Capítulo 44

37 10 12
                                    

1659, Janeiro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

1659, Janeiro.
Oceano Eterno.
Baú de Davy Jones.
Lago Verde.

Todo dia era a mesma coisa, eles iam se deitar, e Daen fazia as tramas para que ambos se tocassem. Benjamin se sentia sufocado e com um ódio crescente em seu interior. Apesar disso, mesmo sendo curado, ele ainda sentia dores na barriga, como se ali estivesse alguma coisa.

Quando Balthazar gozou pela terceira vez, Daen se deu por satisfeito e sorriu, sentindo suas energias se revigorarem. Benjamin cuspiu o esperma do capitão de sua boca no canto da cama e olhou para Balthazar, sentindo sua respiração ficar arfante. O olhar de Balthazar era sempre o mesmo, de um jovem apaixonado por atenção, e Benjamin estava odiando isso.

Dez dias se passaram desde que pisaram nessa ilha, e nem um momento de paz ambos tiveram. Sempre juntos, sempre com Daen, e o pior, toda noite eram subjugados e abusados por Daen. Por mais que, no fundo, Balthazar quisesse Benjamin, ele não queria dessa forma forçada. Jamais desejou isso.

Em uma passada muito distante, ele gostaria muito de ver as expressões de dores e medo de Benjamin, mas Balthazar agora sentia algo diferente.

— Falta alguns roxos ainda, mas creio que logo logo a gente resolve isso. — Daen dizia, olhando o corpo de Benjamin. Não era mentira. Os toques mais quentes faziam a energia mística deles ficarem em outro patamar, e posteriormente, todos os machucados de Benjamin estavam cicatrizados e sem dor. A entidade se vestiu, viu o estado em que ambos estavam na cama, sorriu, abriu a porta e foi tomar um ar. Até ele estava sufocado com a tensão sexual que Balthazar tinha quando estava perto do loiro.

Balthazar, cuidadoso como sempre nesses dias, pegou um pano e limpou os cantos da boca do loiro e também limpou a barriga de Benjamin, que já tinha gozado antes dele.

— Você está zangado, não está?

— Quem não estaria? — Benjamin respondeu zangado, mas aceitando que o outro limpasse seu corpo. Sua barriga doía muito; ele às vezes achava que era fome, mas não tinha vontade nenhuma de comer.

— Eu... Eu não consigo resistir a ele, Benjamin. Ele apenas nos gruda, e acontece isso. Infelizmente, a gente tenta resistir, mas é a gente começar que acabamos nos entregando.

— Fico feliz que pelo menos você está aproveitando a situação. — Benjamin podia se lembrar com clareza de Daen engolindo gota por gota de Balthazar, de Daen beijando a boca do capitão que tentava desviar do contato.

— Eu... Garoto... eu realmente não entendo. Se isso está te ajudando a parar de sentir dores, por que você se sente tão zangado? — Balthazar largou o pano impaciente.

— Deve ser porque eu não quero você perto de mim! — Benjamin gritou, chamando a atenção de Daen do lado de fora. — E toda essa merda apenas me ajuda a perder os hematomas que eu sofri aquele dia... Mas essa dor na barriga continua... Me faça o favor de sair de perto de mim.

Era Dourada |Romance Gay|Onde histórias criam vida. Descubra agora