52. Vitória dos Bartholys

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Meghan

          O salão era amplo, parecia uma catacumba com caveiras nas paredes, assim como o trono de Cassandre. Eram muitos bruxos. Eles seguravam estacas de madeira e tochas. Nos atacavam sem piedade. Viktor não esperou e foi de encontro com o seu alvo: Cassandre. Vi Lorie lutando arduamente com Blaire. A garota não pegava leve e sempre que dava usava sua umbracinese. O clã de Juan ia no mano a mano com os bruxos. Isabelly, Victoria, Karen e Ashley lutavam em uma sincronia incrível. Elas apoiavam uma a outra e quando viam que um inimigo ia atacar pelas costas, davam cobertura, se protegendo. O mesmo era com os meninos. Eles eram bem unidos. Juan e Jimena lutavam lado a lado, Juan sempre protegendo sua dama, ninguém encostava nela e Jimena era muito boa em combate. Daryl, Matt, lisa e Mia uniram forças e combavam os bruxos. Vi Drogo e o lobo Sebastian ao fundo do lugar, acorrentados em uma coluna grande, ao lado do trono de Cassandre.

          — Temos que libertá-los — Nicolae fala ao meu lado, derrubando um inimigo.

          Eu estava lutando contra um. Retiro a estaca da mão dele e a enfio em seu coração.

          — Sim, Nick. Eles não parecem bem.

          Suas feições me preocupava. Drogo tentava manter os olhos abertos. Sebastian estava desacordado.

          — Meghan... — a voz doce e suave de Peter me chama. — Damos cobertura. Vá e liberte-os. Vou controlar os bruxos manipulando as emoções, enquanto Nicolae manipula a mente.

          Então esse era o poder de Peter, manipular as emoções. Incrível.

          Tento chegar até eles, corro e desvio dos bruxos a minha frente. Empurro-os, dou rasteiras, dou golpes de paralisação, tudo para ir liberando o caminho. Drogo e Sebastian estavam protegidos. Os bruxos não queriam que os resgatássemos. Chego na frente de cinco bruxos...

          — Saiam da frente! — ordeno.

          Eles riem e sacam estacas e correntes. Alguns seguram tochas.

          — Vamos acorrentá-la, enfiar a estaca em seu coração, depois vamos queimá-la.

          Ele gira a corrente e a lança em minha direção. Desvio rolando no chão e parando com um joelho. Os observo bem seus movimentos. Um deles tenta me lançar um feitiço. Levanto e dou um mortal parando bem na frente dele e logo em seguida lhe dando um chute giratório. Ele voa e bate em dois bruxos que estavam atrás. Os outros quatro me cercam. Me atacam ao mesmo tempo. O primeiro tenta me desferir um soco, desvio e retribuo dando soco de esquerda em seu queixo, antes que caia no chão, pego sua perna e o jogo contra o segundo. O terceiro saca uma corrente e arremessa, desvio, quando ele joga de novo, seguro-a e o trago para perto de mim. Enrolo ela no pescoço dele e fico por trás o sufocando. Ele fica roxo e só o largo quando para de respirar. O quarto saca uma espada e vem. Apenas me desvio, para esquerda, direita, e quando vejo uma brecha dou um chute em uma de suas pernas, o fazendo ficar de joelhos, retiro a espada de sua mão e arranco sua cabeça fora.

          Fico segurando a espada olhando o corpo do bruxo caído e o sangue escorrer. Um filme se passa em minha cabeça. Nunca me imaginei lutando assim. Fui treinada pela academia de polícia com armas e treinos de luta, mas fui instruída a usar a força em caso de emergência. Até hoje nunca precisei. E pensei nunca precisar. Na minha cabeça eu só queria fazer o certo: ser policial para tirar a criminalidade das ruas e fazer do mundo um lugar melhor. De todas as formas, eu evitava a violência. Eu queria livrar o mundo dela. Porém, agora percebo que isso não existe nesse mundo do sobrenatural. Temos que lutar para sobreviver, temos que matar. E da pior maneira entendi isso: quando Robert morreu. Ali eu vi que ser pacífica e boazinha não ia fazer os vilões amolecerem os corações. Temos que ser duros e rigorosos com pessoas que querem o mal para o mundo. Se formos bonzinhos, eles podem acabar nos matando e foi isso o que aconteceu. Com meus pais, com Robert. Mas comigo será diferente. Entendi que estamos na guerra, e na guerra é matar ou morrer. Não vou ser mais boazinha e tentar conversar com o inimigo. Ser condescendente. Vou zelar por mim e pelos meus. Não quero perder mais ninguém e não vou!

Drogo & Meghan - Trilogia Irmãos Bartholy - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora