Capítulo 69

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1659

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1659. Novembro.
Mar das Esperanças.
Vale do Norte.
Baú de Davy Jones.

O ritual estava prestes a começar e Benjamin sentia o desespero apertar seu peito ao adentrar na sala repleta de sangue seco. O odor putrefato que impregnava o ambiente só aumentava a sensação de caos e desolação que dominava o local. Balthazar, trajando sua roupa de guerreiro, exibia um olhar firme e determinado diante da cena macabra que se desenrolava diante deles. Apesar da antiguidade e decadência do lugar, seus passos ressoavam pelo ambiente, fazendo com que runas mágicas se acendessem aqui e ali, como se respondessem à sua presença imponente.

Enquanto isso, Daen permanecia encolhido, consumido pelo temor do desconhecido. Seu olhar não refletia preocupação com Balthazar, mas sim com Davy. O medo de que algo desse terrivelmente errado pairava sobre ele, especialmente se Balthazar conseguisse, de fato, extrair a essência de Davy do anel. Seria sensato permitir que Balthazar assumisse essa tarefa? E se o capitão não fosse forte o suficiente para suportar o fardo? E se, durante a jornada pelos portais místicos, Balthazar perdesse o controle sobre Davy?

Dúvidas e questionamentos tumultuavam a mente de Daen, que, mesmo sendo uma entidade sombria e negativa, não podia ignorar a gravidade da situação. Em um gesto de resignação, ele juntou as mãos e iniciou uma prece silenciosa, suplicando pela proteção de sua mãe e orientação para Balthazar durante os desafios que estavam por vir.

Rahvier estava posicionado no centro da sala, próxima a uma cratera repleta de sangue, seu olhar era penetrante e opressor, deixando claro que qualquer falha por parte de Balthazar resultaria em consequências fatais para todos os presentes na hospedaria. As palavras do sacerdote ecoavam pelo ambiente, trazendo um ar de ameaça iminente, como se a morte pairasse sobre eles, pronta para agir.

Enquanto isso, o banquete gratuito oferecido aos presentes escondia um segredo sombrio: toda a comida estava contaminada com alguma erva sonífero. Benjamin, confuso, ingeriu parte dos alimentos sem perceber qualquer efeito. No entanto, Daen fez um gesto revelador, exibindo os dedos com cores mágicas, indicando que Benjamin não havia desmaiado por causa dele. Graças a magia dele.

Rahvier continuava impiedoso em suas ameaças, declarando que iria assassinar um por um enquanto dormiam, prometendo uma morte indolor. O aspecto da roupa do sacerdote de Davy Jones era sombrio e macabro, contrastando com a impassibilidade de Hogar diante das palavras ameaçadoras de Rahvier, sua confiança em Balthazar permanecia inabalável.

Utilizando seus poderes mágicos, Rahvier vislumbrava o futuro, e uma névoa densa começava a se formar no ambiente, indicando os eventos que estavam por vir. Ele explicava a Balthazar que seria levado para Fronzerlout, um local gélido habitado por guerreiros do passado. A névoa servia como um guia para Balthazar, mostrando-lhe os passos a seguir.

Quando o portal se abriu, Balthazar atravessou-o, e embora para Benjamin parecesse apenas alguns segundos, para o capitão pareceram horas.

Ao retornar, Balthazar estava visivelmente ferido, segurando na mão uma cabeça de animal e na outra um vitral de gelo, cujo brilho intenso captava a atenção de todos no recinto.

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