1. A arte de investigar

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Meghan

        Trabalhar de investigadora não é tarefa fácil. Investigar crimes e os responsáveis por eles tem sido a minha paixão desde que me integrei à polícia. Eu e a equipe de investigadores tivemos que cuidar de um caso de assassínio aqui em Nova York. Um homem bem sucedido foi encontrado morto em seu apartamento. Estava amordaçado e foi espancado até a morte. As suspeitas são de um mandato de execução, já que nada valioso sumiu do apartamento. O caso ainda está em aberto, ainda não pegamos o culpado e não descobrimos o motivo do assassinato.

        Enfim, cheguei em casa às 23h. Hoje foi realmente cansativo. Mas valeu a pena. Capturar criminosos em prol da sociedade é satisfatório e a sensação de justiça feita é incrível. Fazer a nossa parte é o que faz a diferença.

        Moro sozinha desde meus dezoito anos. Me tornei investigadora tem um ano. Sou a mais nova do departamento com apenas vinte e quatro anos, considerada prodígio. Tenho ensino superior de direito, mas decidi que atuar com investigação é o que eu queria.

        Sento-me no sofá e fico observando a estante com fotografias da minha família. Meus pais. Um dos motivos para eu me tornar investigadora. Eles foram assassinados dentro da nossa casa. Porém, a justiça arquivou o caso e me deixou sem respostas. Eu não tinha ideia do que tinha acontecido com meus pais. "Por que fariam isso com eles?", pensei. Então terminei a faculdade de direito e me integrei ao departamento como investigadora para saber o que de fato aconteceu. Descobri que tinham sido feitos reféns por uma quadrilha de bandidos que estavam em busca de objetos valiosos. Por mais que eles tivessem levado tudo, não pouparam meus pais. Quando descobri isso fiquei revoltada. Até onde a crueldade humana vai? Por que fazer isso? Eu garanti que os culpados pela morte deles fossem presos. Prometi a mim que iria fazer justiça e que derrubaria qualquer criminoso. Eu me orgulho do que eu faço.

★★★

        Acordo preguiçosamente. Tomo banho e me arrumo. Coloco um blazer preto, uma camisa social vermelha e uma calça social preta. Antes de sair pego meu distintivo e minha arma. Dou partida no carro e vou ao departamento.

        — Detetive Evans.

        — Detetive Mitchell.

        Robert Mitchell é o meu parceiro de investigação. Ele foi o único que quis ser meu parceiro. E hoje somos grandes amigos.

        — Eu estudei mais sobre a vida do empresário Mario. Ele costumava ir a clubes ilegais para jogar poker. E também está ligado à organização La Muerte. Era uns dos sócios que faziam acordos ilegais.

        — Então a morte dele pode está ligada a esta organização? Você é um gênio!

        — Eu sei! — ele diz com o queixo erguido, se gabando.

        A organização La Muerte está ligada à máfia. Os mais perigosos criminosos estão nela. Os que realmente tem poder. Políticos corruptos, empresários milionários, policiais corruptos e pessoas ligadas à elite do Estado. Essa organização trabalha com desvio de dinheiro, tráfico de armas e drogas, clubes ilegais de cassinos, boates e corridas ilegais. Não sabemos ainda quem é o chefão dessa máfia. Mas vamos pegá-lo. Estamos a investigando há dois meses. Eles são muito bons em disfarçar. Podem ser qualquer um.

        — Então se ele realmente está ligado a ela, eles fizeram isso. Portanto devemos focar nela para derrubá-la de vez. Antes que mais gente se envolva. Não será tarefa fácil, mas daremos nosso melhor.

        — Com certeza. Já temos um suspeito na mira. Ele também é um empresário. De Porto Rico. Mas atualmente está aqui em Nova York.

        — Melhor o investigarmos logo.

        — Detetive Evans... O chefe a aguarda na sala dele.

        Um policial fala. Olho para Robert com cara de preocupada.

        — Já volto.

        — Boa sorte.

        O chefe é um pouco carrancudo. Um pouco grosseiro nas palavras, principalmente quando fazemos algo errado.

        Bato na porta e entro.

        — Oi, chefe. Mandou me chamar?

        — Terá que investigar um caso novo em outra cidade.

        Eu fico confusa. Como assim?

        — Desculpe, não entendi...

        — Sente-se, irei lhe explicar.

        Ele me deu uma pasta amarela com dados da nova investigação.

        — Esse caso aconteceu na cidade de Mystery Spell. Vários investigadores tentaram resolvê-lo, mas fracassaram. Você será perfeita para ele. Irá disfarçada. Se trata de um desaparecimento de uma universitária. Mia Cooper. Está com dois meses de desaparecida. Os pais estão desesperados. A cidade é pequena, você não terá tanta dificuldade. Alguma dúvida?

        — Mas e a investigação da organização La Muerte?

        — O Detetive Mitchell tomará frente do caso.

        — Tudo bem, então... Com licença.

        Retiro-me da sala, ainda um pouco confusa. Isso foi repentino. Mas acho que assumirei o caso. Seria bom ir para outro lugar e respirar novos ares. E talvez eu consiga resolver o caso da garota. Vou pedir para o Mitchell me manter informada sobre a situação aqui.

        — Como foi? — perguntou.

        — Ele me deu outro caso. De um desaparecimento em Mystery Spell. Disse que ninguém conseguiu resolver. Ele acha que eu serei perfeita para desvendar esse mistério.

        — Não acredito que vai embora. Mas você vai tirar de letra. Você é a melhor.

        Diz rindo e bagunçando o meu cabelo. Ele é mais velho do que eu, oito anos. Como se fosse meu irmão.

        — Vou sentir sua falta, Rob. Você vai assumir o caso da organização e por favor me mantenha atualizada.

        — Pode deixar, Meg.

        Voltamos ao trabalho. O pouco que sabia sobre a organização, passei para o Robert. Já estou ansiosa para ir à Mystery Spell. Onde me mandarem ir para resolver casos eu vou!

        Quando cheguei em casa, tomei banho e coloquei uma roupa confortável. E abri a pasta com os dados do caso. As únicas coisas que tinham eram os dados da garota, com quem se relacionava, os lugares que frequentava e a última vez que foi vista. Mas já era uma pista.

        Eu saio daqui a uma semana. Terei que me disfarçar de aluna na universidade. Talvez eu escolha o curso de jornalismo. Na qual eu vou poder fazer "matérias" sem levantar suspeitas da minha real intenção. Mais um desafio para mim. E eu farei de tudo para resolvê-lo.

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Inspiração para Meghan Evans

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Drogo & Meghan - Trilogia Irmãos Bartholy - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora