𝟎𝟐𝟔 | ꜰʀᴏᴍ ᴅᴜꜱᴋ ᴛᴏ ᴅᴀᴡɴ

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CAPÍTULO 26
DO CREPÚSCULO AO AMANHECER
MÚSICA TEMA: CLOCKSColdplay
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O SOM DE um bip constante fez Anelise despertar de seu sono profundo. O colchão macio embaixo de si era realmente muito bem-vindo para amortecer seu corpo machucado, onde algumas partes doíam mais que outras. Sentia a bandagem envolvendo seu abdômen por inteiro, a agulha ligada ao dorso de sua mão e os cortes em seu rosto, que quase se curaram por completo. Quando abriu os olhos, precisou fechá-los novamente pela claridade repentina que irritou suas retinas.

Respirou fundo e abriu novamente, analisando o ambiente. Era um bom hospital, levando em consideração a qualidade dos móveis e a quantidade de guardas em sua porta. Viu alguns balões coloridos num canto, até dois ou três ursinhos de pelúcia, deduzindo que Sam e Natasha haviam passado por ali. Finalmente, notou que sua mão era apertada gentilmente por outra, virando o rosto devagar até ver Steve, dormindo numa poltrona ao lado de sua cama.

O sorriso que brotou em seu rosto foi genuíno, enquanto apertava a mão dele de volta sabendo que o acordaria, e assim aconteceu. Os olhos azuis de Steve cintilaram num brilho aliviado e seus ombros relaxaram da tensão acumulada. O homem suspirou e sorriu de volta, a admirando mesmo em sua condição atual.

Como você está? Perguntou para a morena.

Bem, eu acho. Piscou devagarinho, como se ainda estivesse religando seu sistema. Como se três naves tivessem caído em cima de mim. Eles riram levemente. Você deveria estar de repouso, Steve. Levou um tiro. Se lembrou.

Eu tô bem, Lise. Garantiu. Prefiro ficar aqui, com você. A verdade é que Steve ainda sentia um pouco de dor, mas com Anelise viva e bem ali do seu lado, conseguiu facilmente esquecer isso.

Eu amo você. Disse, após encara-lo por alguns segundos, com o sentimento explodindo em seu peito. Até o sol nascer. Ergueu seu seu tronco sem muito esforço, já não sentindo mais tanta dor.

Eu também te amo. Steve se aproxima cuidadosamente.

Respirando e sem respirar, corações batendo no mesmo ritmo. Tão perto que Anelise não conseguiu mais sentir dor, ou o frio ou o vazio daquele quarto hospitalar, porque tudo o que sentia era ele, e ele, ela. Em todos os lugares, preenchendo tudo, cada canto, cada fresta.

Até o sol nascer, minha Anelise. Juntou seus lábios aos dela num beijo calmo, confortável e com uma promessa que paira sobre o amor deles há muitas décadas: eles voltariam um para o outro, do crepúsculo ao amanhecer.

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SEMANAS DEPOIS

ENCARAR O TÚMULO de Nick Fury e saber que não havia ninguém dentro do caixão debaixo da terra se encaixava na definição de uma piada de mal gosto, a maior e a pior que já viram. Anelise estava de mãos dadas com Steve naquele cemitério, com Sam Wilson ali perto de braços cruzados, quando Nick Fury chegou e se aproximou dos três.

Pois é, vocês já passaram por esse tipo de coisa. Disse ele, de capuz e óculos escuros, encarando a própria cripta.

Você se acostuma. Anelise deu de ombros com um pequeno sorriso, não sabendo ao certo como se sentir ao saber que o nome dela já esteve num caixão vazio.

Estamos estudando os arquivos da HYDRA. Começou Fury. Parece que vários ratos não afundaram com o navio. Eu vou pra Europa hoje, queria saber se vocês querem vir. Olhou para os Super Soldados.

ANGEL OF WAR ── STEVE ROGERSOnde histórias criam vida. Descubra agora