22

1.6K 117 10
                                    

Pov Brunna Gonçalves

- Mamãe, eu estou cansado e com fome. - Philipe choraminga se jogando sobre as minhas pernas.

- Porque não almoçamos no restaurante que tem do outro lado da praia ? Eu garanto que a comida é ótima. - Ludmilla sugere.

- Da última vez que comi essas comidas que vendem na praia, passei quatro dias internadas com intoxicação alimentar. - me levanto - Não teria nenhum outro ?

- Hum, ter até tem. Mas é um pouco longe, demoraremos quase uma hora. - ela fala também se levantando.

- Porque não preparamos nada em casa mesmo, pra comermos ? - sugiro - Eu sei fazer espaguete.

- Bru, eu não quero que minha casa exploda com você tentando ser cozinheira. - ela finge estar triste e eu acerto seu ombro com um tapa.

- Desculpa! - ela se arrepende - Por mim tanto faz, eu só quero comer também.

Ficamos discutindo por mais alguns minutos para onde iríamos e por fim das contas decidimos que nós mesmo faríamos algo em casa.

Após insistir, Ludmilla paga o quiosque onde alugou as cadeiras e só então caminhamos novamente para dentro de sua casa que ficava a dois minutos dá praia.

Ao adentrar sua casa com João Philipe em meu colo, escuto a morena falar.

- Ele está quase dormindo.

- Deve estar cansado, mas vou preferir dar um banho nele. - tento fazer com que ele não deite a cabeça em meu colo.

- Pode usar o banheiro principal aqui de baixo, ou o do quarto de hóspedes, você quem sabe. - ela coloca nossos celulares sobre o móvel da sala.

- Eu vou preferir lá encima, até porque eu também preciso de um banho. - digo subindo as escadas calmamente.

- Tudo bem, eu vou passar uma água no corpo aqui em baixo mesmo. - ela me encara - Sinta-se em casa.

Sussurro um obrigado que provavelmente ela não escutaria e caminho pelo corredor em busca pelo quarto de hóspedes onde estavam as minhas coisas.

Adentro ele e coloco Philipe sobre a cama de casal, perfeitamente arrumada. Abro sua mochila e retiro uma bermuda jeans e uma camisa do time de futebol em que seu pai joga.

Já no banheiro, abro o chuveiro regulando a água e volto até o quarto para o buscar. O encontro já dormindo e com muito custo o acordo para o colocar na água morna.

- Eu quero dormir, mamãe. - ele reclama enquanto eu molho seu corpo.

- Eu sei, meu amor. Mas você está todo sujo de areia, não tem como dormir assim. - explico.

Em menos de cinco minutos o retiro da água e enrolo a toalha da patrulha canina pelo seu pequeno corpo e caminho de volta até a cama onde estava sua roupa.

O visto enquanto o mesmo lutava novamente contra o sono e penteo seu cabelo após passar seu perfume.

- Pode dormir, meu amor. Quando o almoço estiver pronto, a mamãe te chama. - o cubro com o edredom que estava sobre a cama.

Pov Ludmilla

Vejo Brunna descer as escadas e bloqueio meu celular o deixando ao meu lado, no sofá em que estou deitada.

- Ele acabou dormindo, realmente estava cansada. - a escuto falar.

- Eu também estou, olha que eu mais fiquei sentada. - sorrio e ela faz o mesmo - Como eu fiz a suposição de que você também estaria cansada, pedi nossa comida por aplicativo, no restaurante que eu disse que ficava um pouco longe.

- Obrigada por isso. - ela se assenta ao meu lado.

- Fica um pouco longe, mas pelo menos não precisamos ir até lá. - a olho e ela concorda com a cabeça - Você quer ver alguma coisa ?

- Talvez um filme, mas nada de comédia romântica, são horríveis. - ela se encosta no sofá e coloca minha cabeça sobre seu colo.

- Suspense ? - pergunto ligando a tv.

- Pode ser, adoro uma adrenalina. - ela fala enquanto olha seu celular.

- Não parece. Você tem cara de ser medrosa. - gargalho levemente procurando pelo filme.

- As aparências enganam, Ludmilla. - ela me encara - Antes de eu te conhecer, eu tinha certeza que você era uma insuportável.

- Você mudou sua opinião? - me assento.

- Talvez. - ela sorri entre os dentes.

- Talvez, Brunna ? - pergunto indignada - Volte para sua casa, agora.

- Ah não! - ela finge preguiça - Eu estava precisando de um dia de folga na praia.

- Então você veio só pela praia, sua safada ? - Faço cosquinhas em sua barriga.

- Foi um convite irrecusável. - fala fala com dificuldade.

Puxo seu corpo para cima do meu e a paro com a brincadeira que antes a fazia rir. Agora seguro firmemente sua cintura enquanto a mesma me encarava sem desviar o olhar.

- Você é muito linda, Brunna. - suspiro enquanto ela acaricia meu rosto.

- É porque você não se vê com os olhos que eu te vejo. - ela desce suas mãos para minha nuca, onde arranha levemente.

- Você tem certeza que não irá se arrepender ? - pergunto com receio.

- Porque eu me arrependeria de algo que eu tanto quero ?





.
.
.
.
.
.

É NO PRÓXIMO.

MAS VOCÊS PRECISAM COMENTAR E VOTAR.

Por Trás Das Cameras - BrumillaOnde histórias criam vida. Descubra agora