Drogo & Meghan - Trilogia Irmãos Bartholy - Livro 1

11. De volta à Mystery Spell

Meghan

        Estou no avião de Viktor. Eu moraria aqui sem problemas. Quanto luxo!

        — Pai? Posso te fazer uma pergunta...? — pergunto, já arrependida.

        — Sim, faça — afirma, dando um gole no copo de uísque.

        — O que você realmente faz para estar entre os humanos? — Por que estou fazendo essa pergunta? Meghan, para de ser enxerida. Não é da sua conta. — É um mafioso?

        Ele me encara profundamente. Seus olhos azuis faiscantes enxergam além da minha alma. Ele está sério, como sempre.

        — Fala para ela, Viktor. Hermano, no seas tan impasible todo el tiempo. Tranquilo.

        Viktor o encara. Depois suspira.

        — Todo bien. Ella necesita saber más sobre el padre. — Ele me olha. — Não. Eu não sou mafioso.

        — Desculpa ser tão invasiva — falo rápido. — Às vezes a língua é maior que a boca — rio sem graça.

        — Não se preocupe. Sei que está cheia de dúvidas sobre mim. Pode perguntar. Dependendo, responderei.

        Olho surpresa. Ele está à vontade.

        — Você... ãn... — estou um pouco constrangida. Mas não perderei a chance. — Você é... um médico? — pergunto com incerteza.

        Para a minha surpresa, ele ri. E Marlin dá uma gargalhada. Ótimo, agora sou palhaça! Até que não é monstruoso rindo. Pareceu até... simpático.

        — Eu sei ser simpático sim, senhorita Evans. É assim que ganho respeito e confiança dos meus sócios humanos. Sou empresário e também formado em engenharia. Todos os homens da minha família são. Apenas meu primo, Castiel, que odeia o ramo dos negócios e decidiu ser médico. O que faz jus aos dons dele. Alquimia e o dom da vida.

        — Interessante! Pensei que só seres da natureza, como as fadas, se é que existem, tinham esse poder. Da vida.

        — Sim. Os elementais existem. Conheço o rei dos elfos. Aaravos. Os dons vampíricos surgiram através da energia da natureza. Não somos seres espirituais como pensam. Que não temos alma. Por isso não refletimos em espelhos. Isso são apenas contos que os humanos inventam. Estamos vivos. E podemos morrer. O que nos difere é longevidade. Dado por muitos como imortalidade.

        — Quais as raças que existem?

        — Muitas! Humanos; vampiros; lobisomens; elementais; humanos com dons da natureza, os magos; híbridos. Embora os híbridos sejam proibidos e eu nunca vi um, eles existem.

        — Como é possível raças tão opostas, como vampiros e lobisomens, se relacionarem? Digo... Eu não duvido que possam se apaixonar, mas é improvável.

        — Por isso são proibidos. Temos uma repulsa natural por lobisomens. Eu tenho algumas... Como posso dizer... — ele gesticula com a mão — alianças... com alguns alfas. Até mesmo o rei vampiro firmou um acordo de paz com o rei dos lobisomens. Para que possamos viver em paz. E para o bem da nossa existência, ambos não querem que sejamos revelados aos humanos.

        — Entendi. Mas, voltando a sua família. Você é o chefe?

        — Eu e o meu avô. Ele é muito mais poderoso do que eu. Sou o neto mais parecido com ele. A maioria dos poderes que tenho, herdei dele.