Benjamin, um jovem nobre, jamais imaginou que pequenos acontecimentos seriam capazes de virar sua vida de cabeça para baixo. Ao receber um presente especial de seu irmão, ele se vê envolvido em uma jornada completamente nova, repleta de desafios e d...
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1659, Janeiro. Oceano Eterno. Baú de Davy Jones. Lago Verde.
Benjamin suspirou profundamente enquanto ouvia cada palavra, tentando assimilar o fato de que um monstro residia dentro dele. Ele acreditava que a dor que sentia estava relacionada ao encontro abusivo com aquele demônio, mas Ambire explicou sua situação e no fim era explicado que em apenas uma semana, teoricamente Benjamin já possuía um monstro de um mês de vida em seu corpo.
A complexidade da vida o deixava perplexo. Ele tentava respirar fundo, mas ao olhar para Balthazar, uma raiva crescente tomava conta dele. Mesmo não sendo o verdadeiro responsável, Benjamin o considerava culpado em sua mente.
O dia agonizou lentamente para Benjamin; ele não conseguia comer, tampouco pensar em algo além disso.
Ele acreditava que, talvez, ao dormir ou descansar, acordaria e perceberia que tudo era um sonho. Contudo, a realidade o atingia a cada pontada na barriga, lembrando-o de que a qualquer momento poderia estar morto quando o monstro dentro dele estivesse satisfeito.
Daen passou a tarde inquieto, irritado e confuso. Para piorar, estudava incansavelmente, tentando encontrar alguma forma de magia que pudesse ajudar Benjamin.
No interior do templo dedicado a Daen, a mesa, outrora adornada com livros e papiros, agora serve como leito para o corpo de Benjamin. O ambiente emana uma atmosfera pesada.
Daen suavemente deslizou a ponta dos dedos pela barriga de Benjamin, um gesto de inveja e ao mesmo tempo uma busca por conforto. Seus olhos atentos capturaram um lampejo de luz carmesim próximo ao umbigo do loiro. Uma aura mágica pairava sobre aquele local específico, revelando a presença de um símbolo intricado e encantado.
O símbolo era como uma dança de linhas entrelaçadas, formando uma espiral perfeitamente simétrica. Suas curvas suaves e complexas pareciam ecoar uma harmonia demoníaca, enquanto pequenos detalhes entrelaçados criavam padrões intricados. No centro da espiral, um pequeno ponto irradiava uma luz suave, como se fosse a própria centelha de magia contida ali.
Cada linha do símbolo era finamente trabalhada, revelando uma profunda conexão entre seus componentes. Era como se aquele desenho mágico fosse uma linguagem própria. À medida que Daen observava mais de perto, notava pequenos detalhes que remetiam a símbolos ancestrais e runas arcanas.
Ao tocar aquele símbolo, Daen sentiu uma energia vil e ameaçadora.
- O que é isso? - Daen olhava aquilo com os olhos zangados. Esse símbolo, conhecido por seu ridêncio, era o mesmo que estava cravado em toda a região do Anel, o anel do demônio de sangue. Teoricamente, esse monstro estava protegendo o ventre de Benjamin, tornando qualquer tentativa de ação ineficaz naquele momento.
- Ei... Eu lembro dessa cor... é uma runa de proteção. — Daen revirou os olhos com as falas do loiro a sua frente. Benjamin foi inteligente o suficiente para perceber também.