Capítulo 8

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1658, Agosto

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1658, Agosto. 

Em algum lugar do oceano. 

  

No dia que brigou com Carlo, Pimpolho o chamou para uma séria conversa e mesmo depois de semanas a conversa que teve com ele martelava em sua cabeça, em alguns aspectos o piolhento tinha razão, se continuasse a brigar tanto com Balthazar nunca poderia ter espaço suficiente para arquitetura sua fuga.  

  

Por mais que fosse loucura, se continuasse com as cartinhas poderia mudar todo o rumo da situação e então a armada inglesa viria. Já podia imaginar seu irmão desbravado erguendo a espada e o salvando. Seu peito chega a queimar só de imaginar sendo liberto desse ninho de doentes. 

  

E quando seu colar tremulava com uma simples ideia, Benjamim lá no fundo sábia que seria a decisão certa a se tomar, reconquistar a tripulação era o certo e começaria pelos mais simples. 

  

Pela manhã ajudou todos os meninos da artilharia, claro que só podia sair depois de limpar as estantes da cabine e arrumar a cama que nem Balthazar tinha coragem de arrumar. Não reclamou de limpar bolas de canhão e ficava ouvindo as histórias dos garotos, jovem que nem ele com sonhos tão simples, que poderia comprar no passado com apenas algumas moedinhas quando era verdadeiramente um nobre, faltava pouco para pimpolho completar a maior idade e o sapeca estava feliz por isso. 

  

Quando terminou subiu o convés e ajudou um pirata a esfregar, enquanto um passava sabão o outro ia puxando com água. Cuidou de alguns piratas, perguntando sobre suas doenças e entregando a eles alguns dos chás que a senhora Olga o ensinou, iria tirar o enjoo daqueles que beberam muito ou não se sentiam muito bem, logo os buchichos tomaram conta do convés e quando os homens sentiam realmente algo ruim, vinham animados até Benjamin e o loiro não negava nada e então fez consequentemente isso todos os dias. Por mais cansativo que estava sendo, seu papel como cria de bordo estava sendo nulo, já que sua única função era cuidar da cabine e do capitão.  

  

Quando chegava depois da janta, Benjamin sentia os ossos doerem estava cansado, Balthazar se deitou tirando as botas e ficou avaliando Benjamim, enquanto tirava os casacos chapéu e camisa ficando unicamente com a calça. O loiro ergueu parcialmente o olhar para o corpo do homem, e se perguntava como o maldito mantinha um corpo daquele já que não via ele erguer uma caixa se quer. Desde aquela terrível mentira, não conseguiu conversar com Carlo e olhar Balthazar só fazia sua cabeça doer. 

  

— Perdeu alguma coisa aqui? — O sorriso torto veio junto ao ar carregado de ironia, Balthazar conseguia acabar com qualquer clima. 

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