capítulo 17

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Enquanto voltamos para o galpão escondido após um roubo de sucesso, uma mistura de euforia e alívio toma conta de mim. A adrenalina ainda está pulsando em minhas veias, e o sorriso se espalha pelo meu rosto.

O caminho de volta é silencioso, apenas o som dos carros correndo ecoando pelas ruas desertas. O céu estrelado nos observa com cumplicidade, como se reconhecesse a grandeza do que acabo de realizar. Cada quilômetro me leva mais perto do galpão.

Finalmente, alcançamos o galpão, um refúgio oculto que se tornou nosso quartel-general. Ao entrarmos, o aroma familiar da madeira e da ferramenta de trabalho preenchia o ar, trazendo uma sensação reconfortante de lar.

Enquanto nos reunimos em torno da mesa, o brilho em nossos olhos revela o orgulho e a satisfação de um trabalho bem feito. Compartilhamos sorrisos de cumplicidade e cumprimentamos uns aos outros, sabendo que a confiança inabalável entre nós é o que nos torna imparáveis.

- ótimo vamos começar a contagem - Erick exclamou de onde estava

Marasato, exibe um sorriso malicioso enquanto revela um pequeno saco com pó branco, sua expressão transmite uma mistura de triunfo e excitação, sabendo que aquele pequeno saco representa a verdadeira euforia.

- o que me dizem de tequilas? - ele perguntou enquanto sacudia o pequeno saco em uma mão e na outra trazia uma garrafa de líquido claro sem rótulo.

Coiote, o irmão mais descontraído, aproveita a oportunidade para colocar música, preenchendo o ambiente com uma batida contagiante e vibrante. Seu espírito festivo e despreocupado cria um contraste intrigante com a seriedade do roubo, trazendo uma sensação de leveza para a comemoração. Enquanto o som ecoa, ele atravessa o galpão em busca de seis copos de shots.

Ao meu lado, Gabriel trocou olhares com Alemão, e sem dizer nenhuma palavras ambos saíram, depois de pouco segundos voltaram com as malas que estavam nos carros. Suas expressões determinadas são um testemunho da confiança mútua e da capacidade de trabalho em equipe que compartilham.

As malas foram abertas e seus conteúdos despejados na mesa. Ainda com vestido de festa, montei meu equipamento em uma das pontas e me sentei na cadeira. Erick se sentou duas cadeiras a minha direita, o trabalho dele seria avaliar cada uma das pedras que coletamos, e o meu contar as notas.

Em poucos segundos sua voz suave e sedutora começou a dar vida aos objetos, revelando a grandiosidade do que foi conquistado, enquanto rapidamente Alemão anotava os valores e etiquetava as pedras. A máquina a minha frente engolia as notas e apresentava números, enquanto eu anotava tudo em planilhas e separava em maços de cinco mil dólares.

Poucas horas depois, tudo estava etiquetado e anotado em planilhas. Um bilhão de Euros estava espalhado pela mesa, dividos entre dinheiro, diamante comum, jadeite, Ruby, esmeralda, alexandrita, diamante vermelho e diamante azul.

O dinheiro estava contado, era hora da diversão começar. Enquanto a pequena carreira de cocaína repousa diante de mim, minha mente é inundada por uma mistura inebriante de antecipação e excitação. Observo a fina linha branca, irresistivelmente tentadora, estendendo-se à minha frente. Com uma inalação profunda, me curvo sobre a mesa e trago o pó branco em direção às minhas narinas.

O momento em que a substância entra em contato com minha mucosa nasal é uma explosão de energia. Uma onda de calor percorre meu corpo, despertando cada célula e liberando uma sensação intensa de euforia. Minha mente se expande, ampliando cada pensamento e sensação, enquanto meu coração acelera seu ritmo frenético.

A energia se manifesta instantaneamente, envolvendo-me como uma tempestade elétrica. Minha consciência se torna aguçada, os sentidos amplificados e a percepção do mundo ao meu redor ganha uma nova dimensão. Um turbilhão de pensamentos corre pela minha mente, como uma cascata de ideias aceleradas.

Em seguida, tomo a dose de tequila, deixando o líquido âmbar escorregar pela minha garganta. O sabor rico e ardente preenche minha boca, despertando um calor interior que se mistura à intensidade da cocaína. Uma sensação de calor se espalha por todo o meu corpo, um abraço acolhedor que me envolve com sua força.

A tequila age como uma dança ousada com meus sentidos, misturando-se à euforia da cocaína. Uma sensação de coragem e ousadia toma conta de mim, alimentando minha confiança e determinação. Sinto-me invencível, como se pudesse conquistar o mundo e desafiar qualquer obstáculo que se apresente diante de mim.

A combinação de cocaína e tequila cria uma sinergia intensa, uma fusão de energia e prazer. Meu corpo e mente estão em sincronia, vibrando em uma frequência elevada. Sou consumida por uma sensação de poder e liberdade, como se pudesse superar todos os limites e experimentar a vida em sua plenitude.

No entanto, enquanto as sensações e emoções me envolvem, sei que essa é uma fugaz ilusão de controle. Esses momentos de êxtase são fugazes e efêmeros, trazendo consigo uma montanha-russa de emoções e possíveis consequências. É uma dança perigosa na linha tênue entre o prazer e o vício, a euforia e a queda.

Mas, por agora, neste instante, eu me entrego a essa sensação arrebatadora. Deixo-me levar pela torrente de emoções, saboreando cada momento com uma intensidade quase transcendental. É um vislumbre fugaz de uma vida vibrante e sem limites, um momento em que sou livre de amarras e responsabilidades, mesmo que por apenas um instante.

Enquanto o pó branco circula entre nós e as garrafas de tequila eram abertas, uma atmosfera de euforia tomava conta do local. Rostos sorridentes, olhos brilhantes e risos cheios de cumplicidade se misturam, revelando a ligação inquebrável entre todos nós.

Risos estridentes ecoam pelo ambiente enquanto garrafas vazias se acumulam ao redor deles. A música alta preenche o ar, criando uma trilha sonora para nossa celebração selvagem.

Nossos movimentos são desajeitados, mas cheios de energia contagiante. Rimos e cantamos, nossos passos descoordenados se misturando em uma dança caótica e divertida. As paredes do covil parecem pulsar com o ritmo da música, ecoando nossos risos e brindes entusiasmados.

Enquanto nos movemos, nossos corpos colidem em uma sinfonia de abraços e empurrões amigáveis. O álcool flui em nossas veias, nos tornando mais ousados e despreocupados. Não há preocupação com o amanhã ou com as consequências dos nossos atos. Estamos imersos no presente, vivendo cada momento com uma intensidade avassaladora.

Nossas risadas são explosões de alegria pura, escapando de nossas gargantas com uma liberdade libertadora. Os olhos brilham com um fogo indomável, espelhando a emoção e o caos que nos envolve. O ambiente está mergulhado em uma névoa de fumaça de cigarro e odores adocicados de bebidas alcoólicas, criando uma atmosfera surreal.

Enquanto dançamos, trocamos olhares cúmplices, reconhecendo a força e a lealdade que compartilhamos como irmãos. Nosso vínculo é fortalecido por esses momentos de euforia compartilhada, onde somos livres de amarras e responsabilidades. É uma fuga temporária da dura realidade que nos cerca, uma pausa necessária para nos lembrar do poder da união.

Enquanto a noite se desenrola, nossos corpos cansados e satisfeitos dançam até a exaustão. O ar está carregado com nossa energia contagiante, como uma tempestade elétrica que envolve o covil. Sabemos que, quando a música parar e o sol nascer, retornaremos à nossa realidade sombria. Mas, por enquanto, nos entregamos a essa euforia, dançando e celebrando a vida com tudo o que temos.

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