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Pov Brunna Gonçalves

Depois de brincar com os meninos, fizemos um pequeno lanche e decidimos encerar a brincadeira por hoje. Como hoje Neymar tinha um jantar com sua família, ele pediu para levar Philipe e me convidou para ir.

Pensei em aceitar o convite, mas ao me lembrar que seu pai estaria com eles, apenas inventei uma desculpa qualquer e deixei com que ele levasse Philipe, já que ele também fazia parte da família Santos.

Quando o relógio marcou dez horas da noite, Neymar buzinou na porta de minha casa e eu levei o pequeno até ele, pedi para que o mesmo se completasse e falei ao mais velho para me ligar caso acontecesse algo.

Depois que eles se foram, me assentei no sofá e desbloqueei me celular, entrando no Instagram. Postei uma foto que eu havia tirado no último ensaio e começo a ver as publicações de pessoas que eu seguia. Vejo que Marcos postou algo relacionado ao fervo e só então me dou conta de que eu poderia ir.

Subo praticamente correndo em direção ao meu quarto, para poder me arrumar. Como minha mãe havia saído com suas amigas, eu estava sozinha em casa e não devia satisfação nenhuma de avisar para onde eu iria. Tomo um banho, e me enrolo na toalha enquanto procuro o que eu vestiria. Opto por uma calça jeans na cor rosa e uma blusa preta, em meus pés coloco uma sandália baixa, que contém brilho.

Faço um simples penteado em meu cabelo, deixando apenas uma mexa dele solta ao lado de meu rosto. Em meu rosto, faço uma maquiagem um pouco mais chamativa do que o comum e passo um batom na cor mude, que por sinal é um de meus favoritos. Pego a mesma bolsa que usei hoje cedo e coloco as chaves, e meu documentos, antes que eu guardasse meu celular envio uma mensagem para minha mãe, pedindo para que ela não se preocupe caso ela chegue em casa e não me ache.

Desço as escadas e caminho até a garagem, onde faço uma baliza para tirar o carro e dirigir até a casa de Ludmilla, que fica distante da minha, mas devido ao horário, não teria nenhum trânsito que me impedisse de fazer o trajeto em menos de vinte minutos.

Assim que estaciono meu carro enfrente a casa da cantora, já consigo escutar a música que tocava em um volume totalmente exagerado, consigo sentir a irritação e o ódio dos vizinhos por ela. Saio do carro o deixando trancado e fico de frente para o portão, como ele estava aberto e apenas encostado, me dou a liberdade de o empurrar.

Adentro a casa e não vejo ninguém por ali, sigo o mesmo caminho que fiz hoje mais cedo e começo a ver o movimento de algumas pessoas que estão totalmente bêbadas, quando levanto totalmente meu olhar, tenho a visão de Ludmilla e sua ex ficante ou ex namorada, se beijando de forma um tanto quanto vulgar.

O sentimento de ódio se faz presente no meu corpo, mas a tristeza o vence, me deixando mais vulnerável naquele momento. Tento fazer com que meu corpo se mexa mas é em vão, como se parecesse que meu corpo estivesse perdido as forças. Quando o beijo delas se encerra, por mera coincidência ou por ironia do destino, o olhar de Ludmilla percorre por meu rosto, fazendo com que minha vontade de chorar aumentasse.

Antes de que ela pudesse caminhar até mim, ou talvez não, porque ela se quer mostrou interesse em fazer isso, volto a passos largos para fora de sua casa. Poucas lágrimas já molhavam meu rosto e minhas mãos tremiam, da mesma forma que fazem quando eu estou com raiva. Tento abrir o portão mas o azar era tão grande que eu havia o trancado assim que entrei.

- Minha Bru, espera por favor, vamos conversar. - consigo escutar e faço uma força maior para que o portão se abra, mas a única coisa que consigo é fazer um corte em minha mão - Não foi o que você pensou.

- Ludmilla, cala a sua boca. - falo de forma alta e posso ver ela se assutar com meu tom rude - Eu não estou me importando com isso, só abre esse portão pra mim poder sair.

- Não vou deixar você voltar pra casa nesse estado. - ela segura minha mão machucada - Primeiro se acalma e conversa comigo depois eu prometo abrir o portão e te deixar ir.

- Se você não soltar a minha mão, eu juro que eu grito que nem uma louca e faço com que essa festa acabe e saie todo mundo daqui assustado. - ela me solta.

- Eu não beijei ela. - sorrio irônica - Deixa eu te explicar, por favor Bru. Vamos entrar.

- Eu não quero escutar você falando de como você beija qualquer puta que encontra. - a empurro - Você é uma canalha e eu tenho ódio de você.

- Não fala assim comigo. - consigo ver seus olhos marejarem - Você nem deixou eu me explicar.

- Eu não quero saber Ludmilla. - a empurro novamente - Você foi boa o suficiente para me fazer cair em seu papo furado e me fazer ficar com você. É assim que você faz com todas ? Banca a mulher maravilha, conquista as pessoas, usa e depois manda embora ?

- Não, Brunna. - ela enxuga a única lágrima que desceu por seu rosto - Eu não menti pra você, eu gosto muito de você, o que aconteceu aqui foi um azar.

- Azar, Ludmilla? - pergunto irônica - Conta isso pra outra puta que você já comeu. - bato em seu ombro - E você gostava de mim porra nenhuma.

A loira passa por nós e faz questão de dar um sorriso falso para Ludmilla, que abaixa a cabeça e encara a grama sintética da entrada de sua casa. Tento não me exaltar novamente e suspiro secando as lágrimas que desciam em meu rosto.

- Abre o portão para mim ir embora por favor. - peço em um tom baixo.

- Eu te amo, Bru. - ela fala me olhando.

- É um ótimo momento pra você dizer isso. - sorrio - Não me faça te odiar ainda mais, abre o portão para mim.

- Eu não vou abrir. - ela aumenta o tom - Não enquanto você não me escutar. Você já me xingou, já falou tudo o que quis para mim, mas agora vai me escutar.


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tava bom demais pra ser verdade uai.

Por Trás Das Cameras - BrumillaOnde histórias criam vida. Descubra agora