Capítulo 6

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1658, Junho. 

Torreter Pier, Dinamarca. 

  

O capitão estava animado e Benjamin conseguia ver isso nitidamente, batucava o batente das velas, sorria, xingava e até mesmo agarrava Ruan em um abraço, obviamente ninguém via maldade até por que era nítido, todos sabiam que o ruivo não era lá uma pessoa com atitudes sãs. Quando chegaram próximos às terras dinamarquesas os prisioneiros subiram para proa, Benjamin queria olhar para eles, transmitir confiança, mas precisava se mostrar neutro, então decidiu ignorar qualquer coisa que os piratas faziam contra os pobres homens. 

  

O barco parou a quilômetros de distância do píer e então um pequeno bote com remos foi depositado na água cristalina. Junto ao capitão e os soldados, um pirata os acompanhou, se encontrava doente, infelizmente ele seria o responsável por trazer as moedas. Balthazar não jogaria nenhum outro homem, mas nem desmerecia a bravura e coragem dele, ainda mais de um homem que se encontrava enfermo. Quando o bote começou a se afastar, o nobre visconde se encontrava em desespero ele foi o único que continuou no barco, gritava e gritava. Benjamin olhou aquilo com medo. 

  

A negociação durou longos dez minutos, Benjamin se encontrava agoniado, aqueles homens seriam o seu primeiro contato com sua família. Eles precisavam saber que estava vivo e que urgentemente queria voltar para casa, o barco retornou com as moedas e o homem doente foi cochichar no ouvido do capitão. O barco começou a voltar para alto mar, o nobre se debateu pedindo socorro nada tirava tamanha frieza dos olhos do capitão.  

  

— Em momento algum eu disse que você voltaria para a Dinamarca com vida. — A pronúncia arrastada deixou os dois nobres surpresos, principalmente Benjamin que não imaginou que o mais velho soubesse outras línguas.  

  

— Você é um homem sem palavras. Disse claro que se eu cortasse meu próprio dedo iria ficar vivo. — Mas ele se calou quando a espada de lâmina fina tocou em seu pescoço.  

  

Benjamin se encontrava agora apreensivo e se o visconde acabasse falando demais para ficar vivo? Se ele começasse expor Benjamin? O loiro tinha que agir se aproximou com passos lentos, causando assim silêncio no convés, com certa raiva ele olhou para Balthazar, esperando uma explicação para tudo aquilo. 

  

— Por que está fazendo isso? 

  

— Não se meta, perdi homens, alguém tem que pagar por isso, e porque não um homem com prestígios. O mar me agradecerá caso o sangue dele seja derramado.  

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