Capítulo 45

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1659, Janeiro

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1659, Janeiro.
Oceano Eterno.
Baú de Davy Jones.
Lago Verde.

Benjamin suspirou profundamente enquanto ouvia cada palavra, tentando assimilar o fato de que um monstro residia dentro dele. Ele acreditava que a dor que sentia estava relacionada ao encontro abusivo com aquele demônio, mas Ambire explicou sua situação e no fim era explicado que em apenas uma semana, teoricamente Benjamin já possuía um monstro de um mês de vida em seu corpo.

A complexidade da vida o deixava perplexo. Ele tentava respirar fundo, mas ao olhar para Balthazar, uma raiva crescente tomava conta dele. Mesmo não sendo o verdadeiro responsável, Benjamin o considerava culpado em sua mente.

O dia agonizou lentamente para Benjamin; ele não conseguia comer, tampouco pensar em algo além disso.

Ele acreditava que, talvez, ao dormir ou descansar, acordaria e perceberia que tudo era um sonho. Contudo, a realidade o atingia a cada pontada na barriga, lembrando-o de que a qualquer momento poderia estar morto quando o monstro dentro dele estivesse satisfeito.

Daen passou a tarde inquieto, irritado e confuso. Para piorar, estudava incansavelmente, tentando encontrar alguma forma de magia que pudesse ajudar Benjamin.

No interior do templo dedicado a Daen, a mesa, outrora adornada com livros e papiros, agora serve como leito para o corpo de Benjamin. O ambiente emana uma atmosfera pesada.

Daen suavemente deslizou a ponta dos dedos pela barriga de Benjamin, um gesto de inveja e ao mesmo tempo uma busca por conforto. Seus olhos atentos capturaram um lampejo de luz carmesim próximo ao umbigo do loiro. Uma aura mágica pairava sobre aquele local específico, revelando a presença de um símbolo intricado e encantado.

O símbolo era como uma dança de linhas entrelaçadas, formando uma espiral perfeitamente simétrica. Suas curvas suaves e complexas pareciam ecoar uma harmonia demoníaca, enquanto pequenos detalhes entrelaçados criavam padrões intricados. No centro da espiral, um pequeno ponto irradiava uma luz suave, como se fosse a própria centelha de magia contida ali.

Cada linha do símbolo era finamente trabalhada, revelando uma profunda conexão entre seus componentes. Era como se aquele desenho mágico fosse uma linguagem própria. À medida que Daen observava mais de perto, notava pequenos detalhes que remetiam a símbolos ancestrais e runas arcanas.

Ao tocar aquele símbolo, Daen sentiu uma energia vil e ameaçadora.

- O que é isso? - Daen olhava aquilo com os olhos zangados. Esse símbolo, conhecido por seu ridêncio, era o mesmo que estava cravado em toda a região do Anel, o anel do demônio de sangue. Teoricamente, esse monstro estava protegendo o ventre de Benjamin, tornando qualquer tentativa de ação ineficaz naquele momento.

- Ei... Eu lembro dessa cor... é uma runa de proteção. — Daen revirou os olhos com as falas do loiro a sua frente. Benjamin foi inteligente o suficiente para perceber também.

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