Capítulo 52

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1659, Abril

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1659, Abril.
Oceano Eterno.
Baú de Davy Jones.

William olhou para o estoque de poções de seu irmão assim que ele saiu da cabine para ir ter os cuidados médicos de Farnell. Balthazar explicava e explicava a situação, mas sua mente estava uma bagunça, não conseguia entender nada, apenas acenava com a cabeça.

Em suas mãos estava o maldito mapa que foi recebido de Hogar, e não entendia o porquê de ter essa responsabilidade. Era como se a vida de seu irmão novamente estivesse em perigo.

Assim que saiu da cabine de Balthazar, ele voltou para sua própria cabine. Não teve nem coragem de olhar para o capitão que lhe mostrou o estoque quase vazio de Benjamin. Estava tão perturbado que os passos foram rápidos, e ele tentava a todo custo encontrar uma forma de entender o maldito mapa.

Já tentou molhar, já tentou usar o fogo, já tentou usar o sol, e nada funcionava. Os dias eram arrastados, e a cada três ou quatro dias, o céu ficava escuro, e as cinco luas se agrupavam.

Ele sabia disso, pois era a forma que usava para saber que logo, logo seu irmão não teria muita chance. Amélia ao seu lado não dizia nada, apenas notava a preocupação de William.

— Eu vou achar um jeito de encontrar esse templo e ajudar nosso irmão. — William estendeu a mão para ela, e quando Amélia sorriu, ele sorriu junto. — Prometo que vocês não vão sofrer mais enquanto eu estiver vivo.

— William...

— Amélia, sei que não sou o melhor irmão do mundo, sei que vocês agora nesse momento não sofrem, mas eu também sei que esses malditos piratas no começo fizeram vocês sofrerem bastante. Eu só peço paciência, vou dar um jeito para que você e Benjamin sejam felizes.

Desfazendo do toque, ele começou a guardar o mapa assim que começou a escurecer, e as cinco luas começaram a se agrupar novamente, como um eclipse a cada três dias. Fechando a cortina e se deitando na cama, começou a encarar o teto.

💀 ⛵️ 💀

Daen olhou os frascos das poções com cautela, apesar de haver muito pouco, estava sobrando mais do que o comum. O certo era Benjamin tomar em quantidades certas, mas se realmente estava sobrando, significava que... o loiro estava sentindo dores.

— Você pode enganar todos, menos a mim. Eu sinto essa estranheza, por isso verifiquei os frascos. Essa dor em mim vem de você. — Daen dizia, enquanto notava Benjamin desenhar em uma tela, não era de pano, era de papel, e ele fazia com delicadeza para não rasgar ou molhar demais a folha com a tinta.

— Não sei do que você está falando.

— Você, como médico, devia saber que em alguns casos a dor é um dos principais fatores que leva à morte. Às vezes, contê-la faz com que pessoas sobrevivam. — Daen ergueu a mão e paralisou magicamente Benjamin, que bufou. — Está vendo? Em seus melhores dias, você revidaria. Você está fraco.

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