CAPÍTULO 22
VÍCIO
─────── ✵ ───────STEVE DIRIGIA NUM ritmo tranquilo, mesmo que apreensivo e suspeitando de tudo e todos na estrada. Sempre que podia, desviava os olhos do caminho para analisar Anelise, ver se estava tudo certo. Aquele momento de tranquilidade a fez bem, ele notou. Sua cor voltou ao normal, sua boca e bochechas tomaram o tom usual de saúde de volta, um rosado brilhante.
A mulher acordou devagar, como se despertasse de um sono inquieto e sonhos perturbadores. Odiava aquela sensação. Sua cabeça doía levemente, e o corte em sua testa não deixaria uma cicatriz visível, apesar de ter sangrado um pouco pela lateral de seu rosto. Respirou fundo e sentiu o corpo reclamar, a lembrando nitidamente que um prédio desabou sobre ela.
— Lise? Tudo bem? — Perguntou Steve, afrouxando o aperto tenso no volante.
— Estou bem. — Sorriu fraco para o louro. — Onde estamos indo? — Focou seus olhos na estrada.
— A um refúgio. — Ele suavizou seu olhar para a morena, finalmente estacionando o veículo.
Anelise retirou o cinto que definitivamente não fora ela quem colocara e desceu do carro. Steve se adiantou e a segurou pela cintura, andando com ela até uma das casas daquele bairro. Sinceramente, a Erskine não precisava de tantas medidas protetivas assim, mas estava longe de reclamar com a proximidade e o calor do Rogers, que eram sempre muito bem-vindos.
Com o braço livre, Steve bateu na porta do refúgio, e em alguns segundos Sam Wilson quem abriu. Anelise suspirou aliviada, sabendo que Sam não tentaria matá-los também.
— Oi, cara. Anelise. — Ele correu os olhos por ambos, se preocupando instantaneamente ao ver os estados em que se encontravam.
— Me desculpe por isso. Precisamos nos esconder. — Disse Steve.
— Todos que conhecemos querem nos matar. — A morena murmurou, ainda sendo abraçada por Steve, se apoiando nele também.
— Não todos. — Sam liberou a entrada para o casal, checando o perímetro antes de fechar a porta de correr e abaixar as persianas.
─────── ✵ ───────
A ÁGUA QUENTE escorria pelo corpo de Anelise, quase chegando a sua alma. Um pouco de sangue de pequenos cortes que já se fecharam e poeira dos escombros manchavam o arredor do ralo, quando enfim desligou o chuveiro de Sam. Pegou uma toalha e suspirou relaxada — na medida do possível — enxugando seu corpo e cabelos lavados.
Vestiu roupas novas que lhe serviam perfeitamente, e não queria nem saber onde o Wilson havia conseguido. Abriu a porta do banheiro, penteando seus cabelos longos e vendo Steve logo à frente, vestindo uma camiseta cinza que, para Anelise, o deixava ainda mais bonito. A morena sentou-se na beira da cama, olhando para o nada por alguns instantes, até que o Capitão chamasse sua atenção, sentando-se ao seu lado.
— Tudo bem? — Perguntou, com as sobrancelhas franzidas em preocupação.
— Sim, é só que... A HYDRA voltou. — Começou, largando o pente em cima da cama. — Quer dizer, ela nunca esteve fora. Morremos por isso uma vez. Voltamos, e quase morremos de novo. Tô começando a ficar bem irritada. — Comentou com um ar de graça, notando o pequeno sorriso que enfeitou o rosto de Steve.
Steve inclinou seu corpo para perto, segurando o rosto da mulher com delicadeza em uma de suas mãos. Anelise segurou a mesma, querendo que ficasse ali por mais tempo, quando o notou se aproximar. Ela olhou para os lábios torneados e não pensou em mais nada, quando finalmente o Rogers tomou iniciativa e a beijou.
VOCÊ ESTÁ LENDO
ANGEL OF WAR ── STEVE ROGERS
FanfictionANGEL OF WAR ── "Se cairmos, cairemos juntos." A VIDA NA Nova York de 1943 era pacífica, apesar da guerra que explodia nos confins de além das fronteiras. Anelise Erskine vivia bem, trabalhando com seu pai nos laboratórios do governo e o ajudando a...