decoração o barco era um Galeão Espanhol, não muito melhor que Royal Navy de William, mas tinha força suficiente para enfrentar qualquer barco da armada.

Muitos piratas o olhava com respeito, o que deixou Benjamin com uma pulga atrás da orelha, o barco parecia um mar de diversas etnias, negros, brancos, vermelhos, amarelos. Diversas raças trabalhando para um só homem.

A cabine era o maior alojamento do navio, com paredes que pareciam ser pintada todos os dias já que tinha um cheiro amargo de tinta e vinho. Uma longa mesa foi colocada, cheia de frutos-do-mar, aves deliciosas e um pequeno porco estava ao meio, em tons dourados e com uma maçã bem vermelha dentro da boca. Essa comida seria capaz de alimentar sua tripulação por cinco dias, o escravo acompanhou Benjamin até uma cadeira, mas o loiro dispensou ele com a mão.

— Sei me sentar sozinho. — Disse puxando a cadeira por si só.

— Vejo que já acordou. — O capitão sorriu enquanto se ajeitava para sentar na mesa.

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