Meghan
Sentamos à mesa e conversamos.
— Esse certamente é um caso raro de se ver — Lorie se pronuncia. — Vampiros e lobos convivendo como uma família.
— Essa é a prova de que podemos conviver sem problemas. Está vendo aquele cara ali? — Isabelly fala. — É, esse cara de frente para mim, que tem essa cara chata.
O homem a sua frente, de cabelos escuros e olhos castanhos, a encara com expressão de tédio.
— Ele é o meu primo — conclui. — Nós, os Veiga, temos relação sanguínea. Mas nos juntamos aos Hidalgo. Fomos "criados" a partir de um experimento quando éramos humanos. Sabe aqueles ataques? Aqueles de zumbis, mortos-vivos, que se deram por causa de um surto viral? Pois é. Viemos daí.
— Espera... — interrompo. — Você diz aqueles surtos virais, daquela empresa farmacêutica, que estava quase acima do governo americano, que desenvolvia vírus altamente contagioso e que fazia testes em humanos em vários países do mundo?
— Sim, esse mesmo — afirma.
— Nossa! Eu vivi essa época. Foi uma loucura. Pessoas literalmente comendo pessoas. Foi a era do canibalismo — Drogo diz, interessado.
— Sim. O meu pai me chantageava e me persuadia a fazer o vírus — Isabelly continua. — Ameaçava matar a minha família se eu não fizesse o que ele mandava. Então não vi outra opção.
— Como se livrou de tudo isso? — Nicolae pergunta curioso.
— Meu tio Chris — um sorriso, aparentemente nostálgico, se passou em seus lábios — era das forças especiais anti-bioterrorista. Ele nos treinou para conseguirmos sobreviver. Além de eu ser médica, também trabalhava para o governo americano junto com essa força especial. No intuito de me redimir com a justiça, já que minha cabeça estava a prêmio. Estava na lista negra da Interpol. E para pagar pelos meus crimes, tive que aceitar trabalhar para o governo. Eles também tinham interesse em mim, por eu saber como lidar com a corporação que meu pai liderava. Quando ele fez esse experimento e me transformou, reuni todas as estratégias possíveis e fui atrás dele. Infelizmente tive que matar meu próprio pai para livrar milhões de pessoas no mundo da mente insana dele. Não tive outra escolha.
— Entendemos você — Peter fala, de olho na taça com sangue. — Nossa transformação também foi a contragosto. Não queríamos isso. Mas nosso pai postiço quis insistir na gente. E hoje estamos aqui. Presos a essa vida pacata e sem sentido.
Ele estava triste, como sempre. Isabelly dá um leve sorriso, o olhando.
— Também sou como você, garoto — diz. — Aposto que perdeu alguém importante para você e hoje se encontra nessa profunda depressão. Não vê alternativas na vida e com certeza você tem um passatempo para aliviar a dor, já que não pode se machucar devido a sua cura.
Foi o suficiente para ela chamar a atenção de Peter, que agora se concentra nela.
— A melhor forma que eu encontro para aliviar a dor é através de músicas. Eu componho canções em meu piano e isso é libertador para mim.
— No meu caso, a medicina é libertadora para mim. Amo ajudar os outros, amo estar no hospital e sentir toda a adrenalina de salvar uma vida.
— Falaram tanto de vocês que se esqueceram da gente. Deixem a gente se apresentar. Eu sou Ashley Veiga. — Uma mulher loira, do cabelo curtinho com uma franjinha, fala.
— Eu sou Karen Veiga — outra loira, do cabelo curtinho e ondulado.
— Eu sou Victoria Veiga.
Mais uma loira, com cabelos em corte Chanel, apresenta. Deve ser genética. E são todas lindas, com linhas curvas pelo corpo. Mas apenas Ashley aparentava ser alta. As outras eram baixinhas.
— Eu me chamo Luis Veiga, trabalho na empresa junto com Juan, sou lobisomem. Estamos... de passagem aqui.
Luis parecia ser sério. Um tanto preocupado.
— Sou Dave Veiga, também sou da família dessas coisas que chamamos de primos — um homem loiro dos olhos azuis fala.
— Prazer. Jacob Veiga — um cara que parece nativo americano fala desinteressado.
— Prazer em conhecê-los. Daniel Veiga. — Ele também parecia ser nativo americano. Mas seus cabelos eram lisos e compridos.
— Percebe-se que são parentes — digo, me divertindo com tudo isso. Eles eram muito receptivos e calorosos.
— No, mí hijita. Me chamo Martín Hidalgo. O mais antigo dessa casa e um ex alfa nato — um homem de aparentemente 50 anos disse. Fico impressionada por vê-lo em uma cadeira de rodas. — Se vocês ficarem até o jantar, contarei histórias do passado dos sobrenaturais. Irá ser interessante.
— Tío, no los presione. Perdoem o meu tio. Não precisam ficar se se sentirem incomodados — Juan disse.
— De forma alguma. Não é incomodo — Nicolae fala, mais à vontade. — Ficaremos sim.
— Prazer em conhecer todos vocês. Eu me chamo Meghan. Esses são meus irmãos. Peter, Lorie e Nicolae. Esse — aponto para Drogo — ...Drogo, meu namorado.
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Inspiração para os Veiga
Luis 🐺
Dave 🐺
Daniel 🐺
Jacob 🐺
Isabelly 🦇
Ashley 🦇
Victoria 🦇
Karen 🦇
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Drogo & Meghan - Trilogia Irmãos Bartholy - Livro 1
FanficUma jovem detetive do departamento de polícia de Nova York é mandada à Mystery Spell para resolver um caso de desaparecimento. Ao chegar na cidade, descobre muito mais mistérios além do caso, incluindo sobre si. Mas é quando conhece o jovem e irresi...