Especial: Pov Dae hyun - Parte I

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— Do que você me chamou? —  A voz de Maysane cortou o ar como uma lâmina, seus olhos faiscando com uma mistura de dor e raiva. — Oppa, essa já é a segunda vez que você me chama pelo nome dela. Será que poderia, ao menos por um miserável segundo, concentrar seus pensamentos em mim?

Ela estava sobre mim, quase ofuscante na sua lingerie vermelha, que parecia mais uma provocação do que uma peça de roupa.

Tínhamos acabado de concordar em nos perder no motel mais próximo da balada que estávamos, numa tentativa desesperada minha de afastar os fantasmas que me assombram.

Maysane havia arrancado minha camisa com uma voracidade que deveria ter me levado ao êxtase, mas, merda, eu estava tão bêbado que mal conseguia separar o que era desejo do que era arrependimento.

Eu sabia muito bem o que estava fazendo, ou pelo menos queria acreditar que sabia.

Queria tanto tirar Ella da minha cabeça, mas a cada toque de Maysane, era como se os dedos dela fossem os de Ella, conhecendo cada ponto exato que me fazia perder o controle.

Minha mente, traiçoeira, me levava de volta para onde meus desejos realmente pertenciam - para os momentos em que Ella estava em meus braços, quando eu a tinha por inteiro, quando eu a fazia estremecer de prazer até seu primeiro orgasmo a rasgar de dentro para fora.
Ela gemia meu nome de um jeito tão doce, tão malditamente viciante.

— Ella... — O nome escapou dos meus lábios como uma maldição, uma confissão. Merda, Ella, por que você ainda me deixa tão louco?

Tudo em mim clamava por ela, mesmo enquanto Maysane tentava, desesperadamente, ocupar o espaço que Ella ainda dominava.

— Vou fingir que não ouvi isso, ok? — sussurrou Maysane, sua voz trêmula de desejo, mas também de uma insegurança que ela tentava mascarar. Suas palavras ressoavam no meu ouvido, uma tentativa desesperada de manter a ilusão de que aquilo poderia funcionar, de que eu estava ali com ela de verdade. — Oppa, me toca... me mostra tudo o que você sabe fazer.

Ela pegou minhas mãos com determinação, guiando-as pelo seu corpo esguio, forçando-me a sentir cada centímetro da sua pele. Seu toque era insistente, como se quisesse me ancorar naquele momento, me fazer esquecer de tudo que não era ela.

Mas a verdade cruel é que, por mais que eu tentasse, meu coração e minha mente estavam presos em outro lugar.

Maysane era linda, sem dúvida. Seu corpo era uma escultura, perfeito à sua maneira, mas faltava algo, algo que eu não conseguia ignorar.

Enquanto minhas mãos deslizavam sobre sua pele, minha mente vagava para outra - para Ella, com suas curvas deliciosas e o perfume que me enlouquecia, uma mistura doce de baunilha e morango que eu nunca conseguia tirar da cabeça.

Era o corpo nu de Ella que meus olhos realmente ansiavam, era a sensação dela contra mim que eu desejava desesperadamente. Eu me deleitava em cada centímetro da sua pele, quente e macia, quer estivesse por cima de mim ou embaixo; pouco importava.

Ela era uma visão tão estonteante que só de vê-la respirar meu corpo já reagia, incendiado por um desejo incontrolável.

Eu me perdia naquelas curvas, em cada linha sinuosa que formava seu corpo, e que curvas... Era uma verdadeira tortura não rasgar sua roupa toda vez que ela me lançava aquele sorriso torto, cheio de malícia, ou quando mordia os lábios com um toque de timidez.

E quando ela se irritava comigo por algum detalhe insignificante, franzindo o cenho e torcendo o nariz, eu só conseguia pensar em uma coisa: arrastá-la para a cama e saciar a fome que ela despertava em mim, uma fome que parecia nunca ter fim.

Amor de Algodão DoceOnde histórias criam vida. Descubra agora