Narradora:
Gerson puxa a cadeira para Amber sentar e, logo em seguida, ajuda a sua filha a fazer o mesmo que a modelo.
A Caccini agradece com um pequeno sorriso e logo olha para os lados vendo que o jogador havia escolhido uma mesa mais afastada da entrada do restaurante.
-Eu posso ir nos brinquedos? - Giovanna pergunta para o seu pai que confirma com a cabeça.
A mais nova deixa a mesa indo em direção à lateral do restaurante, onde ficava uma espécie de playground.
Amber observa, com um sorriso, a garota se afastar animada - bem diferente de quando entrou no carro e ainda estava sonolenta.
-Ela é uma graça. - a modelo comenta voltando a sua atenção para o jogador que afirma levemente com a cabeça.
-Sorte que o restaurante está vazio. - Gerson suspira relaxando ba cadeira. - Estou morrendo de fome.
-Quem que almoça depois das três da tarde? - Amber ergue uma sobrancelha fazendo o jogador rir minimamente negando com a cabeça.
Um silêncio se instalou entre eles. Nenhum dos dois sabia como iniciar uma conversa civilizada entre eles, já que só sabem discutir.
Amber olha para os anéis em seus dedos e começa a girar um deles. Gerson desvia o seu olhar como se estivesse procurando por sua filha.
-Então... - a Caccini inicia após coçar a garganta. - Como estão os preparativos para jogar na seleção?
-Viajo amanhã cedo. - o camisa vinte do Flamengo sorri de lado. - Vamos passar alguns dias treinando e depois vem o jogo.
-Confiante? - Amber pergunta vendo o jogador negar com a cabeça. - Por que?
-Nem sei se vou jogar. - ele ri sem graça desviando o olhar. - Vou ser banco.
-Não sei o que isso significa no mundo do futebol, mas pelo nome não parece ser algo bom. - a Caccini faz careta.
-É quando você não é o titular do jogo. - Gerson tenta explicar, porém o semblante confuso da modelo entrega que ela precisa de algo melhor para entender. - Eu não vou começar jogando e é até uma incerteza se eu vou realmente jogar. - ele tenta outra vez. - Isso é algo ruim.
-Acho que consegui captar um pouco. - ela solta uma pequena risada nasal.
-E o seu pé? - o camisa vinte do Flamengo indaga.
-Está bem melhor. - Amber estica um pouco a perna para fora da mesa, mostrando o seu tornozelo. - Pelo que o médico falou, na próxima semana eu já consigo caminhar sem as muletas.
Gerson se dispôs a ajudar a modelo a caminhar para dentro do restaurante, já que, para ela, ainda é desconfortável sair com as muletas.
-Você não me disse como isso aconteceu. - o jogador olha debochado para a modelo. - Escorregou no próprio veneno.
Amber olha incrédula para ele e logo abre a boca para lhe responder.
Gerson já estava esperando receber algo à altura da sua pequena piada.
-Amber, que surpresa! - a boca da Caccini se fecha no instante em que aquela voz soou atrás dela.
Amber suspira forçando um sorriso e logo se vira levemente para trás, tendo a visão de Marina olhando simpática.
-Marina. - murmura o nome da ruiva. - O que faz aqui?
-Está brincando? Esse restaurante é do meu tio. - explica cruzando os braços desajeitada por conta das sacolas que segurava. - Oi, Gersin.
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Aprendendo a Viver - Gerson Santos (PAUSADA)
Fanfiction"Nunca achei que pudesse existir tantas realidades nesse mundo. Nunca percebi nada que fugisse da minha verdade, talvez eu nunca tenha tido essa opção. Mas algo mudou. Você apareceu e me mostrou que o que eu sei é apenas uma simples fração do que a...