Gerson Santos
Admirei Amber enquanto pude. Não sei o quanto esse momento irá durar, ou se ele irá se repetir, mas Tenho certeza que essa cena vai ficar marcada na minha cabeça.
A Caccini está com os lábios avermelhados – arrisco a dizer que até um pouco inchados por conta do beijo. Suas bochechas rosadas e a respiração descontrolada.
Senhor... Ela está divina.
Engulo seco acariciando sua bochecha direita com a minha mão esquerda. Junto nossas testas e suspiro
-Ela não é você. – sussurro com os olhos fechados.
Sinto Amber querer se desvencilhar da nossa aproximação, mas não deixei. A sensação de ter o corpo colado ao meu me traz paz e eu gosto disso.
-O que? - perguntou baixo.
-A Marina. Não. É. Você. - falei pausadamente como se estivesse querendo deixar claro isso. - Eu nunca teria nada com ela, somos só amigos.
-Então, por que trouxe ela aqui? – a Caccini colocou suas duas mãos nos afastando. – E por que de toda aquela ceninha de vocês?
Solto uma pequena e baixa risada nasal por conta do seu desespero e das perguntas.
Será necessário desenhar para a Amber entender que eu e a Marina não temos nada?
-Ela está passando por um momento difícil com o pai e eu sou a pessoa mais próxima que ela tem de um amigo. – explico colocando uma mecha do seu cabelo para trás da sua orelha. – Aí eu tive a ideia de trazê-la aqui e tentar animá-la um pouco.
Amber suspira relaxando os seus ombros. Envolvo os meus braços ao redor dela e a puxo para um abraço.
O cheiro do seu cabelo me invade e a única coisa que consigo pensar é em como eu a mantive longe por tanto tempo?
-Vamos voltar lá para dentro? – perguntei baixo fazendo ela negar com a cabeça. – As pessoas vão desconfiar da nossa demora.
-Que se danem, eu já ia embora mesmo. – deu de ombros me fazendo rir minimamente.
-Que boca mais porca essa sua. Aprendeu isso com quem, bruxa? – afasto os nossos corpos só o suficiente para que eu consiga analisar o seu rosto.
Levo minha mão até o seu queixo e vejo ela fazer bico. Uma verdadeira criança.
Amber faz careta e logo me empurra. Tenho certeza que o meu semblante está totalmente confuso.
-Que merda acabou de acontecer? – perguntou um pouco alto. – Você ficou maluco?
-Quem tá maluca aqui é você. – faço careta apontando em dua direção.
-Por que você me beijou? – a modelo questiona incrédula. Amber passa a mão pela sua boca como se estivesse limpando.
-Ah não, você não tá fazendo isso. – arregalo os olhos desacreditado. Essa criança tem problema? – Você que me beijou. – constato.
-E porque você deixou? – Amber abre os braços e, logo em seguida, deposita um pequeno tapa em meu peitoral. – Nossa, eu te odeio.
-Não pareceu odiar quando tava me beijando. – seguro o seu pulso a impedindo de me bater novamente. – Dá uma segurada nessa pose de quem não quer nada. – debochei divertido sentindo que, se as mãos dela não estivessem presas, ela iria me bater outra vez.
Observo ela virar a cara e engolir seco. Controlo a vontade de rir da expressão que ela fez agora.
Supiro soltando um dos seus pulsos e segurando o seu queixo, trazendo o seu olhar de volta ao meu.
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Aprendendo a Viver - Gerson Santos (PAUSADA)
Fanfiction"Nunca achei que pudesse existir tantas realidades nesse mundo. Nunca percebi nada que fugisse da minha verdade, talvez eu nunca tenha tido essa opção. Mas algo mudou. Você apareceu e me mostrou que o que eu sei é apenas uma simples fração do que a...