Capítulo 32

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Narradora:

Gerson puxa a cadeira para Amber sentar e, logo em seguida, ajuda a sua filha a fazer o mesmo que a modelo.

A Caccini agradece com um pequeno sorriso e logo olha para os lados vendo que o jogador havia escolhido uma mesa mais afastada da entrada do restaurante.

-Eu posso ir nos brinquedos? - Giovanna pergunta para o seu pai que confirma com a cabeça.

A mais nova deixa a mesa indo em direção à lateral do restaurante, onde ficava uma espécie de playground.

Amber observa, com um sorriso, a garota se afastar animada - bem diferente de quando entrou no carro e ainda estava sonolenta.

-Ela é uma graça. - a modelo comenta voltando a sua atenção para o jogador que afirma levemente com a cabeça.

-Sorte que o restaurante está vazio. - Gerson suspira relaxando ba cadeira. - Estou morrendo de fome.

-Quem que almoça depois das três da tarde? - Amber ergue uma sobrancelha fazendo o jogador rir minimamente negando com a cabeça.

Um silêncio se instalou entre eles. Nenhum dos dois sabia como iniciar uma conversa civilizada entre eles, já que só sabem discutir.

Amber olha para os anéis em seus dedos e começa a girar um deles. Gerson desvia o seu olhar como se estivesse procurando por sua filha.

-Então... - a Caccini inicia após coçar a garganta. - Como estão os preparativos para jogar na seleção?

-Viajo amanhã cedo. - o camisa vinte do Flamengo sorri de lado. - Vamos passar alguns dias treinando e depois vem o jogo.

-Confiante? - Amber pergunta vendo o jogador negar com a cabeça. - Por que?

-Nem sei se vou jogar. - ele ri sem graça desviando o olhar. - Vou ser banco.

-Não sei o que isso significa no mundo do futebol, mas pelo nome não parece ser algo bom. - a Caccini faz careta.

-É quando você não é o titular do jogo. - Gerson tenta explicar, porém o semblante confuso da modelo entrega que ela precisa de algo melhor para entender. - Eu não vou começar jogando e é até uma incerteza se eu vou realmente jogar. - ele tenta outra vez. - Isso é algo ruim.

-Acho que consegui captar um pouco. - ela solta uma pequena risada nasal.

-E o seu pé? - o camisa vinte do Flamengo indaga.

-Está bem melhor. - Amber estica um pouco a perna para fora da mesa, mostrando o seu tornozelo. - Pelo que o médico falou, na próxima semana eu já consigo caminhar sem as muletas.

Gerson se dispôs a ajudar a modelo a caminhar para dentro do restaurante, já que, para ela, ainda é desconfortável sair com as muletas.

-Você não me disse como isso aconteceu. - o jogador olha debochado para a modelo. - Escorregou no próprio veneno.

Amber olha incrédula para ele e logo abre a boca para lhe responder.

Gerson já estava esperando receber algo à altura da sua pequena piada.

-Amber, que surpresa! - a boca da Caccini se fecha no instante em que aquela voz soou atrás dela.

Amber suspira forçando um sorriso e logo se vira levemente para trás, tendo a visão de Marina olhando simpática.

-Marina. - murmura o nome da ruiva. - O que faz aqui?

-Está brincando? Esse restaurante é do meu tio. - explica cruzando os braços desajeitada por conta das sacolas que segurava. - Oi, Gersin.

Aprendendo a Viver - Gerson Santos (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora