Amor de Algodão Doce

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O sol já se infiltrava pelas frestas das cortinas quando abri os olhos lentamente. Daehyun se encontrava no aconchego dos meus braços, seu rosto repousava suavemente em meu peito. O som do coração dele, combinado com a leve e calma respiração, era a melodia mais doce para os meus ouvidos.

Perdi a noção do tempo enquanto o observava dormir, tão sereno e bonito.

— Bom dia, minha princesa — ele murmurou, a voz rouca pelo sono.

Sorri, acariciando os cabelos escuros de Daehyun. O coração dele acelerou sob minhas mãos, um sinal claro de que ele estava acordado.

— Bom dia, meu ranzinza — respondi depositando um beijo suave em sua testa.

Não pude deixar de notar como seu corpo reagiu ao meu toque, aconchegando-se ainda mais em meus braços e sussurrando carinhosamente que dormiu bem aquela noite porque estávamos juntos.

No entanto, logo fomos surpreendidos pelo felino, que mais parecia uma bola de pelos brancos, pulando em cima de seu dono e lambendo carinhosamente seu rosto. Arrisco dizer que Mandu sente ciúmes de Daehyun comigo, o que é muito engraçado.

Levantamos e decidimos preparar o café da manhã juntos. Antes disso, lavei o rosto, escovei os dentes e troquei de roupa, pois ainda estava com as mesmas roupas da noite anterior. 

Peguei emprestada uma camisa preta e larga de Daehyun, que parecia ser o dobro do meu tamanho. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo, enquanto ele foi tomar um banho. 

Comecei a preparar algumas panquecas e passei um café, mesmo sabendo que ele não gosta do café preparado à moda tradicional brasileira. Ele prefere aqueles cafés aguados e gelados, que acho completamente horríveis.

Em um cenário íntimo, o observei sair do banho, envolto em uma toalha branca, os cabelos escuros e molhados, gotas d'água escorrendo pelo corpo. Meus olhos se iluminam ao vê-lo, completamente estupefata com a visão deslumbrante diante mim.

Meu coração acelera ao testemunhar a beleza natural dele, sentindo-me encantada com a imagem que se desdobra à minha frente. 

Em um instante de pura admiração, me pego maravilhada pela forma como a luz do ambiente destaca os contornos do corpo dele, realçando sua beleza única e cativante. 

Tive que reprimir alguns pensamentos impuros que surgiram na minha mente.

Contive também o sorriso que ameaçava se espalhar pelo meu rosto, pois ele percebeu o êxtase que me causou e soltou uma risada maliciosa, consciente do efeito que tem sobre mim.

— Gostou do que viu? — Perguntou ele, ainda com o sorriso malicioso.  

Engoli em seco, sentindo o rosto esquentar.

— Você sabe que sim. — Tentei manter a compostura.

Aproximando-se lentamente, ele disse:

— Então, por que está tentando esconder? — Ele mordeu os lábios de maneira provocativa.

Baixando os olhos por um momento e depois encarando-o, respondi: 

— Porque você já sabe o efeito que tem sobre mim.

Daehyun riu suavemente.

— E eu adoro ver você assim, sem palavras.

— Isso não é justo! — Protestei, rindo ao seu lado. 

— E quem disse que o amor é justo? — Ele ergue uma sobrancelha.

— Você é impossível…

Suspirei.