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Pov Brunna Gonçalves

Gargalho vendo Neymar e Philipe fazerem uma pose para tirar as fotos que prometi para Marina, quando ela me disse que faria esse evento.

O fotógrafo dá um leve sorriso ao ver Neymar tentando a todo custo equilibrar nosso filho na palma de sua mão e eu nego com a cabeça.

Me asfalto deles caminhando calmamente até o pequeno bar, mas sou surpreendida por Igor que toca gentilmente minha cintura na intenção de chamar minha atenção.

- Bru! - ele sorri - Ainda não havia te visto.

- Eu estava um pouco mais afastada. - falo simples - Não sabia que Marina tinha te convidado.

- E não convidou. - ele ri - Mas o brasileiro tem o seu jeitinho, não é?!

- O famoso, convidado que convida. - consigo chegar até o bar e faço o pedido de uma simples caipirinha sem álcool.

- Me diz, aquele moço é o seu namorado ? - pergunta curioso.

- Que moço ? - fico em dúvida de quem ele estava falando, já que na mesa estavam Caio e Neymar.

- O jogador, me esqueci do nome dele. - ele sorri envergonhado.

- Ah, o Neymar. - falo - Não, ele não é meu namorado. Porque a pergunta ?

- Poxa, Bru. - ele se aparenta estar triste - Eu pensei que eu já tinha demonstrado que quero uma chance sua.

- Eu não gosto de misturar o profissional com o pessoal. - dou um gole na minha bebida - Você é um cara legal, mas não para mim.

- Todas dizem isso. - ele suspira - Minha mãe disse que quando eu fosse famoso eu iria ter várias namoradinhas.

- Minha mãe dizia o mesmo. - gargalho - E olha só eu.

- Mas é diferente, Bru.

- Diferente, porque ? - pergunto sem entender.

- Você é bonita e qualquer homem sonha em ter você ao lado. - ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás de minha orelha.

- Eu não disse que você é feio. - me antecipo - Eu só não acho que seja o homem perfeito para mim.

- Desculpa atrapalhar o casal. - Neymar sorri fazendo uma brincadeira boba - Mas Bruninha, aqui não vai nada para comer, não ? Eu estou faminto e o Philipe não está diferente.

- Não somos um casal. - Igor fala antes que eu pudesse responder meu ex noivo.

- E sobre a comida, acho que irá ser servido em breve. - respondo.

{...}

O relógio em meu pulso marcava exatamente 11h da manhã, quando cheguei em casa acompanhada de Neymar que tinha em seus braços nosso filho adormecido.

Tento não fazer nenhum barulho além do suficiente para não acordar o menino e abro a casa dando passagem para o jogador passar.

- Isso é hora de chegar em casa, irmãzinha? - escuto a voz incoveniente de Brunno e Neymar rapidamente para de ser locomover.

- O que esse imbecil está fazendo dentro da sua casa, Brunna ? - o jogador se vira para me perguntar.

- Depois eu te explico. Leva o Philipe pro andar de cima, se não ele vai acabar acordando.

Ele rapidamente me obedece e faz isso em menos de cinco minutos, pois quando fecho a porta novamente e me viro para andar na sala, o jogador já estava ali.

- Eu não acredito que você teve a coragem de perdoar ele. - Neymar diz bravo.

- Eu não perdoei ninguém, ele está aqui porque minha mãe o recepcionou, porque por mim ele estava na puta que pariu. - digo me exaltando.

- Calma pessoal! Não precisem brigar comigo, eu sei que sou lindo demais. - Brunno fala irônico e vejo Neymar se aproximar dele.

Antes que aconteça uma briga, seguro o jogador pelo braço e o lavo para minha suite, na intenção de acalma-lo.

- Brunna, ele é um idiota. - ele se assenta em minha cama.

- Eu sei disso, Neymar. - retiro meus sapatos - Mas ainda temos uma mãe em comum, um pai também.

- Seu pai também está aqui ? - ele pergunta surpreso.

- Sim, chegaram ontem de manhã. - retiro minha maquiagem com o algodão molhado pelo demaquilante.

- Não quero eles sobre o mesmo teto do meu filho, Brunna. - ele suspira - A gente sempre foi parceiro em tudo, mas isso é uma coisa que eu não aceito.

- Eu também deixei claro a minha mãe que não quero isso, Ney. - suspiro - Ele está aqui porque provavelmente ficou sabendo que eu não estava.

Percebendo minha expressão cansada, Neymar apenas concorda com a cabeça e se ajeita na cama sorrindo safado e com as sobrancelhas erguidas.

- O que foi ? - pergunto sem entender.

- Um passarinho verde, me contou que ontem a senhorita passou o dia com a Ludmilla.

- E por algum acaso, esse passarinho verde se chama João Philipe e tem três anos ? - pergunto sorrindo.

- Hum, eu prometi que não iria expor. - ele levanta as mãos em sinal de rendição - O que você foi fazer com ela em Angra dos Reis ?

- Nada demais. Apenas queríamos um dia de folga. - falo simples.

- Não adianta mentir, Brunna Gonçalves. - ele gargalha - Ludmilla não é uma santa e você muito menos.

- A gente só queria se entender. A gente tinha brigado naquele dia da festa na casa dela. - o encaro.

- Eu vou fingir que acredito, Brunna. - ele retira seus sapatos - Eu achava que você era hetero.

- E eu sou. - afirmo rapidamente - Eu só tava curiosa.

Escuto sua gargalhada e rapidamente me arrependo de ter falado isso, eu sei que Neymar é um homem maduro, mas qualquer palavra dita de forma errada é motivo de zoação eterna.

- Então a Lud matou sua curiosidade? - ele se levanta - Essa é uma surpresa pra mim.

- Aí Junior, me erra tá . - bato em seu ombro - Vai procurar algo pra fazer, porque eu vou tomar um banho.

- Posso dormir por aqui ? Tô cansado demais pra ir para o hotel e exausto pra encarar aquele ridículo quando eu descer.

- Aqui, no caso seria minha cama ? - pergunto procurando algo para vestir.

- Sim, já dividimos coisas piores. - ele faz uma cara de nojo e eu jogo uma camisa em sua cara.

- Pode, Neymar. Mas primeiro tem que tomar banho.



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Eles realmente são apenas amigos!

Por Trás Das Cameras - BrumillaOnde histórias criam vida. Descubra agora