Drogo & Meghan - Trilogia Irmãos Bartholy - Livro 1

23. Brincadeira impensada

Meghan

          Por mais que eu ainda estivesse estranhando, aos poucos iria me adaptando. Drogo sofreu traumas em seus relacionamentos passados e dessa vez teríamos que fazer o certo. Sei que não é o que eu quis. Um relacionamento sem um compromisso sério, apenas um "fica", mas temos que ir devagar. E não parece tão ruim assim. Pensei que seria algo fútil demais.

          Quando vi a placa da cidade dizendo "bem-vindo", eu surtei.

          — Eu não acredito! Ahhhh! — solto um gritinho contido. Abraço Drogo.

          — Ei, ei, calma. Estou dirigindo — ele ri. — Gostou?

          — Está brincando? Eu amei!

          — Bem-vinda à Las Vegas, Nevada.

          As luzes da cidade eram impressionantes. Cassinos, clubes, hotéis, shoppings, tudo muito bem colorido e iluminado com luzes vibrantes. Elas se fundiam perfeitamente com a noite, dando um ar de alegria e adrenalina.

          — A Cidade do Pecado. Isso é maravilhoso, Drogo. Quero ter bons momentos com você aqui.

          Ele pega minha mão e a beija.

          — Pode ter certeza que teremos.

          Rodamos um pouco pela cidade até encontrar um hotel. Era excitante só de olhar. Ele tinha uma réplica magnífica da torre Eiffel em sua entrada. Em frente, também tinha uma fonte de água incrível. Era perfeita a sincronia da água e das luzes.

          — Isso é tão emocionante. — Pulo no pescoço de Drogo. Que me abraça e me beija.

          — Por isso te trouxe aqui. Vem. Vamos subir. Peguei a cobertura.

          O quarto era muito luxuoso, assim como todo o hotel.

          — Eu moraria aqui facilmente. É basicamente uma casa. Tem sala, cozinha e quarto — falo, me jogando no sofá.

          — Não tem problema se dessa vez dividirmos o mesmo quarto, não é?

          — Não, não tem. Você dorme no sofá e eu na cama — sorrio. — Desculpa, mas dividir a cama não dá.

          — Tudo bem. Sem problemas. Aqui é bem grande e o sofá é confortável.

          Eu pego a caixa térmica com as bolsas, de cima da mesa.

          — Vem, Drogo. Vamos nos alimentar. Depois pegamos mais bolsas em um hospital.

          Sentamos na mesa redonda em frente a grande parede de vidro, que dava uma visão belíssima da cidade. Coloco o sangue nas taças.

          — Um brinde à nossa amizade — digo, erguendo a taça.

          — Um brinde à nossas vidas. Que sejamos felizes juntos e que nada possa nos atrapalhar ou nos impedir.

          Eu sorrio em cumplicidade para ele. Tínhamos expectativas de dar certo. E é o que esperamos.

★★★

          A claridade preenchia o ambiente. Mesmo com os olhos fechados, eu conseguia sentir a luz forte contra meu rosto. Vampiros não dormiam por muito tempo, eu por exemplo, dormi apenas quatro horas. O que ainda é muito. Mas, passei a viajem toda acordada com Drogo. Ficar sentada por muito tempo foi desconfortável.

          Caminho pelo miniapartamento, não vejo Drogo no sofá, tampouco sinto sua presença no quarto. Nem sua aura, nem seus batimentos cardíacos. Ele foi se divertir e me deixou sozinha?