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Pov Ludmilla

- Pensei que tivesse esquecido que tem casa! - Escuto minha mãe dizer assim que adentro minha casa.

- Mãe, eu avisei a senhora que eu iria passar o dia em Angra com a Brunna. - retiro meus tênis, os deixando em um canto qualquer da sala de estar.

- Sim, mas não imaginei que realmente fosse durar o dia todo e você nem respondeu minhas mensagens. - suspira preocupada - Me conta, como foi ?

- Sabe mãe, eu tô começando a perceber que a Brunna não é quem eu imaginei que fosse. - me assento no sofá - Hoje ela foi uma pessoa muito legal, foi um bom dia.

- Ah filha, eu fico feliz de vocês estarem se conhecendo melhor. - se assenta ao meu lado - Ela parece ser uma boa mulher.

- Nós não iremos namorar, mãe. Então nem fique planejando as coisas. - digo a realidade.

- Como você tem tanta certeza, Ludmilla ? Pra moça ter ido pra Angra dos Reis com você, provavelmente ela está interessada.

- Mãe, é complicado. - suspiro - A Brunna é hétero. Nós só queríamos ficar.

- Eu não entendo esses jovens de hoje em dia! - ela nega com a cabeça - Na minha época a gente primeiro começava a namorar pra depois se beijar.

- Pois então, dona Silvana, trate se acostumar, viu ? - me levanto - E por favor, não saia por aí contando que eu fiquei com ela.

- Está me chamando de fofoqueira, Ludmilla ? - ela se levanta atrás de mim.

- Todos nós sabemos que quando a senhora entra naquele salão de beleza, fala sobre Deus e o mundo. Fora que quando eu fico com alguém você é a primeira a contar.

- Tudo bem, filha. Eu prometo não falar nada, dessa vez! - ela me abraça - Você vai jantar ?

- Sim, eu estou com fome. - suspiro - Mas primeiro preciso de um banho. Desço em menos de trinta minutos.

Subo rapidamente as escadas, em busca do meu quarto e quando entro o encontro perfeitamente arrumado, apenas com alguns assessórios em cima da cama.

Caminho até o closet e abro a terceira gaveta, pegando um blusão qualquer que comprei na minha última viajem até São Paulo.

Tiro minha toalha do suporte e abro a porta do banheiro, deixando tudo sobre a pia. Adentro o box e ligo o chuveiro deixando suas gotas de água gelada caírem sobre meu corpo nu.

Pego o sabonete líquido, que por sinal é o meu favorito, e despejo sobre partes específicas de meu corpo. Espalho até as outras partes com a mão e depois de alguns minutos volto a deixar a água cair sobre mim.

Quando me sinto totalmente limpa, desligo o chuveiro e me enrolo na toalha de algodão branco. Caminho para fora do box e me visto com a roupa que eu havia separado.

Desço novamente as escadas e encontro Luane juntamente com Marcos, na cozinha, enquanto minha mãe prepara algo no fogão.

- Não era para as crianças estarem dormindo? - pergunto implicando com eles.

- Sim, por que você não está, então ? - Luane pergunta com a sobrancelha franzida.

- Me erra, garota. - reviro os olhos.

Por Trás Das Cameras - BrumillaOnde histórias criam vida. Descubra agora