|| Amber Caccini ||
A sensação de pisar no palco pela primeira vez me trouxe nervosismo, mas foi só eu começar a fazer os primeiros passos da apresentação que logo isso passou e deu lugar ao meu melhor sorriso.
Os movimentos das mãos e dos pés foram bem trabalhados durante essa semana de ensaio. Eu estava me sentindo bem, mas me senti melhor ainda quando, ao final disso, o meu nome foi o quinto chamado pelo apresentador.
É oficial. Eu estou entre as vinte participantes que irão continuar a concorrer ao Miss Grand Brasil.
Ao todo, são vinte e sete concorrentes. Uma de cada estado e outra do Distrito Federal.
— Meu Deus. — murmurei de alívio assim que o apresentador chamou os comerciais, onde os patrocinadores do evento passarão pelo enorme telão central do evento.
Rapidamente senti os braços da minha mãe me envolverem. Ela me esperava atrás do palco.
— Vamos logo. Nós não temos muito tempo. — Isabela nos apressou.
Ela tem razão. Tenho menos de dez minutos para trocar de roupa. Dessa vez, o amarelo e verde foi substituído por um macacão rosa. Ele é padronizado e todas as modelos que passaram para a próxima fase irão usá-lo, enquanto as demais — que ainda entrarão no palco — vão usar um roxo escuro, quase violeta.
Nessa nova fase, uma nova apresentação será feita com todas as participantes e, logo em seguida, aparecerão partes das gravações dos eventos que participamos enquanto estávamos confinadas.
— Encolhe a barriga. — Antonella pediu enquanto os figurinistas puxavam o zíper do macacão. — Certo, agora nós temos cerca de — olho a hora no celular — três minutos para você relaxar.
Confirmei freneticamente com a cabeça. O maquiador passava mais pó em minha cara nas regiões em que eu havia transpirado.
Minha mãe me entregou uma garrafinha com água e eu agradeci com um sorriso.
— O que achou? — indaguei nervosa.
— Você foi a mais linda. — ela elogiou com os olhos sorrindo. — A forma em que você disse "Amber Caccini, Brasil!" me lembrou dos meus tempos de passarela.
— Espero que você esteja se sentindo orgulhosa de mim. — apertei com uma das mãos o seu ombro. — Estou dando o meu máximo.
— Foca em ganhar esse concurso. — Antonella disse friamente. — Honre o nosso sobrenome, Amber.
Concordei com a cabeça ouvindo a coordenadora do evento chamar todas as participantes para se posicionarem.
De longe, vi Marina secando uma pequena lágrima. Franzi o cenho confusa. Por que ela estaria chorando se foi uma das vinte escolhidas pelos jurados?
Estranhei mais ainda ela estar sozinha. Kaio estava sentado em um pequeno sofá no final daquele enorme auditório, parecia pensativo.
— Amber, onde você vai? — ouvi a voz da minha mãe soar distante.
Ignorei a possível bronca que irei levar dela e caminhei até Marina.
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Aprendendo a Viver - Gerson Santos (PAUSADA)
Fanfiction"Nunca achei que pudesse existir tantas realidades nesse mundo. Nunca percebi nada que fugisse da minha verdade, talvez eu nunca tenha tido essa opção. Mas algo mudou. Você apareceu e me mostrou que o que eu sei é apenas uma simples fração do que a...