Capítulo 36

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1658, Dezembro

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1658, Dezembro.
Oceano Eterno.
Baú de Davy Jones.
Epicentro Mar Negro.

Daen literalmente estava sendo arrastado. Enquanto Benjamin corria pelo convés, os piratas apenas encaravam aquilo com os cantos dos olhos. Entre eles estava Antony, que até deu um pulinho para Daen passar por debaixo dele; o imediato não queria se envolver e apenas ignorou a cena.

O rosto de Benjamin estava furioso e vermelho. Como um bom entendedor de pessoas raivosas, como Miranda, Antony simplesmente ignorou tudo isso.

— Calma aí! — Daen tentava a todo custo se erguer, mas sempre que tentava, Benjamin já estava bem longe, e então Daen acabava sendo arrastado. Como fonte principal, Benjamin tinha controle sobre o espaço e a distância; se Daen não estivesse perto, a entidade era de alguma forma arrastada e obrigada a ficar próxima de Benjamin.

Levou cerca de dois minutos para encontrar Balthazar depois de ameaçar constantemente Rudá e Flen, que estavam no caminho, falando que o capitão não queria ser incomodado.

O quarto onde ele estava era o que Ruan usava, simples e sem decoração. Sem vida, como se uma criança não tivesse nada além dos móveis comuns.

Ao entrar, ele viu um balde grande, um pouco de água quente e um capitão terminando de se vestir, colocando as botas e ajeitando desajeitadamente o colarinho.

Benjamin fechou a porta e trancou, deixando Daen do lado de fora. Ele resolveria isso cara a cara com o capitão.

— Você é um lixo! — Ele disse gritando.

A informação fez Balthazar sorrir amarelo; por um momento, ele achou que ali seria uma trégua de paz, onde poderia ouvir do loiro que poderia voltar para sua cabine. O anel em seu dedo deu alguns tremores, ele começou a ouvir a maldita risada e as ofensas que aquela criatura no anel voltava a dizer para ele.

Todo momento e toda hora.

Respirando fundo, Balthazar andou até a mesinha da cabeceira e bebeu em goles a bebida que continha ali. Tentar ficar bêbado era uma forma de evitar todas essas situações de infortúnios.

Quando Benjamin recitou todo o discurso de como Balthazar era um lixo, um desgraçado, um ser que não prestava nem para ser comida de canibal, Balthazar pôde compreender toda a raiva.

Para ele, foi um choque também saber que Amélia estava grávida. Claro que ele desconfiou um tantinho das intenções de Richard, mas ela, como mulher culta, não imaginou que se entregaria assim, iniciando mais uma discussão.

— Então, ela, por ser mulher, é culpada? — Benjamin literalmente chutou a cadeira em direção ao moreno, que rosnou com a ação.

— Estudaram e treinaram tanto tempo sobre etiquetas. Vocês dois... e são mais oferecidos que prostitutas de Berlim. — Balthazar disse com raiva.

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