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Começamos a semana com um sol maravilhoso e acolhedor no final de maio. Eu tive que me esforçar ao máximo para colocar em dia a matéria que estava atrasada, enquanto Luana, por outro lado, não teve nenhum problema, já que o seu nível de coreano é muito avançado.

Percebi que minha amiga está mais tranquila e aos poucos está se curando do seu coração partido. Eu já estive nessa situação antes e conheço bem essa dor, por isso tenho mostrado todo o meu apoio a ela.

É importante estar presente para os amigos nos momentos difíceis, oferecendo conforto e compreensão. No entanto, ela está se superando além das minhas expectativas, o que me faz admirá-la ainda mais por sua força e determinação.

No final da tarde, recebo uma mensagem de texto do Daehyun sugerindo que nos encontremos na biblioteca. Afinal, ele ainda é meu tutor e o professor Kim me pediu um feedback sobre como ele tem me ajudado com o idioma.

"Estou animada para te encontrar!" Respondi à mensagem com entusiasmo, e um sorriso bobo estampado no rosto. Além disso, mencionei que já tinha dado um feedback positivo sobre ele ao professor Kim. No entanto, logo em seguida, me arrependi um pouco, pois Daehyun, com seu orgulho característico, começou se gabar sobre o quão bom ele é em tudo o que faz.

Apesar de ser um tanto irritante, eu adoro o quão confiante e seguro de si ele é. É tão diferente de mim, que sou insegura. A cada dia, me apaixono um pouco mais por cada detalhe dele, incluindo seus defeitos, que se tornam atraentes. Daehyun possui uma personalidade tão distinta da minha, mas sinto que tenho aprendido com ele ao longo desses poucos dias em que nos aproximamos de verdade. Ele me inspira a superar minhas dificuldades e estou certa de que também o inspiro de alguma forma.

Na tranquilidade da biblioteca, os raios suaves do sol da tarde atravessam as janelas, iluminando as estantes repletas de livros. Eu caminho pelos corredores, ansiosa para encontrá-lo. E, finalmente, lá está ele, sentado em uma mesa, completamente imerso em um livro, dedicando toda a sua atenção às palavras que lê.

Por um momento, eu paro, abraçando os livros que carrego nos braços, apenas para admirá-lo secretamente de longe. Seus cabelos estão perfeitamente arrumados, parecendo um pouco mais curtos. Talvez ele tenha ido ao cabeleireiro hoje. É impossível negar a sua beleza e admiro sua concentração, especialmente porque eu sei o quão dedicado e focado ele é.

Ele está vestindo uma camisa branca, que destaca o contraste com o seu cabelo negro. Observo enquanto ele alisa o queixo com os dedos, como se estivesse pensando profundamente em algo. Suspiro, encantada, sentindo-me como uma tola apaixonada. Deixo escapar uma risada suave, ciente de minha própria rendição a ele.

À medida que me aproximo, não consigo evitar notar que algumas garotas na mesa à frente o observam, cochichando entre risos e suspiros. Compreendo-as, pois era exatamente o que eu estava fazendo segundos atrás. No entanto, minha respiração acelera e meus músculos se tensionam. Surge um leve sentimento de ciúmes, mas estou determinada a manter a confiança, sabendo que ele é meu.

Com um sorriso travesso, sento-me ao seu lado, organizando os livros na mesa e colocando minha bolsa na cadeira ao meu lado. Ele me olha com felicidade nos olhos. Passo os dedos gentilmente pelos seus cabelos, ajeitando sua franja para o lado. Ver seu doce sorriso ressaltando suas covinhas encantadoras, me faz sentir nas nuvens.

— O que você está fazendo? — Ele pergunta, com aquele sorriso adorável no rosto. Meus olhos fixam-se involuntariamente em seus lábios, desejando beijá-lo naquele momento. Contenho-me, ciente das pessoas ao nosso redor.

— Estou arrumando os fiozinhos bagunçados — digo, continuando a ajeitar seus cabelos, desejando que as garotas da mesa à frente entendam a mensagem.

Amor de Algodão DoceOnde histórias criam vida. Descubra agora