Capítulo 13

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1647

Moscou, Russia.

A doce moscou ilustradora cidade com suas terras de barros e um turismo absoluto de casais apaixonados pelas muralhas e sua imensa tradição de passar por debaixo das pontes. Local muito visitado, facilitando muito a vida daqueles que não eram providos pela sorte da vida ou o dinheiro caridoso. Dando um trabalho agradável para Klazir e Alzkair que cresceram e vivem disso, do roubo. Klazir sempre optou pelo topete, os cabelos escuros para cima sempre lhe deixava com o ar de irmão mais velho e super protetor. Ele gostava de impor isso, apesar das treze primaveras não ser muita coisa. 

Para Alzkair que era o irmão mais novo por apenas alguns segundos ele via Klazir como seu salvador, ele sempre o protegeu dos perigosos dessa bela cidade. Mas por debaixo de tudo Moscou não era só beleza, trazia consigo a triste realidade, a verdadeira pobreza de mais uma família russa. Com seus princípios destruídos pelo estado e consequentemente vivendo as mercês de escolhas hediondas. 

Bolshoy Moskvoretsky Bridge era a única ponte que acolhia tantos moradores de ruas. Dividindo espaços com vários outros necessitados. As noites eram frias e era sortuda a família que tinha cobertores, Klazir nunca iria se esquecer dos invernos, vendo sua mãe chorando de dor após perder alguns dedos por conta do frio. Ela teve que dar suas meias para cobrir as mãos dos filhos, um par foi para Klazir e outro par para Alzklair.

Enquanto a mãe sempre tentava trazer calma aos filhos, seu pai Braymovik, sempre foi frio e desdenhoso. 

— Isso é culpa sua. Se não fosse adúltera não teríamos que pagar esse pecado. Mal nos alimentamos e você gera dois! Uma praga... — Seu ódio fazia algumas crianças se encolherem. Braymovik, que vendeu a própria esposa por alguns pedaços de pães hoje a julgar por sua gravidez. Adúltera? Não, Lyana nunca trairia o marido e ele não suportava saber disso, mas ele precisava culpar alguém.

Lyana morreu no inverno de 1646 e logo foi a vez de Bryamovik no começo de 1647. Enquanto Alzklair chorava pela morte do pai, Klazir não chorou em nenhuma morte, o corpo do pai foi jogado na correnteza igual ao da mãe. Ninguem tinha pena para ajudar eles a enterrar. A  ponte era o lugar que eles consideravam como sepultura dos dois. Sozinhos, as luvas velhas e até mesmo as meias foram roubadas pelos outros necessitados, quando conseguiam algum roubou a comida era tomada deles e quando o frio vinha as cobertas também tinha o mesmo fim. Para Klazir ele não poderia viver embaixo de uma ponte a vida toda, o irmão mais velho sentia que se continuassem ali, os próprios malditos mendigos os matariam. 

— Sinto fome. — Alzklair reclamou pegando uma pedra e tentando acertar um gato. — Comeria qualquer coisa, até lixo.

— Não. Não comeremos nada que venha do lixo, lembrasse do que nossa mãe Lyana disse, toque no lixo, coma-o e então nunca sairá dessa vida. — Klazir disse com um sorriso para tentar acalmar o irmão.


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