ANGEL OF WAR ── "Se cairmos, cairemos juntos."
A VIDA NA Nova York de 1943 era pacífica, apesar da guerra que explodia nos confins de além das fronteiras. Anelise Erskine vivia bem, trabalhando com seu pai nos laboratórios do governo e o ajudando a...
— EU POSSO FECHAR!— Disse Anelise do topo da Torre Stark, segurando o Cetro de Loki contra a barreira de energia que envolvia o Tesseract, com os dentes cerrados e os punhos apertados. — Alguém na escuta? Eu posso fechar o portal!
—Feche! — A voz de Steve ecoou por seu ponto no ouvido.
A morena ofegava, com machucados que pulsavam por todo seu corpo. Um corte em seu lábio inferior ardia levemente a cada palavra desferida, e tudo o que queria era encerrar aquilo de uma vez por todas, selando o portal para outra dimensão pra sempre.
—Não, espera!— Tony interveio antes que Anelise fechasse o buraco nos céus.
— Essas coisas continuam vindo! E daqui de cima eu vejo mais tropas se preparando para descer. — A Erskine tentou.
—E agora tá vindo um míssil e vai explodir em um minuto. — Revelou. —E eu sei onde eu vou colocá-lo.
Ele disse e passou ao lado do próprio prédio, perto de onde estava Anelise e o Cetro, indo em alta velocidade até o portal, guiando o míssil, quando finalmente passou do limite seguro e sumiu no espaço.
— Vamos lá, Stark... — Murmurou a morena para si mesma.
—Ane... Feche. —Steve ofegou pelo comunicador após Stark não retornar imediatamente, e mesmo contragosto, assim fez.
A passagem se fechou por completo, mas todos viram Tony despencando a tempo de escapar da morte certa no espaço. Anelise sorriu e deixou o Cetro onde estava, percebendo que ele caia rápido demais para sobreviver ao chegar ao chão.
—Está despencando rápido demais.— Ouviu-se a voz de Thor.
— Não vai parar a tempo! — Respondeu Anelise. — Deixem comigo. — Garantiu, retirando seus bastões das costas com pressa e os juntando num só, pulando da borda do terraço onde estava, assim que viu o corpo de Tony caindo.
Juntou os braços e pernas para ficar em linha reta, sentindo o vento animalesco agredir seu rosto, até que chegou no Stark e o pegou num baque surdo metal contra metal. Uma onda dolorosa atravessou seu corpo mas não tinha mais volta, precisava amortecer a queda.
Seguindo a ideia inicial, ela fincou seu bastão na lateral da Torre e deslizou com brutalidade até o mais próximo que conseguiu do chão, ignorando — ou tentando ignorar — o concreto e o aço que se rasgavam no vibranium de sua arma e respingavam em seu rosto, finalmente chegando a uma altura ideal para se desprender e pular com o homem na armadura até o solo.
Rolaram até parar, deitados lado a lado na estrada destruída. Anelise respirava fundo e rápido, sentindo que havia passado por emoção demais num só dia, se permitindo fechar os olhos por alguns segundos, que não durou muito já que Steve, Natasha, Thor e até mesmo Hulk se aproximaram.
— Lise! — Rogers se ajoelhou com pressa ao lado dela, segurando seu corpo parcialmente sujo de fuligem e sangue.
— Precisamos de férias. — Riu fraco, admirando o sorriso aliviado que Steve lhe deu em resposta. — Ele está respirando? — Anelise se levantou com a ajuda do Capitão, tendo seu corpo segurado pelo mesmo.
Thor arrancou a máscara de Tony para checar, mas ele permaneceu de olhos fechados e sem se mexer, quando de repente o silêncio doloroso que se instalou ali fora rompido por um rugido grotesco de Hulk, que acordou o Stark no susto.
— O que...? — Tony estava fortemente ofegante. — O que aconteceu? Me diz que ninguém me beijou. — O comentário fez todos sorrirem num alívio coletivo.
— Vencemos. — Steve suspirou, olhando para a cidade destruída em volta, segurando a Erskine mais forte contra si.
— Muito bom, gente. — Stark relaxou a cabeça. — Maravilha pessoal. Vamos tirar uma folguinha amanhã, só um diazinho. Vocês já comeram Shawarma? Tem um lugar que vende Shawarma pertinho daqui. Não sei o que é, mas quero experimentar. — Brincou.
— Ainda não terminamos. — Thor lembrou-se de Loki.
— Então já era Shawarma. — Riu Anelise.
Os Vingadores se reuniram todos e voltaram em grupo para o que sobrou da Torre Stark, encontrando Loki caído na cobertura, prontamente encarando de volta todos que o amaçavam com suas armas.
— Se vocês não se importam, aceitaria aquela bebida.
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NO FIM DE tudo, Nova York se recuperava bem dos danos. Os Vingadores ficaram conhecidos por todo o mundo, principalmente depois que a Torre Stark fora renomeada Torre dos Vingadores, ainda sendo reconstruída para se adaptar aos mesmos. Thor e Loki voltaram para Asgard com o Tesseract, e o deus da mentira enfrentaria o julgamento correto desta vez.
Bruce e Tony trabalhariam juntos na área de pesquisa das Indústrias Stark. Natasha e Clint iriam para algum lugar onde só eles sabiam onde, porque, bom, alguns deles ainda tinham segredos demais. Enquanto a Anelise..., ela tinha para onde ir e para onde voltar. Depois que todos se despediram no Central Park, a mulher caminhou até Steve, que estava escorado em sua nova motocicleta.
— Quer carona, madame? — Ofereceu, a vendo sorrir envergonhada.
— Não sabia que ainda se lembrava como andar nessa coisa. — Comentou, flexionando o couro de sua jaqueta ao cruzar os braços.
— Lutei na Segunda Guerra. — Deu de ombros.
— Eu sei, lutei ao seu lado. — Anelise sorriu e deixou um beijo casto na bochecha de Steve, subindo em sua moto em seguida. — E sim, eu aceito a carona.
— Queens? — Perguntou, torcendo para que ela não ouvisse seu coração rugir como louco perto dela.
— Queens. — A Erskine deslizou as mãos pelo busto do rapaz, se segurando ao dar partida da moto.
Eles estavam bem, e ficariam melhor.
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VAMOS AGORA PARA CAPITÃO AMÉRICA E O SOLDADO INVERNAL
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