|| Gerson Santos ||
Gabriel gargalhava alto enquanto contava para os nossos companheiros de time o que havia acontecido no dia anterior. Ele e Matheuzinho se divertiram bastante com o fato da garota ter furado a bola de praia, aquela bola era da minha filha.
-A cara que o Gerson fez foi muito boa. - reviro os olhos com a fala do camisa dez.
-Isso já perdeu a graça. - termino de amarrar as chuteiras ainda escutando eles conversarem sobre isso.
-A mulher parecia meio surtada. - levanto o meu olhar indo de encontro ao Thiago. - Até eu fiquei com medo.
-Ela é uma louca. - resmungo fazendo careta. - Qual a necessidade de fazer aquilo? A bolada nem doeu e eu ainda pedi desculpas.
-A situação está complicada para você, Gersin. - Matheuzinho fala dando ênfase no apelido que ele me deu assim que eu voltei a jogar pelo Flamengo.
-Não enche, ou então eu vou fazer questão de quebrar a sua outra perna. - ameaço enquanto o jogador arregala os olhos.
-Eita que o coringa ficou bravo. - Gabriel debocha se levantando do banco.
-Sabem quem vai ficar bravo? O técnico quando ver que vocês ainda não estão prontos para treinar. - rebato me afastando deles.
É claro que as provocações continuaram, isso vai acontecer durante um bom tempo.
Essa história me deixou intrigado. Aquela garota é tão surtada ao ponto de simplesmente furar uma bola de plástico com as próprias unhas por um motivo fútil daqueles?
A minha filha vai chorar durante um bom tempo quando souber que o brinquedo dela foi destruído.
-Era só o que me faltava. - murmuro nervoso passando a mão pelo rosto.
|| Amber Caccini ||
Largo o notebook sobre a cama no instante em que ouvi várias batidas na porta do quarto.
O hotel está pegando fogo e eu não percebi? - pensei.
Abro a porta com a cenho franzido ao ver Beatriz em minha frente. Ela não tinha um semblante muito bom.
-O que houve? - pergunto dando espaço para ela entrar no quarto.
-A sua mãe quer falar com você. - ela estica o seu braço me entregando o seu celular.
Beatriz faz um gesto para que eu coloque a chama no viva-voz e, assim, fiz.
-Oi, mãe. - digo cautelosamente. - Aconteceu algo?
-Um dia, Amber! - ela exclama brava. Agora eu entendi o porquê da expressão da minha amiga. - Um dia longe de mim foi o suficiente para você fazer merda e ter seu nome nas redes sociais.
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Aprendendo a Viver - Gerson Santos (PAUSADA)
Fanfiction"Nunca achei que pudesse existir tantas realidades nesse mundo. Nunca percebi nada que fugisse da minha verdade, talvez eu nunca tenha tido essa opção. Mas algo mudou. Você apareceu e me mostrou que o que eu sei é apenas uma simples fração do que a...