Capítulo 68

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1659

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1659. Novembro.
Mar das Esperanças.
Vale do Norte.
Baú de Davy Jones.

O povo do Vale do Norte acreditava que ao tocar na estátua de Davy Jones, qualquer problema seria resolvido. Se alguém estivesse com dor no braço, bastava tocar na estátua no local correspondente, o mesmo para a perna ou qualquer outra parte do corpo.

Além disso, havia uma superstição peculiar entre eles. Mesmo que não estivessem enfrentando problemas íntimos, acreditavam que tocar na parte íntima da estátua de Davy garantiria a força dos filhos que viessem a ter. Ou os que já tiveram.

Enquanto Benjamin caminhava tranquilamente, começaram a surgir fofocas e murmúrios, e logo todos na hospedaria se voltaram para Balthazar. A situação saiu de controle quando as pessoas começaram a se aglomerar ao redor dele, tentando tocá-lo.

Balthazar foi alvo de uma série de toques indesejados, desde apertos até mordidas, e seu rosto endureceu diante da situação invasiva. Percebendo que a situação estava ficando perigosa e que seu capitão estava sendo ferido, Benjamin usou seus poderes para afastar as pessoas, uma a uma.

— Capitão? — Hogar disse, notando Balthazar segurando o que sobrava de sua calça. — Que tipo de comportamento é esse, Rahvier?

— A adoração que eles têm por Davy geralmente é mais frenética. Mas será orientado que isso não se repita.

— Eu espero que não. — Balthazar disse entre dentes, seguindo Rahvier, que ofereceu roupas novas para o capitão.

Daen observou as pessoas se levantando do chão, seu olhar voltou-se para Benjamin, sentindo uma pontada de dúvida. Benjamin estava desenvolvendo habilidades notáveis, e essa inquietação começava a perturbar Daen. Não que ele estivesse com inveja, mas estava curioso sobre como seus próprios planos futuros seriam afetados se Benjamin continuasse a se fortalecer. Aprendendo truques novos sozinhos...

Sacudindo a cabeça, Daen forçou um sorriso falso e se aproximou de Benjamin.

— Muito bem, meu lindo. Ainda bem que você conseguiu afastá-los do capitão, não é?

Os piratas estavam horrorizados. Embora já estivessem acostumados com os poderes de Benjamin ou Daen, a forma como os moradores brigavam por um pedaço da roupa de Balthazar os surpreendeu. Era uma cena caótica, com as pessoas lutando por um simples pedaço de tecido arrancado do capitão.

— Solta essa peça, sua puta... — Uma mulher gritou ao ver outra tentando pegar um pedaço da calça de Balthazar que estava no chão.

Klazir e Azklair, os gêmeos, odiavam esse tipo de comportamento, que os fazia lembrar dos dias cruéis na Rússia, quando a milícia ou os turistas jogavam comida para os pobres e as pessoas se tornavam violentas e irracionais.

— Preferia quando Benjamin soltava raios. — Klazir disse, imaginando o cheiro e a aparência dos agressores após um choque elétrico. Azklair riu e revirou os olhos.

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