41. Busca e prisão

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Meghan

        Os detalhes foram passados pelo investigador chefe. August trafica mulheres e as vende para chefes de cartéis em Nova York. Além disso, tem uma casa noturna onde a usa de fachada para lavar dinheiro da empresa automobilística.

        Eu e Robert estávamos a caminho da empresa, onde certamente estaria pela manhã. O carro cedido pelo departamento, preto sedã, com a sirene vermelha no teto, era dirigido em alta velocidade por Robert. Analiso a ficha do criminoso. Certamente não contribuirá mais para os cartéis.

        Robert estaciona no outro lado da rua. Deixo preparada a minha arma no coldre do cinto e o distintivo estava visível no cós da calça. Em mãos, o mandato de prisão. Atravessamos a rua e entramos no prédio. Robert mostrou o distintivo ao guarda que nos deixou passar livremente. Entramos no elevador.

        — Precisamos chegar na raiz desse problema, Robert. Possa ser que August seja importante para La Muerte. Mas ele é peixe pequeno.

        — Estive investigando com o chefe. Chegamos a uma conclusão de que um mafioso italiano está por trás dessa gangue aqui em Nova York. Estamos analisando e encontrando a melhor estratégia. O quanto antes vamos concluir o caso.

        — Quero muito estar nessa busca — concluo.

        O elevador abre no local. Andamos confiante pelo corredor até chegarmos na secretária.

        — Precisamos falar com August — mostro o mandato em minhas mãos. — Onde ele está?

        — Srta., ele não se encontra no momento...

        Não deixo que ela fale demais, passo adiante com Robert, sob os protestos da mulher, e sem precedentes entro na sala. A cena não era a das mais favoráveis, já que o miseráveis estava aos amassos com uma mulher.

        — O que é isso? O que significa isso?!

        Fala, desnorteado.

        Robert saca a algema e vai até ele, enquanto eu explico, mostrando o mandato.

        — Sr. August. O senhor está preso, por tráfico de mulheres e lavagem de dinheiro, além de ter envolvimento com a organização La Muerte. Você tem o direito de permanecer calado e tudo o que falar será dito contra você no tribunal.

        Robert o algemou. Mas ele parou diante de mim. Não me intimidei.

        — Sua vagabunda! O que pensa que está fazendo? Você sabe quem eu sou?!

        — Sei. Por isso estou aqui. Se não fosse um criminoso, não te daria o luxo de ver meu belíssimo rosto. — Olhei para Robert. — Vamos logo daqui!

        Saio na frente.

        Deixamos que o departamento e a autoridade competente cuidasse dele. Pelo previsto, pegaria trinta anos de prisão. Os crimes não são brandos. E depois de um dia cansativo, mais para Robert, chegamos ao apartamento.

        — Pedi uma pizza. Tudo bem?

        Senta na poltrona ao lado.

        — Perfeito.

        Suspiro. Percebo que ele está inquieto essa noite. Seu coração está acelerado e a respiração descompassada. Observo esperando algo.

        — Sabe, eu estive pensando... — ri nervoso, morde os lábios. — Sobre tudo o que me disse que passou naquela cidade. Realmente gostou daquele cara?

        Franzo o cenho, desconfortável com a pergunta.

        — Sim. Gostei. E muito. Mas ele me magoou e isso me doeu demais. Não seria capaz de perdoá-lo tão fácil.

        — E se... você tentasse... novamente?

        Olho confusa.

        — O que quer dizer?

        — Eu quero dizer, Meghan... — deu um pausa ao olhar o chão. — Que eu te amo — me olha.

        Saiu da poltrona e sentou-se ao meu lado.

        — Me perdoa por isso.

        Sem que eu esperasse, me beija inesperadamente. Inconscientemente, correspondi. Rodeou seus braços, num abraço acalentador. Era diferente. Eu queria que fosse melhor, queria que o superasse, mas... minha cabeça ia até Drogo. Por quê? Por que não posso tentar com Robert? Isso é tão injusto!

        De repente sinto um estalo e algo invadir minha mente. Margot!

Drogo

        Batemos na porta da bruxa. Desconfiada, ela abriu.

        — Desculpe o incomodo. Mas precisamos da sua ajuda para mandar um recado à Meghan — diz Nicolae.

        — Tudo bem. Entrem.

        Sentamos no sofá. Peter calado. Lorie olhando com desdém. Sentei e fiquei observando.

        — Preciso que fale para ela que os bruxos atacaram. E que o xerife morreu. Eles estão atrás dela. Peça para que tenha cuidado. Vou fazer a ponte entre suas mentes.

        — Ok, faça.

        Nicolae coloca a mão em sua testa. Sinto a aura dele se manifestar. Margot primeiro fez cara de confusão, logo de surpresa e por fim parecia aliviada.

        — Recado dado. Ela pareceu surpresa. Me senti mal, interrompi um momento íntimo.

        — Que momento íntimo? — Lorie perguntou, cínica.

        — Ela estava beijando um homem. Tenho certeza que era belo. Espero que ela fique com ele.

        Meu ciúme foi inevitável. Sério?! Já me substituiu? Sei que a besteira que fiz foi colossal, mas... Que droga! Meghan, você devia ser só minha! Somente minha! Eu não vou me perdoar nunca.

        — É bom que ela refaça a vida depois que um certo alguém deixou o coração dela em pedaços — Lorie diz. A olhei inconformado. Mas eu não tinha direito de opinar. — Meghan merece ser feliz.

        Levantou e se retirou da casa.

        — Sinto muito, irmão — Peter também.

        — Vamos, Drogo. — Me levantei, ainda atordoado. — Margot, obrigado. Queria sugerir que viesse conosco para a mansão. Estaria mais segura lá. Não podemos dar chances a eles.

        — Tem razão. Eles querem o máximo de magia luminosa para os propósitos deles. Até essa onda passar, eu fico com vocês. Vou só pegar algumas coisas, já volto.

        Ela subiu. Nicolae me olhava com pesar. Mas nada me consolava no momento. Não aceito que a perdi. E tudo por um estúpido propósito que nem sei se vou conseguir. Espero que realmente valha a pena. Porque Meghan era a melhor chance para eu seguir em frente. A minha eleita.

Drogo & Meghan - Trilogia Irmãos Bartholy - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora