Benjamin, um jovem nobre, jamais imaginou que pequenos acontecimentos seriam capazes de virar sua vida de cabeça para baixo. Ao receber um presente especial de seu irmão, ele se vê envolvido em uma jornada completamente nova, repleta de desafios e d...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
1659, Março. Oceano Eterno. Baú de Davy Jones.
Em um piscar de olhos, todos estavam novamente a bordo do Holandês Voador, exceto Paul, cujo destino foi selado pela extinção imposta por Balthazar. A normalidade parecia ter retornado, mas não sem deixar marcas evidentes.
Daen, soltou um grito angustiado, desabando de joelhos com uma ardência nos olhos. A visão de Benjamin sendo amparado por Balthazar trouxe a compreensão do que se desenrolava. Determinado, ele aproximou-se do garoto, enquanto Balthazar clamava por Farnel, o qual, munido de sua maleta, iniciava os primeiros socorros a Benjamin.
- Benjamin... - Daen sussurrou preocupado. Ele se sentiu sozinho. Esses minutos que passou no vazio, parecia uma eternidade.
A água límpida e o álcool puro tornaram-se aliados cruciais nesse momento. Diante da impotência diante da gravidade do ferimento, Farnel desempenhava sua perícia médica com cuidado. Felizmente, a lesão de Benjamin não era impulsionada por magia arcana ou pela essência de Hongan; era um ferimento mundano. Nesse momento crítico, Daen, pela primeira vez após muito tempo, recorria não apenas à sua magia, mas também compartilhava parte de sua própria essência para curar Benjamin e revitalizar seu olho.
O ritual de cura desdobrava-se como uma dança mística, com Daen entrelaçando suas habilidades mágicas à sua essência vital. Benjamin, aliviado, sentia a influência da magia e do cuidado de Daen, enquanto Farnel trabalhava diligentemente para limpar e tratar o ferimento.
A córnea, embora reconstruída, não restabeleceu imediatamente a visão de Benjamin. O mundo ainda se apresentava embaçado, com algumas áreas machucadas prejudicando a clareza. Em uma medida de precaução, Daen recomendou que o garoto utilizasse um tapa-olho. Balthazar, prontamente, atendeu ao pedido, trazendo de sua cabine um antigo tapa-olho que seu pai costumava usar.
- Isso vai ser só por um tempo, tudo bem? - Daen expressou-se com seriedade. - Eu consegui curar muita coisa; vai dar tudo certo. Em um ou dois meses, você vai poder retirar isso.
Ao ajustar o tapa-olho, o garoto começou a se acostumar com a nova realidade visual.
Benjamin, além das dores na barriga, agora experimentava uma ardência persistente no olho. O cansaço, decorrente da perda de sangue, pesava sobre ele, levando-o a se sentar e apoiar suas costas na proa do navio. Balthazar, atento à condição do loiro, percebia a exaustão evidente, mas Benjamin, naquele momento, ansiava apenas por um breve descanso. Um sono inexplicável envolvia-o, e a necessidade de recuperar energias era palpável.
Enquanto isso, Wohar, de forma provocativa e lenta, batia palmas, chamando a atenção dos piratas para suas palavras.
- Parabéns para mim por ter conseguido vencer um evento. Sempre gostei desse desafio. Fantasmas, não importa como e o quê, sempre conseguem causar estragos enormes por aí. - Apesar do sorriso, ele dirigia seu olhar para Grint Jack, desferindo um chute no fantasma. - Mas em momento algum disse que era para ferir o garoto.