Tempestade!

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Jade💚

Olhei pras ondas batendo nas pedras e quebrando e sorrir, morava na Bahia e nunca tive a oportunidade de ver o mar assim tão de perto ou de longe não sonhava em um dia ter a liberdade que hoje tenho mesmo que meus pensamentos se encontrem presos.

Sempre fui sozinha e isso só mudo quando no meio do meu inferno pessoal Deus me deu Louise e dali por diante minha vida ganhou alguma cor mas sempre vinha algo que me fazia perde cada vez mais desse brilho só não conseguiam tirar a minha fé.

Lembro a primeira vez que me falaram sobre Deus, foi uma professora do pré infantil, eu tinha cinco anos, ela me disse pra entregar meu coração a Deus que tudo iria dar certo, medmo não. Entendendo eu fiz o que ela pediu e dês de ontem minha vida tem estado nas mãos dele e eu nunca me arrependo de ter feito essa escolha.

Ele demorou e eu confesso que não entendia o porquê de tanta dor e sofrimento, mas agora eu consigo entender, agora consigo encherga que o que ele estava preparando pra mim tinha que demorar pois seria tão perfeito que acabaria esmagando qualquer lembrança ou dor do passado que eu poderia ter.

Ele nunca acerto tanto quando me deu essa família, a minha família e a pessoa que sempre achei que não teria hoje tenho, uma mãe, e ela não podia ser mais perfeita e teimosa ao mesmo tempo.

Kivia: não conta pro seu pai e nem pro seu tio pioro pro se avô. _ falo assim que termino de vomitar.

Jade: a senhora tem que parar com isso, não quer ir no médico e também não quer contar pra eles. _ ajudei ela a sentar no vaso.

Kivia: pela primeira vez eu tenho que admitir que tô com medo. _ olho pra janela.

Jade: medo do que mãe!?

Kivia: Katiane morreu de câncer no colo do útero e nas mamas, Jade isso muitas das vezes é passado de genética a genética.

Jade: a senhora tá com medo de tá doente?

Kivia: tudo o que vi Katiane sobrer, eu não quero aquilo pra mim, e eu fico nervosa só de lembrar que tô com maioria dos sintomas que ela sentia me dá uma vontade incontrolável de chorar.

Jade: e se eu for com a senhora no médico, vou tá do seu lado independente do resultado.

Kivia: o meu medo é ver o resultado.

Jade: a gente vai ir lá na clínica e vai descobrir o que a senhora tem, e independente eu vou estar lá como voce sempre está comigo.

Kivia: obrigado minha menina. _ beijo minha testa.

Jade: quer ajuda pra se arrumar?

Kivia: se eu precisar te chAm vai lá se vestir.

Ajudei ela até chegar no quarto dela e fui pro meu, eu sei que ela não tá doente algo bem aqui no meu coração me diz isso, isso tá me cheirando a bebê a bordo.

Minha mãe ficou tão traumatizada com o caso da mulher que morreu que não consegue enxerga que todos esses sintomas que tá sentindo também pode ser de uma possível gravidez, nunca estive grávida e nem presenciei nenhuma pessoa próxima nesse período mas andei pesquisando.

Meu pai ainda não percebeu que ela anda passando mau justamente porque ela tenta esconder, meu tio Brian eu tenho certeza que já percebeu e só não quis falar, sei disso porque o mesmo sabe até quando minha mãe quer chorar.

Kivia: tô pronta. _ apareceu na sala com um vestido longa, sandália baixa e uma bolsa.

Jade: a senhora tá pálida.

Kivia: vomitei mais uma vez, eu já não tenho mas nada pra colocar pra fora.

Jade: vamos lá.

Ela foi o caminho todo calada a não ser pelo fato de ter parado na beira da praia alegando estar com vontade de comer espetinho de camarão, desejos, tô com cada vez mais certeza que a minha família vai crescer.