CAPÍTULO 7
O FIM DE UMA ERA
─────── ✵ ───────O PLANO ESTAVA em andamento. Consistia em basicamente bater na porta de Jöhann Schmidt e destruir a última base ativa da HYDRA, só que por dentro. Como o planejado, Anelise e Steve foram encurralados e pegos pelos capangas de Schmidt, sendo levados diretamente a ele.
— A arrogância pode não ser uma característica exclusivamente americana, mas vocês são melhores nisso que qualquer um. — O Caveira Vermelha se aproximou, em toda sua pompa e escárnio. — Mas, há limites. Para o que até mesmo vocês podem fazer. Ou Erskine lhes disse o contrário?
— Tire o nome dele da boca, Schmidt. — Anelise projetou o corpo pra frente, sendo prontamente detida pelos guardas. — Você sabe que nunca foi tão bom quanto ele. — Anelise rosnou, sentindo o ódio ferver em sua pele.
— Ele tentou me negar o que era meu por direito, mas a vocês, ele deu tudo. — O homem rosnou de volta. — Então, o que torna vocês tão especiais?
— Nada. Sou só um rapaz do Brooklyn. — Steve esboçou um sorriso.
— Ele está certo. Eu sou apenas uma garota do Queens. — Anelise sorriu provocativa, o que parece ter irritado mais ainda o líder.
Jöhann acertou Anelise com um soco em seu rosto, e quando Steve ameaçou avançar para revidar, se tornou o alvo de mais golpes. Antes que o Caveira Vermelha os executasse, a tropa surpresa invadiu a base pelas janelas, atirando contra quem atirasse primeiro. Os super soldados correram na direção em que ele fugiu, nocauteando sem muita dificuldade os soldados que vinham para enfrentá-los.
Com o caminho livre, Steve e Anelise chegaram a uma pista de decolagem, na qual havia apenas uma nave para sair, a do próprio Schmidt. A agente Carter e o Coronel Chase apareceram com um carro roubado, lhes dando uma carona até a nave, para que pudessem invadi-la. Anelise usou de sua força para fincar um de seus bastões na lataria, segurando nele e a mão estendida de Steve, que tomou impulso e invadiu, a ajudando a entrar logo depois. Obviamente, capangas tentaram detê-los a todo custo, sem sucesso.
Quase foram jogados para fora da nave algumas vezes, mas limparam a área e foram atrás do cabeça de toda a operação. Schmidt estava na cabine do piloto, e tentou levá-los de surpresa com um tiro por trás. Steve agarrou Anelise e se escondeu com ela atrás de seu escudo para bloquear o ataque.
— Vocês não desistem, não é mesmo? — Perguntou ironicamente.
— Não! — Responderam em uníssono.
Anelise foi a primeira a avançar, desviando das rajadas de energia que lhe eram disparadas, jogando a arma do Caveira longe. O acertava com seus bastões, e quando não era possível, com seus próprios membros. Quando foi jogada longe, Steve assumiu. Após um golpe de azar, a nave começou a cair, dificultando as coisas.
Jöhann a colocou no eixo novamente, em direção a Nova York.
— Vocês poderiam ter o poder dos deuses! — Gritou. — Vocês usam estrelas no peito e acham que travam uma batalha entre nações?! — Ele atirava contra os dois super soldados, que tentavam desviar ao perdem suas armas no combate. — Eu vi o futuro! E não há bandeiras.
— Não no meu futuro! — Rugiu Anelise, pegando o escudo de Steve — que estava mais próximo — e acertando Schmidt com tudo no estômago, o lançando no motor brilhante da nave.
— O que você fez?! — Perguntou ofegante, pegando um cubo azul, que liberou uma energia estranha a ponto de fazê-lo simplesmente sumir com uma explosão de raios.
— Foi mais fácil do que eu imaginei. — Ofegou Anelise, correndo com Steve até o painel de controle.
— Achou isto fácil? — Sorriu minimamente exasperado para a mulher.
— Droga, não há como aterrizar. Isto está se movendo muito rápido em direção a Nova York. — Constatou Anelise, nervosa.
— Contate a base. — Steve pediu, temendo que aquele momento não acabasse bem.
A nave do Jöhann Schmidt, despencava dos céus, tendo como tripulação apenas Steve e Anelise. O veículo aéreo continha bombas nucleares que explodiriam Nova York inteira, além de destruir os arredores, matando milhões. Só tinha uma maneira de impedir aquele massacre, e os dois já haviam aceitado aquele cruel destino.
A chamada de controle com Peggy fora cortada por conta de defeitos técnicos nos circuitos internos, então estavam sozinhos.
— Existem maneiras piores de morrer, Ste. — A voz chorosa de Anelise cortou o coração do Capitão em mil pedaços. — Aposto que nenhuma dessas teria uma vista tão bonita. — Tentou sorrir, referindo-se às nuvens agrupadas e coloridas com a paleta do entardecer.
— Lise... — Uma lágrima solitária escorreu do rosto do homem, que com uma das mãos retirou um pequeno relógio de bolso e o apoiou no painel à frente.
Uma foto da Erskine sorrindo estampava o interior do objeto. Aquilo foi o suficiente para fazê-la sentir-se mais do que amada em seus últimos momentos.
— Vamos ter que adiar aquela dança. — Anelise levou sua mão trêmula ao rosto do rapaz, que pilotava para a morte certa.
Steve se permitiu perder-se pela última vez naqueles olhos brilhantes como esmeraldas que tanto gostava, mesmo que encharcados com lágrimas dolorosas demais para serem contidas.
— Uma semana, no próximo sábado. — Disse ele, ignorando a visão clara do solo coberto de neve que se aproximava, olhando apenas para a morena.
— As oito horas em ponto, não ouse se atrasar. — Continuou a mulher, sentindo o lábio inferior tremer.
— Eu ainda não sei dançar. — Steve se aproximou mais e colou suas testas, tentando parecer forte para sua Anelise.
— Eu vou te ensinar. — Sussurrou, com a voz irregular pelo choro preso na garganta. — Até o sol nascer?
— Até o sol... — Antes de conseguir terminar sua frase, o impacto da nave os fez perder a consciência no mesmo instante, sem nenhuma pretenção de acordarem no dia seguinte.
FIM DA FASE 1
⍟ ✵
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ANGEL OF WAR ── STEVE ROGERS
FanfictionANGEL OF WAR ── "Se cairmos, cairemos juntos." A VIDA NA Nova York de 1943 era pacífica, apesar da guerra que explodia nos confins de além das fronteiras. Anelise Erskine vivia bem, trabalhando com seu pai nos laboratórios do governo e o ajudando a...