III NOSSO PEXINHO NEMO FAZ FALTA.

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 FERNANDA DILUA

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. FERNANDA DILUA.

17 DE DEZEMBRO

ACAMPAMENTO MEIO-SANGUE.


 Annabeth não estava de corpo e alma no passeio.

Ela falou sobre todas as coisas incríveis que o acampamento oferecia, mas sem nenhum entusiasmo, como se sua cabeça estivesse muito longe dali, e eu sabia examente com quem estava, Percy Jackson, o seu cabeça de alga desaparecido. Annie pontou para o pavilhão descoberto que dava vista para Long Island. E eu não prestava nem um pouco de atenção em nada que era dito, já havia escutado esse tour várias vezes, e já o tinha feito algumas outras então era tudo automático.

Olhar para os chalés agora me dava vontade de rir, Percy recusou a imortalidade, insultou os deuses e fez dos doze chalés o que são hoje.

 A colina nos limites do acampamento, uma vista incrível do vale: grandes bosques a noroeste, uma linda praia, um riacho, o lago de canoagem, campos verdejantes e enfim os chalés — um bizarro conjunto de construções dispostas em semicírculo de um jeito que formava a letra grega ômega (Ω), com um gramado no centro e dois anexos nas extremidades. vinte chalés. Um era dourado, outro, prateado. Um tinha grama no telhado. Outro era vermelho vivo, coberto de arame farpado. Havia um todo preto, com tochas de chamas verdes na entrada.

— O vale está protegido do olhar dos mortais — disse Annabeth. — Como você pode ver, o clima também é controlado. Cada chalé representa um deus grego, e neles vivem os filhos desses deuses.

 Me mantenho em silêncio durante o tour guiado de Annabeth. Ela observava Piper como se tentasse avaliar como a garota estava recebendo aquelas novidades.

— Quer dizer que minha mãe é uma deusa?

Annabeth fez que sim.

— Você está aceitando tudo isso muito bem—comento.

A respiração de Piper falhou. Cemiserro os olhos para a garota. Chamar ela de bonita era eufemismo, era linda de uma forma completamente distinta, o cabelo castanho disposto em uma trança com uma pena azul na ponta, a pele caramelada, os traços suaves de seu rosto. E nada disso escondia que ela estava escondendo algo. Seguro a língua antes que me permita soltar veneno pra cima dela. A guerra acabou, tenho que me lembrar, não tem mais traidores no acampamento.

— Acho que, depois de tudo o que aconteceu esta manhã, é um pouco mais fácil acreditar. Então, quem é minha mãe?

— Vamos saber em breve — respondeu Annabeth. — Você tem o quê... dezesseis anos? Os deuses devem reclamar seus filhos aos treze. É esse o trato.

Vejo uma pessoa familiar sair do chalé de Afrodite, meu sangue gela e meu estômago se embrulha, peço licença a Annabeth e digo que já volta, ela segui meu olhar e apenas concorda com a cabeça e continua sua explicação.

Me dirijo ate a garota que estava parada encostada na lateral do chalé. Ela era bonita, cabelos castanhos cacheados e curtos na altura do ombro, olhos castanhos, pele bronzeada. Monique Dilua, a filha de Afrodite, minha meia irmã. Sei o que isso parece. Algo muito complicado, mas não é. Minha mãe teve uma filha com o deus dos mortos, e depois se casou com um cara que teve uma filha com a deusa da beleza. Então eu sou; trevas, escuridão e essas merdas, ao mesmo tempo que sou meia irmã de uma garota que é toda; laços cor de rosa e unicórnios fofinhos.

—Achei que fosse ir embora sem se despedir, de novo— seu tom é amargurado e rancoroso.

—Oi para você também Nick— respondo sarcástica.

—O que aconteceu? —ela pergunta com a feição seria.

—Nada demais, a Annabeth volto com mais três...—começo a explicação monótona.

—Não isso. o que aconteceu para você volta— fico seria, sinto uma pontada em cada ponto do meu corpo que dói, ou seja em todo meu corpo— eu te conheço, Fe, eu sei que você não voltaria ate achar ele a menos que a situação tenha ficado critica.

— Nada que um pouco de néctar e ambrosia não tenha resolvido—falo tentando parecer calma e despreocupada.

—Por favor, só fala comigo, ta ? me diz o que esta acontecendo— Ela pede e parece tão abalada que me sinto automaticamente culpada.

—Eu só não podia continuar aqui depois de tudo, eu precisava de um tempo e sabia que você não ia concordar—falo calma.

—É claro que não ia. É perigoso para nos lá fora. Eu entendo, tudo bem? eu entendo que depois dele foi difícil, todo mundo perdeu alguém, mas você não pode simplesmente sumir.

—Eu não sumi. Eu escrevi para você— me defendo.

—Bilhetes que brotavam da terra do nada não contam. Principalmente quando a única coisa que você falava era que ainda estava viva e perguntava como nos estávamos não falando sobre como você estava—rebate rápido e eu dou risada—não é engraçado—protesta ela— Só por favor fala que eu vou te ver hoje na fogueira—suplica e eu assinto com a cabeça.

—Eu vou amanha pela manha— aviso.

—Você poderia ficar, já tem muita gente atras dele, só fala que você não é mais a caçadora...

Caçadora. fazia muito tempo dês da ultima vez que escutei esse titulo, eu era conhecida assim durante os anos da profecia de cronos. Falavam que eu caçava tanto problemas quanto monstros. E eu sempre fui boa em encontrar os dois.

—Você sabe que eu não vou ficar parada enquanto ele esta em perigo...

— Eu sei que você tinha que parar de fugir por medo —  seu tom fica ríspido, sei que ela esta magoada, é a irmã mais velha que não consegue proteger a mais nova, então tento não me ofender, mas quando vejo estou rolando a língua pelo interior da bochecha preparando uma farpa que sei que a ira me machucar tanto quanto a ela.

— "Fugir"? eu fugi aos seis anos para proteger você. Eu corri atras dos problemas nos quais me meti após disso apenas para a sua segurança e das pessoas que eu me importo, eu continuo usando essas merdas de luvas por medo de machucar alguém de novo, medo foi a única coisa que me acompanhou minha vida toda, então pela primeira vez realmente parece que eu não to fugindo, e sim tentando me encontrar, por que pela primeira vez eu to fazendo algo por mim. Então não me faça sentir culpada por isso.

— Sei que precisa da sua liberdade, realmente sei que não gosta de se sentir presa e ficar parada te deixa sufocada, mas eu não consigo pensar em você todos os dias lá, se arriscando e lutando contra monstros se machucando a troco de nada, enquanto poderia estar aqui. Beckendorf não ia...

—Não! — é apenas isso que preciso dizer para que ela saiba que passou do limite. Minha voz sai mais encorpada, alta e sombria. ela se afasta e um brilho de medo passa por suas iris por um momento,a culpa me consome então me forço a me acalmar— te vejo na fogueira—  e a deixo sozinha.  

 Por um momento tudo que queria era que Percy estivesse aqui, ele sempre consegui me fazer rir mesmo nos piores momentos, sempre me entendia, nunca me julgava. Eu só queria que Beckendorf estivesse aqui, e ele entenderia quando eu dissesse isso. Um nó se forma na minha  garganta e luto contra uma lagrima que ameaça cair. olho para as minhas mãos cobertas pelas luvas,e minhas veias parecem queimar. É para proteção, tento me lembrar, mas não me lembro mais o que é me sentir protegida.

𝐄𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐞𝐦 𝐜𝐡𝐚𝐦𝐚𝐬- 𝐋𝐞𝐨 𝐕𝐚𝐥𝐝𝐞𝐳Onde histórias criam vida. Descubra agora