ANGEL OF WAR ── STEVE ROGERS

𝟎𝟎𝟐 | ɢʀᴏᴡɪɴɢ

CAPÍTULO 2
CRESCENDO
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STEVE ACEITOU BEM a ligação entre o Doutor Erskine e Anelise, já que estava realizando seu sonho de ser selecionado para lutar na guerra. Sabendo que estava lidando com dois homens cabeças-duras, Anelise cansou-se de tentar fazer um deles desistir da ideia maluca de incluir Steve Rogers naquele projeto.

Rogers não era nem de longe o mais fisicamente desenvolvido ou ágil do batalhão. Anelise acompanhou como cientista todo o progresso, e anotava aspectos físicos de seu amigo numa prancheta naquele momento, caminhando com o Coronel Chester e seu pai na área de treinamento dos recrutas.

— Não estão pensando em escolher o Rogers, estão? — Perguntou, vendo os outros homens fazendo flexões e ele tentando acompanhar, falhando na maioria de suas tentativas.

— Não estamos apenas pensando nisso, ele é a escolha óbvia. — Se dando por vencida, Anelise saiu em defesa de Steve.

— Quando trouxeram um asmático de 40 quilos para a minha base, eu deixei passar. Achei que ele poderia ser útil a vocês como um germe, nunca pensei que fossem escolhê-lo. — Chester deixou claro seu inconformismo. — Se enfiar uma agulha no braço dele vai atravessar. Olha só, dá vontade de chorar. — Comentou a respeito dos agora polichinelos que fazia.

— Não fale assim dele, senhor. Procuramos qualidades além das físicas. — A morena retrucou chateada, sem definir direito a linha que separava o profissional de seus sentimentos.

— Sabem quanto tempo demorou pra montar esse projeto? A humilhação que passei com o Senador Brandt.

— Estamos cientes do seu empenho. — Suspirou o Dr. Eskine.

— Então me façam um favor. Gilmore Hodge passou em todos os testes, ele é grande e rápido. Ele obedece, é um soldado. — Tentou excluir um segundo candidato do projeto.

— É um brigão.

— Não se ganha a guerra com gentileza, doutor. — O Coronel foi até um caminhão com granadas desativadas e pegou uma, tirando o pino e destravando-a, jogando no meio do campo. — Se ganha a guerra com coragem. Granada!

Todos os soldados correram e se esconderam, menos Steve. O homenzinho se jogou no explosivo e fez de seu corpo uma barreira para que a suposta explosão não atingisse tanto a base. Rogers não havia pensado nas consequências antes de pular numa granada, mas a primeira coisa que se passou em sua cabeça fora Anelise ali perto e em como se machucaria.

Sua mente o traira de novo, mas o que poderia fazer?

— Para trás! Se afastem! — Gritou, sem perceber o olhar orgulhoso e o sorriso brilhante que a morena oferecia ao Coronel, e quando nada explodiu, ele se levantou. — Isso foi um teste?

— Continua magrelo. — Ressaltou Chester, saindo dali e se dando por vencido quanto a escolha óbvia.

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A MANHÃ SEGUINTE seria oficialmente o dia do teste. Anelise aguardava com ansiedade os dois candidatos chegarem ao laboratório militar, e quando apenas Steve apareceu, pensou nos problemas que a divisão de pesquisa e desenvolvimento teriam que enfrentar ao perderem o apoio do governo, já que esperavam duas cobaias.

Senadores gritavam com o Dr. Erskine, o Coronel gritava de volta, militares estavam irritados e discutindo uns com os outros e Anelise viu que só haviam uma solução para que não acabassem com o projeto ali mesmo.