36. Interação

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Meghan

        Sentamos à mesa e conversamos.

        — Esse certamente é um caso raro de se ver — Lorie se pronuncia. — Vampiros e lobos convivendo como uma família.

        — Essa é a prova de que podemos conviver sem problemas. Está vendo aquele cara ali? — Isabelly fala. — É, esse cara de frente para mim, que tem essa cara chata.

        O homem a sua frente, de cabelos escuros e olhos castanhos, a encara com expressão de tédio.

        — Ele é o meu primo — conclui. — Nós, os Veiga, temos relação sanguínea. Mas nos juntamos aos Hidalgo. Fomos "criados" a partir de um experimento quando éramos humanos. Sabe aqueles ataques? Aqueles de zumbis, mortos-vivos, que se deram por causa de um surto viral? Pois é. Viemos daí.

        — Espera... — interrompo. — Você diz aqueles surtos virais, daquela empresa farmacêutica, que estava quase acima do governo americano, que desenvolvia vírus altamente contagioso e que fazia testes em humanos em vários países do mundo?

        — Sim, esse mesmo — afirma.

        — Nossa! Eu vivi essa época. Foi uma loucura. Pessoas literalmente comendo pessoas. Foi a era do canibalismo — Drogo diz, interessado.

        — Sim. O meu pai me chantageava e me persuadia a fazer o vírus — Isabelly continua. — Ameaçava matar a minha família se eu não fizesse o que ele mandava. Então não vi outra opção.

        — Como se livrou de tudo isso? — Nicolae pergunta curioso.

        — Meu tio Chris — um sorriso, aparentemente nostálgico, se passou em seus lábios — era das forças especiais anti-bioterrorista. Ele nos treinou para conseguirmos sobreviver. Além de eu ser médica, também trabalhava para o governo americano junto com essa força especial. No intuito de me redimir com a justiça, já que minha cabeça estava a prêmio. Estava na lista negra da Interpol. E para pagar pelos meus crimes, tive que aceitar trabalhar para o governo. Eles também tinham interesse em mim, por eu saber como lidar com a corporação que meu pai liderava. Quando ele fez esse experimento e me transformou, reuni todas as estratégias possíveis e fui atrás dele. Infelizmente tive que matar meu próprio pai para livrar milhões de pessoas no mundo da mente insana dele. Não tive outra escolha.

        — Entendemos você — Peter fala, de olho na taça com sangue. — Nossa transformação também foi a contragosto. Não queríamos isso. Mas nosso pai postiço quis insistir na gente. E hoje estamos aqui. Presos a essa vida pacata e sem sentido.

        Ele estava triste, como sempre. Isabelly dá um leve sorriso, o olhando.

        — Também sou como você, garoto — diz. — Aposto que perdeu alguém importante para você e hoje se encontra nessa profunda depressão. Não vê alternativas na vida e com certeza você tem um passatempo para aliviar a dor, já que não pode se machucar devido a sua cura.

        Foi o suficiente para ela chamar a atenção de Peter, que agora se concentra nela.

        — A melhor forma que eu encontro para aliviar a dor é através de músicas. Eu componho canções em meu piano e isso é libertador para mim.

        — No meu caso, a medicina é libertadora para mim. Amo ajudar os outros, amo estar no hospital e sentir toda a adrenalina de salvar uma vida.

        — Falaram tanto de vocês que se esqueceram da gente. Deixem a gente se apresentar. Eu sou Ashley Veiga. — Uma mulher loira, do cabelo curtinho com uma franjinha, fala.

        — Eu sou Karen Veiga — outra loira, do cabelo curtinho e ondulado.

        — Eu sou Victoria Veiga.

        Mais uma loira, com cabelos em corte Chanel, apresenta. Deve ser genética. E são todas lindas, com linhas curvas pelo corpo. Mas apenas Ashley aparentava ser alta. As outras eram baixinhas.

        — Eu me chamo Luis Veiga, trabalho na empresa junto com Juan, sou lobisomem. Estamos... de passagem aqui.

        Luis parecia ser sério. Um tanto preocupado.

        — Sou Dave Veiga, também sou da família dessas coisas que chamamos de primos — um homem loiro dos olhos azuis fala.

        — Prazer. Jacob Veiga — um cara que parece nativo americano fala desinteressado.

        — Prazer em conhecê-los. Daniel Veiga. — Ele também parecia ser nativo americano. Mas seus cabelos eram lisos e compridos.

        — Percebe-se que são parentes — digo, me divertindo com tudo isso. Eles eram muito receptivos e calorosos.

        — No, mí hijita. Me chamo Martín Hidalgo. O mais antigo dessa casa e um ex alfa nato — um homem de aparentemente 50 anos disse. Fico impressionada por vê-lo em uma cadeira de rodas. — Se vocês ficarem até o jantar, contarei histórias do passado dos sobrenaturais. Irá ser interessante.

        — Tío, no los presione. Perdoem o meu tio. Não precisam ficar se se sentirem incomodados — Juan disse.

        — De forma alguma. Não é incomodo — Nicolae fala, mais à vontade. — Ficaremos sim.

        — Prazer em conhecer todos vocês. Eu me chamo Meghan. Esses são meus irmãos. Peter, Lorie e Nicolae. Esse — aponto para Drogo — ...Drogo, meu namorado.

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Inspiração para os Veiga

Luis 🐺Dave 🐺Daniel 🐺Jacob 🐺  Isabelly 🦇Ashley 🦇Victoria 🦇Karen 🦇

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Luis 🐺
Dave 🐺
Daniel 🐺
Jacob 🐺
 
Isabelly 🦇
Ashley 🦇
Victoria 🦇
Karen 🦇

Drogo & Meghan - Trilogia Irmãos Bartholy - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora