POV: Samanun Anuntrakul
Palácio Real de Ayutthaya
Faz alguns dias que eu e Mon decidimos nos separar, mas não se impressione, não havia como ser diferente, mesmo que a gente quisesse muito.
Após a nossa conversa nos jardins, estar com ela parecia estranho, errado e até mesmo egoísta, onde parecia que eu estava a condicionando, mesmo que indiretamente, a estar em um relacionamento que não tem futuro algum.
Talvez tenha sido melhor assim.
Mas eu me orgulho muito de ter sentindo tudo o que eu senti estando com ela e de ter sido a pessoa que lhe mostrou o que é o amor, na sua mais bela forma. Assim, ela saberá que não deve aceitar menos que isso.
Parece que o destino também não estava muito ao nosso favor, nos colocando em diversas situações em que a nossa relação se mostrava insustentável. Nos eventos que se seguiram, majoritariamente em todos, eu fui colocada de lado pelas circunstâncias, muito pela diferença de classe social que nós temos.
Eu, praticamente, só exercia o papel de segurança à longa distância, sem tirar, nem por um minuto sequer, meus olhos dela, que tentava se divertir à sua maneira na companhia de pessoas importantes, vez por outra seus olhos pousando nos meus, acompanhados de um sorriso tímido, que logo me abandonava, me deixando à sós com a minha insignificância ali.
Conforme os dias passavam, as situações ficaram piores de lidar. Parece que nós duas estávamos nos colocando barreiras entre nós, já rumando a nossa relação ao término.
Na corrida de cavalos, eu não pude estar no mesmo lugar que ela. Talvez ali tenha sido o primeiro momento que nós permitimos que a nossa relação decaísse, onde eu ficava apenas ao seu alcance, mas não em sua companhia.
Assim como o meu amor.
Eu tento me manter firme, mas ao chegar em meu quarto, onde fizemos amor pela segunda e última vez, onde as promessas de uma vida à duas estavam tão vivas, me permito chorar, sentindo o peso das palavras do nosso término me atingir e me tirar o sustento das pernas.
Dias atrás, no veículo real
Mon me encara como se quisesse saber o que estou pensando, mas tento a todo custo evitar o seu olhar.
Já faz uns dias que tenho feito muito isso.
Estamos voltando de mais um evento onde precisei ficar longe dela por questões burocráticas e isso tem me deixado exausta, para não dizer triste.
Sinto que toda essa situação que nos cerca tem afetado mais a mim que a ela, sem falar na conversa inacabada que tivemos nos jardins, que agora me parece que estamos adiando o inevitável.
- Você quer conversar comigo? - ela pergunta, me fazendo encarar qualquer coisa que não ela no veículo blindado.
Quando entrei no veículo, notei que as vidraças pretas que dividem o veículo estão erguidas, nos dando privacidade.
- Não sei se tenho algo a falar, alteza, a não ser que a noite foi incrível, como sempre - digo, um sorriso falso saindo quase que de forma intencional dos meus lábios, atitude que ela estranha.
- Não é sobre a festa que quero falar - ela continua, se aproximando lentamente de mim, de modo que seu corpo cola na lateral do meu e sua mão repousa em minhas pernas - Tenho sentido a sua falta, você tem estado distante de mim.
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Royalty • MonSam
Fiksi Penggemar"Quando lhe tocou a mão pela primeira vez, em seu berço, Samanun jamais imaginou que dedicaria a própria vida a ela." "Quando abriu os olhos e a viu pela primeira vez, estando em seus braços, Kornkamon jamais imaginou que estaria destinada a ela." R...