Capítulo 56

31 6 1
                                    

1659, Março

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

1659, Março.
Oceano Eterno.
Baú de Davy Jones.

Em um piscar de olhos, todos estavam novamente a bordo do Holandês Voador, exceto Paul, cujo destino foi selado pela extinção imposta por Balthazar. A normalidade parecia ter retornado, mas não sem deixar marcas evidentes.

Daen, soltou um grito angustiado, desabando de joelhos com uma ardência nos olhos. A visão de Benjamin sendo amparado por Balthazar trouxe a compreensão do que se desenrolava. Determinado, ele aproximou-se do garoto, enquanto Balthazar clamava por Farnel, o qual, munido de sua maleta, iniciava os primeiros socorros a Benjamin.

- Benjamin... - Daen sussurrou preocupado. Ele se sentiu sozinho. Esses minutos que passou no vazio, parecia uma eternidade.

A água límpida e o álcool puro tornaram-se aliados cruciais nesse momento. Diante da impotência diante da gravidade do ferimento, Farnel desempenhava sua perícia médica com cuidado. Felizmente, a lesão de Benjamin não era impulsionada por magia arcana ou pela essência de Hongan; era um ferimento mundano. Nesse momento crítico, Daen, pela primeira vez após muito tempo, recorria não apenas à sua magia, mas também compartilhava parte de sua própria essência para curar Benjamin e revitalizar seu olho.

O ritual de cura desdobrava-se como uma dança mística, com Daen entrelaçando suas habilidades mágicas à sua essência vital. Benjamin, aliviado, sentia a influência da magia e do cuidado de Daen, enquanto Farnel trabalhava diligentemente para limpar e tratar o ferimento.

A córnea, embora reconstruída, não restabeleceu imediatamente a visão de Benjamin. O mundo ainda se apresentava embaçado, com algumas áreas machucadas prejudicando a clareza. Em uma medida de precaução, Daen recomendou que o garoto utilizasse um tapa-olho. Balthazar, prontamente, atendeu ao pedido, trazendo de sua cabine um antigo tapa-olho que seu pai costumava usar.

- Isso vai ser só por um tempo, tudo bem? - Daen expressou-se com seriedade. - Eu consegui curar muita coisa; vai dar tudo certo. Em um ou dois meses, você vai poder retirar isso.

Ao ajustar o tapa-olho, o garoto começou a se acostumar com a nova realidade visual.

Benjamin, além das dores na barriga, agora experimentava uma ardência persistente no olho. O cansaço, decorrente da perda de sangue, pesava sobre ele, levando-o a se sentar e apoiar suas costas na proa do navio. Balthazar, atento à condição do loiro, percebia a exaustão evidente, mas Benjamin, naquele momento, ansiava apenas por um breve descanso. Um sono inexplicável envolvia-o, e a necessidade de recuperar energias era palpável.

Enquanto isso, Wohar, de forma provocativa e lenta, batia palmas, chamando a atenção dos piratas para suas palavras.

- Parabéns para mim por ter conseguido vencer um evento. Sempre gostei desse desafio. Fantasmas, não importa como e o quê, sempre conseguem causar estragos enormes por aí. - Apesar do sorriso, ele dirigia seu olhar para Grint Jack, desferindo um chute no fantasma. - Mas em momento algum disse que era para ferir o garoto.

Era Dourada |Romance Gay|Onde histórias criam vida. Descubra agora