Amor de Algodão Doce

30

Daehyun pegou o gatinho nos braços, acariciando seus pêlos, ao mesmo tempo que repreendia o felino por ter interrompido seu momento.

— Aquela garota ali é incrível, e nós estávamos nos beijando. Por que você teve que atrapalhar, hein? — Ele disse em coreano, e apesar de eu ter apenas noções básicas da língua, compreendi claramente.

Não pude evitar um sorriso.

— Ei, Mandu, eu tenho um adorável cachorro maltês, tão branquinho quanto você. Ele se chama Sulley e está sob os cuidados da minha melhor amiga Lilly no Brasil. — Juraria que o gato fez uma expressão desagradável ao ouvir isso, e em seguida, saltou do colo do seu dono.

— Esse gato é muito ciumento. — Daehyun fez uma careta, apertando os lábios.

— Não faço ideia de quem ele puxou isso. — Brinquei, fingindo pensar.

Daehyun torceu o nariz de forma adorável. De repente, todos os seus gestos se tornaram encantadores, derretendo meu coração. Em seguida, ele pegou o cesto de roupas úmidas e caminhou em direção à máquina de lavar.

— Você é realmente bom nas tarefas domésticas. Será que também é um cozinheiro excepcional?

— Me diga algo em que eu não seja bom? — Ele provocou.

— Ser humilde? — Revirei os olhos.

Ele riu.

— Bem, eu cozinho, mas só porque é necessário. Não é exatamente minha atividade favorita, para ser honesto.

Curiosa, ousei abrir seu armário.

— Com todo esse miojo, você vai chegar aos 30 anos com problemas de saúde! — Olhei para ele com um olhar reprovador. — Eu adoro cozinhar; é uma das poucas coisas que sei fazer bem. De resto, é só ladeira abaixo.

— Perfeito! A gente se casa, eu cuido das tarefas domésticas e você cozinha. — Disse enquanto despejava o sabão na máquina, começando pelas roupas claras.

— Você nem me pediu em namoro e já está pensando em casamento. Que emocionado! — Ri, embora ele parecesse sério ao mencionar isso.

— Na verdade, eu meio que pedi, mas você faz de conta que não percebeu. — Ele virou o olhar para mim, encarando-me nos olhos, aguardando minha reação. Eu fiquei boquiaberta, sem saber o que dizer.

— Me chame de namorado; não é bem um pedido de namoro. — Ri, fingindo não estar agitada por dentro.

— Tudo bem, então, como devo fazer o pedido? — Ele cruzou os braços, apoiado na máquina de lavar, com um sorriso lindo que destacava suas covinhas.

— Ué, você não é o senhor bom em tudo? Tsc, tsc... Não consegue nem pedir uma garota em namoro direito?

Daehyun bufou, soltando uma risada curta, e depois estendeu os braços para envolver minha cintura.

— Quer ser minha namorada, senhorita? — Um sorriso lateral e travesso apareceu em seu rosto.

— Ah, não, isso foi terrível. Muito fraco! — Dei de ombros depois de me soltar dos seus braços. — Sem uma declaração de amor? Eu não vou namorar alguém se eu nem sei o que ele sente.

Suas mãos grandes envolveram novamente minha cintura, por trás. Ele encaixou a cabeça no meu pescoço, e meu coração deu um salto quando ouvi:

— Só seja minha! Porque eu sou completamente louco por você!

Ele depositou um beijo no meu pescoço. Uma corrente elétrica percorreu todo o meu corpo, fazendo-me arrepiar. Meu coração bateu tão forte que me perguntei se ele conseguia ouvi-lo.