CAPÍTULO 45
SINAL DE ALERTA
MÚSICA TEMA: CIVILIAN — Wye Oak
─────── ✵ ───────O SOL DA manhã invadia o quarto através das janelas cobertas pelas cortinas brancas de organza. A luz aqueceu tudo ao que alcançou, dos móveis de madeira até as toalhinhas de renda creme que os cobriam a superfície, os tons alaranjados se misturando com o ar rústico da pequena residência a qual chamavam de lar. Junto com a luz, uma brisa fresca correu através do batente de carvalho entreaberto, arrepiando a pele desnuda de Anelise ao acordá-la suavemente.
Seus longos cabelos castanhos, mais compridos que nunca, estavam espalhados graciosamente pelo travesseiro de fronhas brancas macias, e a medida que abria os olhos verdes como esmeraldas lapidadas, Anelise deixou um sorriso suave escapar de seus lábios naturalmente avermelhados ao relembrar seu cérebro preguiçoso pelo amanhecer de quem estava ao seu lado na cama. Sua pele então acostumou-se novamente com o abraço de Steve Rogers ao seu lado, seu calor se misturando ao dela, sua respiração pesada deixando cócegas no pescoço da mesma, sua barba longa e alinhada alfinetando a mulher, que permitiu que uma risadinha fugisse aos lábios, notando o momento exato em que Steve havia despertado.
O homem grande se acomodou e respirou fundo o perfume doce de sua esposa, sorrindo inconscientemente até que estivesse completamente alerta, abrindo os grandes olhos azuis oceano para admira-la. Após tantos anos, ainda parecia-se como encarar uma pintura renascentista olhá-la minuciosamente. O sol do amanhecer banhando sua silhueta, clareando pequenos espaços de suas íris verdes, bronzeando sua pele macia.
— Bom dia, querido. — Um sussurro levemente rouco arrepiou a espinha de Steve, que se apoiou em um dos braços assim como a esposa para que ficassem no mesmo nível dos olhos.
— Ótimo dia, querida. — Rogers levou a mão livre até uma mecha teimosa que escorreu para o rosto sereno de Anelise, a colocando atrás da orelha e ouvindo a risada graciosa de sua esposa, podendo notar sua própria aliança dourada cintilando em seu dedo anelar a medida que voltava a sua posição inicial.
Sem conseguir resistir um segundo a mais a beleza da mulher que chamava orgulhosamente de esposa, Steve umedeceu seus lábios e os pressionou aos dela num beijo casto, sentindo as mãos delicadas mesmo após tantas batalhas de Anelise escorrerem por seu peitoral tonificado, lhe aquecendo por inteiro. Nada poderia estragar aquele momento. Não o fato de que ainda eram fugitivos, muito menos a dúvida sobre como pronunciar o nome do país em que se escondiam desta vez.
Em três anos, tudo que antes era normal desfez-se em pó. Tanto Steve quanto Anelise ainda aguardavam uma ligação de Tony, um convite, uma ponte para que voltasse para casa. Mas enquanto isso não acontecia, precisavam se esconder. Não era ruim, afinal, tinham um ao outro para toda a eternidade, de acordo com seus votos em Wakanda. Anelise separou-se um instante dos lábios de seu amado para admirado também, a maneira como sua barba e cabelos haviam crescido, lhe dando um ar selvagem que amava. Ia comentar algo sobre, quando um pisca alerta de um dispositivo que a própria Erskine havia construído emitiu um bip, os tirando daquela brecha temporal onde só eles existiam.
— Steve... — Anelise deixou um sopro escapar, recebendo um fitar tenso de seu marido. Não esperava receber algo assim tão cedo, ainda depois do que houve na Sibéria. — Aquele é...?
— Sim. — Steve ergueu meio tronco na cama, vendo o dispositivo que entrava em conexão direta com Tony Stark, onde quer que ele estivesse, de onde quer que estivesse ligando.
Anelise sentiu o perigo vibrar em seus ossos, e no fundo de sua mente ela sabia que guerra em que lutavam há tanto tempo estava longe de acabar, ainda mais quando seus telefones descartáveis para contato com todos aqueles que tomaram o lado do Capitão e da Comandante no Dia D começou a tocar sem parar, e os noticiários relatavam crise em Nova York ao ligarem a televisão rapidamente.
Anelise levantou-se com pressa, vestindo uma blusa qualquer de Steve que estava jogada no chão graças a noite anterior, atendendo ao chamado de Tony.
— Tony?
— Anelise? — A voz de Bruce Banner ecoou pelo auto falante
— Bruce?! — Seu coração batia rápido, suas mãos começavam a suar a medida que os segundos passavam. — Oh, meu Deus. Onde esteve esse tempo todo? Cadê o Tony? — Anelise disparou, tendo Steve bem ao lado, igualmente preocupado e surpreso.
— Temos um problema, um problemão. — Ele disse nervoso, sem responder exatamente às perguntas. — Reunam todos que sobraram, precisamos de vocês no complexo. — E a ligação fora encerrada.
O senhor e a senhora Rogers se entreolharam por um segundo, compartilhando o mesmo sentimento:
O mundo que conheciam, todas as estranhezas que presenciaram por anos, tudo isso... não chegava aos pés do que viria pela frente.
E SAIU A NOTÍCIA
QUE O MUNDO NÃO ACREDITOU
AAA IGREJAAAA SUBIUUUU
EU VOLTEI!
O que acharam??? Ansiosos????
Pq eu tô muito!!!!Até a próxima queridos.
E desta vez não vai demorar!⍟ ✵
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ANGEL OF WAR ── STEVE ROGERS
FanfictionANGEL OF WAR ── "Se cairmos, cairemos juntos." A VIDA NA Nova York de 1943 era pacífica, apesar da guerra que explodia nos confins de além das fronteiras. Anelise Erskine vivia bem, trabalhando com seu pai nos laboratórios do governo e o ajudando a...