Capítulo 03

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|| Gerson Santos ||

Gabriel gargalhava alto enquanto contava para os nossos companheiros de time o que havia acontecido no dia anterior. Ele e Matheuzinho se divertiram bastante com o fato da garota ter furado a bola de praia, aquela bola era da minha filha.

-A cara que o Gerson fez foi muito boa. - reviro os olhos com a fala do camisa dez.

-Isso já perdeu a graça. - termino de amarrar as chuteiras ainda escutando eles conversarem sobre isso.

-A mulher parecia meio surtada. - levanto o meu olhar indo de encontro ao Thiago. - Até eu fiquei com medo.

-Ela é uma louca. - resmungo fazendo careta. - Qual a necessidade de fazer aquilo? A bolada nem doeu e eu ainda pedi desculpas.

-A situação está complicada para você, Gersin. - Matheuzinho fala dando ênfase no apelido que ele me deu assim que eu voltei a jogar pelo Flamengo.

-Não enche, ou então eu vou fazer questão de quebrar a sua outra perna. - ameaço enquanto o jogador arregala os olhos.

-Eita que o coringa ficou bravo. - Gabriel debocha se levantando do banco.

-Sabem quem vai ficar bravo? O técnico quando ver que vocês ainda não estão prontos para treinar. - rebato me afastando deles.

É claro que as provocações continuaram, isso vai acontecer durante um bom tempo.

Essa história me deixou intrigado. Aquela garota é tão surtada ao ponto de simplesmente furar uma bola de plástico com as próprias unhas por um motivo fútil daqueles?

A minha filha vai chorar durante um bom tempo quando souber que o brinquedo dela foi destruído.

-Era só o que me faltava. - murmuro nervoso passando a mão pelo rosto.

 - murmuro nervoso passando a mão pelo rosto

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|| Amber Caccini ||

Largo o notebook sobre a cama no instante em que ouvi várias batidas na porta do quarto.

O hotel está pegando fogo e eu não percebi? - pensei.

Abro a porta com a cenho franzido ao ver Beatriz em minha frente. Ela não tinha um semblante muito bom.

-O que houve? - pergunto dando espaço para ela entrar no quarto.

-A sua mãe quer falar com você. - ela estica o seu braço me entregando o seu celular.

Beatriz faz um gesto para que eu coloque a chama no viva-voz e, assim, fiz.

-Oi, mãe. - digo cautelosamente. - Aconteceu algo?

-Um dia, Amber! - ela exclama brava. Agora eu entendi o porquê da expressão da minha amiga. - Um dia longe de mim foi o suficiente para você fazer merda e ter seu nome nas redes sociais.

Aprendendo a Viver - Gerson Santos (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora