Drogo & Meghan - Trilogia Irmãos Bartholy - Livro 1

39. Pelo mesmo que você passou!

Meghan

        Eu estava em suas costas feito um macaquinho. Para chegar na mansão, tínhamos que passar por uma estrada. Drogo ia pela floresta pulando de árvore em árvore. O cheiro de luxúria estava no ar. Quase incontrolável. Era a ligação fazendo efeito. Não tive a oportunidade de falar ainda sobre isso, mas ainda teríamos muito tempo.

        Chegamos em frente a mansão. Drogo abre os portões de ferro.

        — Vem. Deixa eu te carregar.

        Ele me pega no colo e com sua velocidade, adentra o bosque atrás da mansão. Chegamos em frente a uma cabana.

        — É uma pequena casa atrás da mansão Bartholy. Sempre quando alguém quer ficar sozinho, vem aqui. E aqui teremos mais privacidade. Vem.

        Me puxa pela mão. Já tinha noção do que ia acontecer e já estava pronta.

        A casa era igual a mansão, com uma decoração vintage. Subimos as escadas. Drogo não soltava a minha mão. O quarto era espaçoso, a cama era enorme. Paramos no meio e ficamos nos encarando.

        — Você quer isso? — me pergunta, com luxúria nos olhos. Eu não estava diferente.

        — Sim! — falo convicta.

        Estávamos destinados e eu queria ter uma noite com ele.

        — Certo. Vem cá.

        Ele segura a minha nuca e a minha cintura, colando nossa boca e nosso corpo. O beijo era feroz, como sempre, ardente. Passeava a mão pelo meu corpo, mas ainda não ultrapassando áreas íntimas. Caminha, ainda me beijando lentamente, até me deitar na cama e ele deitar em cima de mim.

        — Isso é tão bom. Quero desfrutar mais de você, Meghan.

        Começa a beijar meu pescoço e vai descendo. Retira minha jaqueta e fico só com minha regata. Se delicia com o decote dos meus seios.

        — Ainda está com muita roupa.

        Me faz sentar e retira a minha regata, meus sapatos e minha calça. Me deixando apenas com a lingerie branca. Imediatamente, tento me cobrir com as mãos, morrendo de vergonha.

        — Você é tão linda vermelhinha.

        — Estou com vergonha.

        — Não precisa. Olha...

        Ele fica em pé ao lado da cama e começa a retirar as roupas. Fica da forma que veio ao mundo. Me sinto mais envergonhada ainda, por ver sua intimidade nada tímida.

        — Nossa... — engulo em seco.

        — Vê? Isso é normal. Não precisa ficar com vergonha.

        — É a minha primeira vez. Você sabe que eu sou virgem, não sabe?

        — Sim, eu sei. Não vou te machucar.

        Novamente deita em cima de mim. Começa a me beijar, intensamente. Acabo deixando escapar um gemido. Ele leva a mão até minhas costas, desabotoa e retira o sutiã. Começa a apalpar meu seio. Arfo. Leva a mão até mais embaixo e retira a minha calcinha. Começo a me sentir mais tensa. Se posiciona entre minhas pernas, sem interromper o beijo. Sem demora, me invade.

        — Ãn, ai...

        Deixo escapar um gemido de dor. Quase insuportável. Era desconfortável.

        — Você vai se acostumar.

        Aceno com a cabeça. Olha nos meus olhos e começa. Seus gemidos se fundia aos meus, porém os meus eram de dor. Me beija, me aperta e acelera os movimentos. Já estava menos desconfortável, eu havia me acostumado. Começo a sentir prazer. Minhas presas aparecem. A aura dele me envolve. Seu cheiro me enlouquece. Estamos tão envolvidos que, literalmente, sinto que somos um só. Ele não parava e a cada vez acelerava mais. Ficamos na mesma posição. Quando sinto que está acabando, sem pensar, cravo minhas presas nele. O sangue doce me preenche. Delicioso! E a sensação de prazer intenso me consome. Tanto da mordida, quanto do clímax.

        — Arh, Meghan!

        Drogo deixa seu corpo despencar sobre o meu. Ficamos assim, juntos. Eu o abraço e afago seus cabelos fartos. Estamos suados, mas não cansados. Privilégio de ser vampiro.

        — Isso foi ótimo! — digo com um sorriso bobo.

        Ergue a cabeça e me olha... diferente. Sai de cima de mim e fica em pé. Observo sua ação. Começa a vestir as roupas. Olho confusa.

        — Você não gostou? Está frustrado? Desculpe, eu não sou boa nisso!

        Não para o que faz. Sento na cama e me cubro com o lençol.

        — Drogo, diz alguma coisa, por favor!

        Quando está devidamente vestido, dispara...

        — Não podemos mais continuar.

        Fico confusa. O quê?

        — Como assim?

        Ele me olha impassível.

        — Não podemos ficar mais juntos. Acabou, Meghan. Você não pode ficar ao meu lado. Eu não quero ter que te envolver nos meus assuntos inacabados. Você será um peso morto para mim.

        Suas palavras são como flechas flamejantes em meu coração. Estou de boca aberta. Meus olhos enchem de água, mas evito deixar que escorram lágrimas. Sabia que isso poderia acontecer, mas mesmo assim, quis tentar.

        — O-o quê? Drogo, o que está dizendo? — minha voz é fraca e embargada.

        — Estava em dúvida entre escolher você ou minha vingança contra Viktor. Me perdoa, mas foi mais forte do que eu. Escolhi a vingança.

        O que ele está dizendo? Não pode ser?

        — POR QUE ESTÁ ME DIZENDO ISSO AGORA? POR QUE TEVE QUE FAZER AMOR COMIGO, PARA ME FALAR SÓ AGORA? POR QUÊ? — estava em prantos.

        Por quê? Por quê? Por quê?

        — Meghan...

        — TEMOS UMA LIGAÇÃO, DROGO! — vejo ele ficar surpreso. Mas é tarde. — SAI DAQUI! TRAIDOR! EU TE ODEIO, EU TE ODEIO. SAAAAAI! — jogo todas as almofadas e travesseiros nele. Que some em um vulto.

        Como ele pôde? Por que fez isso comigo? Ele que já se decepcionou com todas as ex dele, fez exatamente o mesmo comigo! Como fui trouxa. Por que confiei nele? E tudo por uma maldita vingança. Essa maldição que o cerca, o cega. Por que não vê que isso não vai levá-lo a lugar nenhum? Maldição! Maldita ligação. Por que fui confiar nela? Predestinados? Quem disse isso? Isso é uma farsa! Tudo uma farsa! Essa maldita ligação não existe! E se existe, vou cortá-la agora.

        Ainda abalada, chego na mansão. Não vou ficar aqui. Não me importa o que Viktor, Nicolae, o cacete a quatro vai dizer, eu vou embora. Não vou suportar olhar para Drogo.

        Ninguém estava no caminho, então com a minha velocidade vou ao meu quarto, arrumo a pequena mala e desço. Não quero me despedir. Quero esquecer que tudo isso aconteceu. Quando estou prestes a sair...

        — Meghan, não! — era Lorie.

        — Eu o castiguei — Nicolae diz. — Não vá.

        Me viro para olhá-los.

        — Não precisava tê-lo castigado. Drogo é adulto e sabe do que faz. Sabe o que me fez e isso se voltará contra ele. Carma. Eu não vou ficar, sinto muito. Adeus!

        — Meghan...!

        Antes de Peter, que só observava, falar alguma coisa, pego meu carro e vou embora.

        Adeus, cidade de merda. Você só me traz sofrimento!