Ele fez uma careta, olhando para mim com uma expressividade óbvia que denota o quanto me acha maluca. Apesar disso, um sorriso lateral brotou em seu rosto como se soubesse a razão pela qual levou o beliscão.
Depositei um beijo em seu punho exposto, exatamente onde o belisquei. O papo do beijinho pra sarar.
— Você tem um parafuso solto? — Deu uma risadinha rápida. Conhecia bem o ditado popular, considerando que morou no Brasil até a adolescência.
Depois de entrarmos em discussão para decidir quem pagaria pela comida, levando em conta que ele comeu mais do que eu. Daehyun, realizou o pagamento resmungando, enquanto eu o apelidava de mão fechada.
No instante em que chegamos à recepção, descobrimos que seu guarda-chuva havia sido roubado. Ele suspirou, pressionando as têmporas, deixando escapar algumas palavras feias.
— Pelo menos, a chuva amenizou. — Estiquei o braço para o lado de fora e constatei que o temporal tinha cessado.
Ao sairmos do local, o observei adotar uma postura mais ereta, exibindo confiança. E, sem que eu percebesse, sua mão se entrelaçou à minha.
Arregalei bem os olhos, e minhas bochechas queimaram de imediato.
Interrompi a caminhada, minha atenção alternava entre seu rosto que tentava entender a razão que me fez parar, até a firmeza de nossas mãos entrelaçadas.
— O que foi? — Ele me lançou um olhar curioso.
Abri a boca para buscar respostas sobre o significado daquilo. Porém, minha única reação foi erguer as sobrancelhas e retraçar o percurso com os olhos, de nossas mãos unidas, até os olhos dele.
Daehyun sorriu e apertou um pouco mais minha mão. Ele me queria perto a si e não tinha nenhum problema que o resto do mundo soubesse disso.
Continuamos o caminho lado a lado, de mãos dadas, e eu lutando para não deixar transparecer um sorriso, quando vez ou outra, o polegar dele acariciava carinhosamente o dorso da minha mão.
Não demorou muito para que entrássemos em conflito mais uma vez. Agora porque eu esperava que ele fosse descansar por causa da dor que estava sentindo, e ele fez cena para ir estudar comigo na faculdade.
— Seu malcriado. — Torci o nariz, contrariada. Sabia que não o convenceria a trocar de ideia. — E, vá se desculpar com o Ye Jun, depois.
Ele franziu o cenho, levantando uma das sobrancelhas. — Nem ferrando! — Bufou.
— Você foi grosseiro com ele, Daehyun. — Expelir ar pela boca, com o nível de estresse mais alto. Ele sacudiu os ombros, sem dar importância. Seus lábios arquearam formando um bico irritado. — Não vai se desculpar? — Ele fez com a cabeça que não, portando-se como uma criança birrenta. Contrair os músculos, rangendo os dentes. — Afffff, você me enlouquece.
Um sorriso travesso se formou em seu rosto sedutor.
— Estou lisonjeado, em saber que te enlouqueço. — Me olhava pelo canto dos olhos, segurando mais um sorriso sem-vergonha.
Com as nossas mãos ainda entrelaçadas, não consegui conter o riso.
— N-não… — Revirei os olhos — Não é desse jeito, seu babo-ya. — O insultei de idiota na língua dele.
— Naega babo-ya? (Eu sou um idiota?) — Simulou estar ofendido e, céus… ele é infinitamente mais atraente quando fala em seu idioma nativo. — Wae? (Por que?)
— Wae, Wae? — Reproduzir, de forma infantil e ininteligível. — Cara de pau!
Ele riu, revelando todos os dentes da frente, me atraindo junto ao seu corpo.
— Namja chingu, me chame assim.
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Amor de Algodão Doce
RomanceElla, sempre acreditou no amor dos livros, aquele que faz o coração disparar. Seu melhor amigo, Lucas, parecia ser a pessoa certa, o encaixe perfeito. Mas o roteiro tomou outro rumo quando ele se apaixonou por alguém que conheceu na faculdade. Decid...