35

1.6K 112 7
                                    

Pov Ludmilla
Dois dias depois...

- Vamos, Ludmilla. Não custa nada você colocar uma roupinha de academia e ir curtir o futbolei com a gente. - Marcos me puxa pelas mãos.

- Você está pior que criança mimada. - reviro os olhos - E eu já disse que estou muito cansada para praticar esporte hoje.

- Mas minha irmã, se você for pensar assim, você sempre está cansada. - Luane gargalha - E a quadra nem é tão longe daqui, podemos ir até andando.

- Andando, Luane ? - pergunto a olhando - Da última vez que eu tentei andar na rua, recebi três arranhões.

- Mas a gente estava na principal rua do Rio de Janeiro. - ela diz óbvia - Hoje só iremos descer algumas ruas.

Conhecendo meus irmãos e sabendo que eles não me deixariam em paz, enquanto eu não aceitasse o convite deles, apenas me dei por vencida e caminhei até meu quarto, para procurar alguma roupa para praticar esportes.

Como eu não sou muito familiarizada com nenhuma modalidade esportiva, eu não tinha nenhuma roupa que serviria para ir em algum evento assim, então apenas peguei uma das minhas camisas de time que havia ganhado de alguns amigos e a vesti juntamente com um short jeans.

Calcei meus chinelos e peguei meu celular que estava no carregador desde a manhã e desci as escadas escutando minha mãe conversar com eles sobre o que gostariam de comer no almoço.

- E você Lud ? Vai querer o que ? - ela me olha enquanto ainda estou no último degrau da escada.

- Escondidinho de carne seca. - sorrio simples - Mas só se for a vó que for fazer.

- Ainda pensa que manda nessa casa. - minha mãe finge estar brava - Quem irá fazer o almoço, será eu. Sua avó está ocupada com a nova descoberta dela.

- Qual descoberta ? - Marcos pergunta sem entender e eu encaro minha mãe, também curiosa pela sua resposta.

- O WhatsApp. Agora ela é uma senhora informada. - minha mãe sorri - Ela só sabe enviar emoji, mas já é um começo.

- E quem foi o desocupado que apresentou essa tecnologia pra ela ? - pergunto.

- Fui eu, Ludmilla. E eu não sou uma desocupada - Luane diz brava - Eu apenas fico preocupada com nossa vó e nem sempre tenho como ir lá, então dei um celular para ela, pra poder facilitar as coisas.

- Até o momento não está nada fácil, recebo um emoji a cada dois segundos. - minha mãe fala me fazendo gargalhar com o acontecimento.

- Se ela perguntar por mim, diga que eu não tenho whatsapp, apenas Instagram. - brinco.

Quando eu iria me assentar, Marcos rapidamente me puxa para fora de casa dando a desculpa de que se eu ficasse mais cinco minutos ali desistiria de sair com eles, o que não era uma total mentira.

Descemos a rua caminhando calmamente enquanto conversávamos sobre nossa infância, relembrando da época em que íamos para escola brigando, porque eu era a mais bagunceira e vivia matando aula, já Luane a mais certinha da escola.

Quando chegamos enfrente a quadra, sinto o suor escorrer por meu rosto, já que hoje a temperatura estava chegando a quase quarenta graus. E eu odeio calor.

Por Trás Das Cameras - BrumillaOnde histórias criam vida. Descubra agora