Herdeiros Do Submundo

capítulo 45

Decidi pegar um dos trabalhos que Cigana costumava realizar como banqueira da família. Era uma grande dívida que precisava ser cobrada, e a responsabilidade agora recaía sobre mim. Para avaliar o progresso de Gustavo, convidei-o a me acompanhar nessa missão. Seria uma oportunidade para testá-lo e ver se estava pronto para enfrentar os desafios que a vida mafiosa nos reservava.

Caminhamos pelas ruas movimentadas da cidade, e Gustavo parecia calmo e determinado ao meu lado. Eu podia ver que ele havia absorvido bem os ensinamentos até o momento.

- Está preparado para isso? - perguntei, observando-o atentamente.

Ele assentiu, demonstrando confiança.

- Sim, Alemão. Sei que é um trabalho importante, e estou pronto para enfrentá-lo.

Nossa primeira parada foi em um estabelecimento comercial, onde encontramos o devedor. Eu o encarei com firmeza, lembrando-me do quanto aquela dívida afetava nossa família.

- Você sabe por que estamos aqui - disse em tom sério, mas controlado.

O devedor parecia nervoso, mas tentou resistir.

- Eu não tenho o dinheiro agora, mas posso pagar em breve, eu juro!

Avaliando a situação, dei um passo à frente e coloquei a mão sobre o ombro de Gustavo, dando-lhe um sinal para agir.

- Gustavo, mostre o que aprendeu - eu disse, dando-lhe a chance de provar suas habilidades.

Com confiança, ele interveio com um tom firme.

- Você tem um prazo para quitar sua dívida, caso contrário, haverá consequências. Você estava ciente disso desde o começo, e agora seu prazo chegou ao fim.

O devedor pareceu surpreso ao vê-lo agir com tanta segurança. Gustavo estava demonstrando que havia absorvido não apenas a técnica, mas também o domínio da situação.

- Não me subestime, garoto - o devedor retrucou, tentando desafiá-lo.

Gustavo não se abalou.

- Não é uma questão de subestimação, mas de responsabilidade. A família não pode ser deixada de lado.

As palavras de Gustavo foram firmes e eloquentes, e eu pude sentir o orgulho em vê-lo agir com maturidade e autoridade. Ele estava mostrando que era capaz de lidar com a pressão e as adversidades da vida mafiosa.

A tensão no ar se intensificou quando o devedor tentou resistir, alegando que seu prazo não havia expirado. No entanto, eu sabia que Gustavo estava correto, e que ele precisava agir de forma mais severa para deixar claro que a dívida precisava ser quitada.

Com uma expressão séria, Gustavo se aproximou do devedor e falou com voz firme:

- Você teve tempo suficiente para resolver isso. Não estamos aqui para brincadeiras.

O devedor pareceu hesitar por um momento, mas a determinação de Gustavo não o deixou escolha. Com um movimento rápido, Gustavo mostrou sua habilidade, controlando a situação com maestria. Ele não precisou recorrer à violência, mas sua postura inabalável era o suficiente para deixar claro que não aceitaria mais desculpas.

- Você precisa entender que não estamos negociando mais - disse Gustavo com frieza. - O dinheiro precisa ser entregue agora.

Enquanto eu observava a cena, mantinha uma mão em minha arma, caso a situação saísse de controle. Era importante garantir nossa segurança e mostrar ao devedor que estávamos preparados para qualquer eventualidade.

O devedor finalmente pareceu compreender a seriedade da situação. Ele olhou ao redor, percebendo que não havia saída, e finalmente entregou o dinheiro que devia.