𝟎𝟐𝟏 | ꜱᴛᴏɴᴇ ᴏɴ ꜱᴛᴏɴᴇ

1K 105 7
                                    

CAPÍTULO 21
PEDRA SOBRE PEDRA
─────── ✵ ───────

ANELISE COCHILOU DURANTE quase todo o trajeto até Nova Jersey, numa caminhonete azul que Steve havia roubado. No volante, o rapaz não conseguia parar de pensar naquele beijo, e no quanto queria mais, mas precisavam focar naquela parte da missão, principalmente ao chegarem no destino final. Já anoitecia quando Steve calmamente acordou Anelise de seu sono tranquilo, descendo com ela e suas respectivas armas.

O arquivo veio dessas coordenadas. Disse em baixo tom de voz, sendo bombardeada por lembranças dos anos 40 naquele campo de treinamento de soldados.

E nós também. Steve respondeu, arrebentando as correntes que bloqueavam a passagem para o lugar abandonado.

Anelise caminhou um pouco naquele breu da noite, podendo ver perfeitamente cada uma das estruturas, com a ajuda de suas memórias antigas e vívidas. A nostalgia bateu fundo, quase de forma dolorosa. Steve percebeu que ela encarava o nada, parada no meio do campo enquanto segurava forte seu bastão de vibranium.

Ane? Se aproximou, segurando seus ombros com delicadeza. Está tudo bem? Franziu o cenho, preocupado.

Sim, é só que... As palavras se perderam em sua boca.

Uma de suas vidas estava ali, passando diante de seus olhos, de maneira tão distante que sequer parecia que ela esteve realmente lá. Steve percebeu e a puxou para um abraço, sentindo suas mãos delicadas circularem seu tronco em resposta, quando algo chamou a atenção de Anelise.

Ste, aquele galpão... Apontou para a estrutura logo a frente, o fazendo se virar para olhar.

O regulamento proíbe armazenar munição à menos de quinhentos metros dos dormitórios. Ele seguiu a linha de raciocínio.

Esse prédio está no lugar errado. Concluiu a morena, caminhando até a entrada e quebrando a tranca de ferro com seu bastão, entrando em seguida.

Juntos, desceram alguns degraus, tateando as paredes em busca de algum disjuntor, quando Steve o encontrou e ativou, acendendo todas as luzes do prédio. Era um grande escritório antigo e empoeirado, cheio de computadores velhos, mesas e cadeiras que há muito tempo não eram usadas, além da logo da SHIELD pintado na parede de frente para eles.

É da SHIELD. Anelise analisou o local, impressionada.

Foi o início dela. Steve comentou, caminhando sem pressa até a sala mais próxima. E ali está o pai do Stark. Apontou com o queixo para a fotografia na parede.

Peggy... A Erskine murmurou, com um pequeno sorriso brotando em seu rosto. Sabe, ela me ajudou a escolher vestidos uma vez, antes do caos da guerra de verdade. Éramos boas amigas. Comentou, levemente entristecida.

Steve não gostava de vê-la assim, e queria por tudo poder protegê-la de sua própria mente, de suas próprias lembranças. Ele a seguiu até o outro lado do cômodo, a vendo parar de frente a uma estante e olhar para o chão, vendo marcas que entregavam que o móvel fora arrastado.

Se já trabalha num escritório secreto... Começou, com sua mão livre puxando a estante com certa dificuldade, até que Steve deu o solavanco final, revelando uma passagem. Por que esconder o elevador? Perguntou retoricamente, olhando para um.

Havia apenas um único botão no painel, os levando para algum lugar no subsolo. Ao abrir de portas do elevador, um arrepio percorreu o corpo de Anelise. O lugar era frio e úmido, como um necrotério. Cheirava mofo e era desconfortável estar ali, por algum motivo que nenhum deles sabia explicar. O breu do lugar foi rompido de repente pelas luzes que se acenderam sozinhas, formando um caminho para o computador central.

ANGEL OF WAR ── STEVE ROGERSOnde histórias criam vida. Descubra agora