Sunshine

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POV: Narradora

Bang Pa-In Palace - Baile Anual da Guarda | Após a saída da princesa

Enquanto a princesa estava sendo escoltada até a sua casa em busca de ajuda médica, seu desmaio chamou a atenção dos presentes na festa, boa parte acreditando que a garota havia tido um mal-estar súbito, outros suspeitando de alguma pretensão mais sombria, dado os últimos acontecimentos nos reinos asiáticos.

Em meio à confusão, Suy-Jong percebeu que, mais uma vez, seu plano havia falhado.

Afinal, ele não havia conseguido proteger a princesa novamente, sua teimosia sendo a maior causadora de tudo isso.

Havia se atrasado para a festa porque sabia que seu pai havia ordenado um atentado à herdeira de Ayutthaya e fez o possível para sabotar seus planos. Achou que tinha conseguido, mas foi inocente, acreditando que seu pai, o rei da Coreia do Sul, daria para trás.

Quando notou o que estava acontecendo, o príncipe permitiu que a culpa assumisse o controle do seu corpo, o fazendo adotar uma postura tensa e ansiosa diante dos seus seguranças, que a todo custo tentavam tirá-lo do local.

O pensamento de que deveria ter dito ao Rei Klif Armstrong o que estava acontecendo lhe nublando os olhos, o egoísmo da suspeita cair sobre si o impedindo de tê-lo feito sem provas.

E seu pai era muito bom em esconder evidências e contava com uma rede de pessoas de má índole para ajudá-lo.

Infelizmente, Suy-Jong desconfiou da pessoa errada há alguns dias.

Quando foi visitar a princesa, já tinha consciência das atitudes do rei da Coreia do Sul. Não sabia em quem confiar, chegando até mesmo a suspeitar da grande amiga da garota.

Samanun Anuntrakul. Ela seria perfeita para o plano, afinal, ninguém suspeitaria da mulher que cresceu naquele lugar, por isso distraiu Kornkamon para que ela derrubasse a xícara que usava naquela manhã, que fora servida pela amiga.

Imediatamente se ofereceu para pegar outra dose de chá para a alteza, indo pessoalmente à cozinha, mas deveria ter suspeitado daquela pessoa que nunca havia visto, que ferveu a água e misturou o líquido com as ervas de forma silenciosa, devolvendo a xícara em seguida para ele, enquanto escutava as suas justificativas acerca de sua presença à Eliza, cozinheira do palácio.

E quando viu a reação de Mon minutos depois, sabia que havia falhado com a namorada, a raiva do próprio pai falando mais alto que os sentimentos que nutria por ela, o fazendo sair do palácio e confrontar o homem, pegando o jato e retornando a Coreia do Sul.

Quem ouvisse suas justificativas hoje, acharia que ele havia se aproximado da alteza real com segundas intenções, quando, na realidade, os sentimentos que sentia pela garota surgiram naturalmente.

Seu pai se aproveitando muito bem da situação.

Entrando no veículo e sendo escoltado para longe dali, o príncipe colocou as mãos no rosto, sua respiração descompensada, com um medo crescente em seu coração.

O medo de que, diferentemente da última vez, a princesa não sobrevivesse.

(...)

O homem observava a movimentação alvoroçada no corredor que dava para a saída.

Apesar da festa ter continuado, já que nada havia sido confirmado, os convidados se sentiram incomodados em continuar ali, então, aos poucos, o ambiente foi esvaziando.

Seu disfarce estava prestes a ser descoberto. Sentiu uma mistura de pânico e raiva correndo por suas veias, já que o plano havia dado errado. Ele tentou escapar do local assim que viu, apesar de ter tentado apagá-la e tê-la golpeado na cabeça, para sua surpresa, Samanun atravessando o corredor com a princesa em seus braços.

Royalty • MonSamOnde histórias criam vida. Descubra agora